Quando eu digo a palavra “teologia” qual imagem assustadora percorre a
sua mente? Um homem magro com uma longa barba branca e uma voz monótona
falando repetidamente palavras que você não entende? Ou um grupo de
pessoas discutindo, aparentemente, sobre nada além de semântica? Ou um
livro que você sabe que provavelmente deveria ler, mas cada tentativa
resulta em narcolepsia*?
Deixe-me pintar uma diferente imagem para você: uma mulher sentada
aos pés de seu Salvador, descobrindo o maior amor da vida dela; o que
Ele gosta e o que não gosta; aprofundando-se em quem Ele é;
deleitando-se em cada aspecto de Seu bonito e impressionante caráter. Isso, minhas irmãs, é o que a teologia é.
A teologia contempla Deus, descobre o Deus com quem você se
comprometeu. Como mulheres, nós estudamos e queremos conhecimento íntimo
sobre aqueles que amamos, sobre aqueles com quem temos um
relacionamento. Por que fugimos ou esnobamos o conhecimento sobre Aquele
que nos conhece plenamente?
A teologia contempla Deus. Por que fugimos ou esnobamos o conhecimento sobre Aquele que nos conhece plenamente?
Teologia não é apenas uma palavra assustadora. Teologia, conhecer
Deus, é o que vai te manter firme quando as provações chegarem. Se você
tem uma ideia falsa sobre Deus, você não será capaz de entender porque
Ele permitiu que sofrimento e dor invadissem sua vida.
Aqui está um exemplo de quando fui sustentada pela teologia que eu já
tinha aprendido: quando meu filho mais velho tinha sete anos, ele foi
internado no Hospital Infantil por estar com uma febre muito alta e um
caroço estranho no pescoço. Parecia que ele tinha empurrado uma laranja
pela orelha e ela tinha ficado alojada na sua garganta. Passamos noites e
noites com os médicos fazendo milhões de exames e tentando descobrir o
que tinha acontecido com o meu querido bebê. A única esperança que eu
tinha durante aquele tempo de incerteza era que conhecia o meu Deus. Eu
sabia que Ele era amoroso, poderoso e soberano. Eu sabia que Ele não
iria permitir que algo acontecesse na minha vida se não fosse para o bem
da minha família e para a Sua glória. Eu não sabia como que se
desenvolveriam as circunstâncias, não sabia se meu filho ficaria bem,
mas estava absolutamente confiante a cerca do caráter de Deus.
Teologia não é chato ou irrelevante. Ela é completa, rica e linda.
Quanto mais você conhece Deus e estuda sobre Ele, mais profundamente seu
amor por Ele irá crescer. Quanto mais você O conhece, mais você ficará
grata pelo que Ele fez por você. Nosso imenso, onisciente e onipresente
Deus escolheu amar você. Ele deu Seu filho para morrer por você. Ele nos
deu o Espírito Santo para nos ajudar a entendê-Lo melhor.
Quanto mais você conhece Deus e estuda sobre Ele, mais profundamente seu amor por Ele irá crescer.
Uma doutrina teológica trará riqueza para o seu relacionamento com
seu Pai Celeste. Ter certeza sobre o que você crê e no porque que você
crê irá cultivar afeição por seu Salvador. Orar pedindo para ser capaz
de compreender as riquezas da plenitude de Sua graça fará seu
cristianismo vibrante, inatacável nos momentos de provação.
A verdade da questão é que mesmo que você diga que teologia não
importa e que você não quer se preocupar com isso, você está fazendo uma
afirmação sobre Deus. A afirmação é: “O caráter dELe não é digno do meu
tempo ou da minha energia”.
Irmãs, deixem o leite de lado, peguem suas facas e garfos e mergulhem
na refeição do Criador. Não tenha medo da teologia, não deixem apenas
os homens fazerem esse trabalho. Estude sobre quem Ele é, o que Ele
revelou sobre Ele na bíblia. Estude o que Ele diz sobre você. Fique
deslumbrada pela maravilha do Seu imenso amor e veja como aquele
conhecimento irá revolucionar tudo na sua vida.
“Grandes são as obras do SENHOR, consideradas por todos os que nelas se comprazem” (Sl. 111.2)
*Narcolepsia: necessidade passageira, porém, irresistível, de dormir.
Jessica Thompson
Traduzido por Fernanda Vilela
Traduzido por Fernanda Vilela
In: iPródigo
A propósito do tema, leia também Mulher e Teologia: uma mistura graciosa.
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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott
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