Deus zomba dos que querem se ver livres Dele

“Por que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs?” (Sl 2:1). Porque não reconhecem a soberania de Deus, nem a Jesus Cristo como Rei sobre todos. A humanidade é inimiga de Deus, e como tal odeia o fato de que Deus é soberano sobre toda a terra e que Cristo tem toda autoridade, no céu e na terra. De bom grado se submetem a tiranos do mundo, mas desprezam o jugo do Senhor. Por isso que “os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o seu ungido” (Sl 2:2). Cada vez mais leis ímpias são promulgadas e Estados tornam-se anticristãos. Sejam pessoas comuns, ou autoridades do povo, a disposição é uma só: “Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas” (Sl 2:3). Porém, isso não passa de imaginação inútil, pois a providência divina sobre tudo e sobre todos é um fato que independe da sanção do povo ou de governos. Ninguém tem poder de veto, tampouco pode pedir contas Àquele cujo domínio se estende à toda Criação.

“Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles” (Sl 2:4). Deus faz troça do motim dos povos, da arrogância dos reis e de seus delírios libertários, ridículos que são. Não obstante, a rebelião é uma afronta à Sua autoridade, e não ficará impune. No devido tempo “lhes falará na sua ira, e no seu furor os turbará” (Sl 2:5). Não quiseram sujeitar-se à Providência amorosa, chegará o momento em que estarão diante do Juiz irado e furioso. Agora gritam palavras de ordem para livrarem-se do senhorio de Cristo, mas então ouvirão Deus dizer “Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião” (Sl 2:6). Não, Jesus não é Senhor porque seus súditos o elegeram para governar. Seu reinado foi constituído por Deus. Nenhum homem coroou Jesus, Sua coroa foi colocada em Sua cabeça por Seu Pai.

“Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (Sl 2:7), disse o Pai ao constituí-lo Rei no monte santo. Como Filho, tinha direito à herança. “Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão” (Sl 2:8). Jesus se referiu diversas vezes àqueles que o Pai lhe havia dado, referindo-se a eles como escolhidos, eleitos, Suas ovelhas. Estes, quando chamados se submeteriam voluntária e sem reservas ao Seu senhorio. Mas outros continuariam imaginando coisas inúteis, tentando manter uma autonomia que nunca tiveram, embora se iludissem quanto a serem independentes de Deus. Para estes, a palavra é dura: “Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro” (Sl 2:9).

“Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra” (Sl 2:10), é o conselho dado. Noutras palavras, não se deixem levar pela vontade corrompida do povo, aceitem a instrução que Deus dá na Santa Escritura. E quanto a vocês, povos, “servi ao Senhor com temor, e alegrai-vos com tremor” (Sl 2:11). O que isso significa senão reconhecer o domínio de Cristo sobre a seu mundo, sua vida e seus corações, antes que Sua oferta de salvação se transforme no derramar de Sua justa ira? “Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender a sua ira” (Sl 2:12).

“Bem-aventurados todos aqueles que nele confiam” (Sl 2:12). Sim, em meio a povos que se amotinam e sob reis que se revoltam, existe um povo que colocam sua confiança para esta vida e sua esperança na vida futura, em Deus e no Seu Cristo. Estão são chamados bem-aventurados, não importa se o mundo os odeia ou se governos os perseguem. São súditos de um reino sempiterno e aguardam ansiosamente o dia em que “dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25:34).

Soli Deo Gloria

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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