O triunfo do Filho do Homem


Nas palavras de John Stott: "O cristianismo é, em sua essência, a religião da ressurreição. O conceito de ressurreição constitui seu cerne. Remover esse conceito é destruir o cristianismo".

A ressurreição de Jesus Cristo declara que ele é, de fato, o Filho de Deus, conforme afirmou ser (Rm 1:4). Também prova que seu sacrifício pelo pecado foi aceito e que a obra da salvação foi completada (Rm 4:24, 25). Os que crêem no Salvador podem andar em "novidade de vida", pois ele está vivo e lhes dá poder (Rm 6:4; Gl 2:20). A ressurreição de Cristo também mostra que ele é o Juiz que, um dia, virá e julgará o mundo (At 17:30, 31).

Não é de surpreender, portanto, que Satanás tenha atacado a verdade da ressurreição. A primeira mentira de Satanás é a idéia de que os discípulos entraram no túmulo e roubaram o corpo de Cristo (Mt 28:11-15), algo extremamente improvável. O túmulo ficou sob forte vigilância (Mt 27:61-66); teria sido praticamente impossível aos apóstolos dominarem os soldados, abrirem o túmulo e pegarem o corpo. Mas o maior obstáculo era o fato de os próprios apóstolos não crerem que ele ressuscitaria! Tendo em vista sua incredulidade, por que roubariam o corpo e tentariam fraudar essa ressurreição?

A segunda mentira é a idéia de que, na verdade, Jesus não morreu na cruz, mas apenas desmaiou e recobrou a consciência ao ser colocado no túmulo, onde a temperatura era mais baixa. Mas Pilatos fez questão de confirmar a morte com o centurião (Mc 15:44), e os soldados romanos que quebraram as pernas dos dois ladrões sabiam que Jesus havia morrido (Jo 19:31-34). Além disso, de que maneira um "túmulo mais fresco" poderia transformar o corpo de Cristo de modo que fosse capaz de aparecer e de desaparecer bem como de atravessar portas fechadas?

A mensagem do evangelho baseia-se na morte de Cristo e em sua ressurreição (1Co 15:1-8). Os apóstolos foram enviados como testemunhas de sua ressurreição (At 1:22), e a ênfase do Livro de Atos é sobre a ressurreição de Jesus Cristo.

Isso explica por que Lucas escolhe como ponto culminante de seu Evangelho o relato de algumas das aparições de Jesus depois de haver ressuscitado. Sua primeira aparição foi a Maria Madalena (Jo 20:11-18); depois, apareceu às "outras mulheres" (Mt 28:9, 10) e, em seguida, aos dois homens no caminho de Emaús (Lc 24:13-22). Em algum momento, também apareceu a Pedro (Lc 24:34) e ao meio-irmão, Tiago (1 Co 15:7).

Naquela noite, apareceu aos apóstolos (Lc 24:36-43), quando Tomé não estava presente (Jo 20: 19-25). Uma semana depois, voltou a aparecer aos apóstolos, com o objetivo específico de ser visto por Tomé (Jo 20:26-31). Apareceu a sete dos apóstolos quando estavam pescando no mar da Galiléia (Jo 21). Antes da ascensão, também se encontrou várias vezes com os apóstolos, a fim de ensiná-los e de prepará-los para o ministério (At 1: 1-12).

Aos verdadeiros discípulos de Jesus, saber que o Senhor estava vivo fez toda a diferença.

Warren W. Wiersbe
Comentário Bíblico Expositivo

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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