Jesus Cristo: Profeta, Sacerdote e Rei

Jesus Cristo foi feito o Mediador de um pacto novo e perpétuo da Graça, entre Deus e o homem, sendo para sempre, de maneira perfeita e plena, o Profeta, Sacerdote e Rei da Igreja de Deus.


Artigo 10
Primeira Confissão Londrina, 1642/44


3 comentários:

  1. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo agora e para todo o sempre. Amém.

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  2. Clóvis:

    Lembrei de dois comentários que fiz, e que, por falta de tempo ou esquecimento, certamente, ficaram sem qualquer resposta, como gostaria.

    O primeiro foi sobre as passagens de 1 Jo 3,9;5,18. O outro refere-se ao purgatório, depois de um questionamento seu. Aliás, essas duas doutrinas estão em íntima ligação, e oportunamente também está entrelaçada na doutrina da mediação salvadora de Cristo, por isso as trago aqui.

    Sabendo que Jesus Cristo é o único mediador da Redenção, é oportuno falar do purgatório, uma doutrina bastante mal-compreendida, pois muitos acreditam que ela se opõe à cruz, um entendimento bastante defeituoso.

    E como pude ver em um comentário seu, você acredita que essa doutrina baseia-se unicamente nos "apócrifos"(como chamam os protestantes os livros deuterocanônicos).

    Essas duas visões estão equivocadas: o purgatório está em harmonia com a doutrina da cruz, e encontra-se em vários lugares da Escritura.

    PECADOS MORTAIS E PECADOS VENIAIS:

    Em primeiro lugar é uma realidade cometermos pecados, mesmo salvos, pelo que devemos pedir o perdão de Deus. São Tiago afirma que “Todos tropeçamos em muitas coisas”.

    Em segundo lugar, é um fato que a PERMANÊNCIA em Cristo impede cometer pecado.

    A harmonia das passagens funda-se na verdade de que embora cometamos pecados muitas e muitas vezes, esses pecados não ferem a comunhão com Deus a ponto de separar-nos dEle. Há aqui a doutrina dos "graus de pecados: leve e mortal". Basta que estejamos sempre humildes e contritos e confessemos os pecados. Os pecados mortais, por sua vez, são aqueles cometidos quando o fiel afasta-se do Senhor e O ofende deliberadamente, merecendo a morte eterna. Esse tipo de pecado, aquele que permenece em Cristo NÃO COMETE(comentário de 13/12/2011 O Nascido de Novo e o Pecado).

    O PURGATÓRIO:

    Purgatório: vem de purgar, limpar.

    Origem: bíblica.

    Fogo: de onde veio essa noção? Veremos.

    Objeções: muitos falam de supostas origens pagãs. Essas objeções não refutam a doutrina. Por quê? Entre outras cosias, também porque muitos inimigos do Cristianismo utilizam a mesma estratégia de comparação de doutrinas cristãs e pagãs para desacreditar a verdade! É um meio falho!

    O sangue de Cristo é que nos purifica: essa verdade nada contraria a ideia de que Deus use meios medicinais para curar o pecado, não é? Então, tal objeção erra o alvo.

    Ideia comum e falsa: muitos, baseados no senso comum e em estudos teológicos(protestantes), crêem que o purgatório é uma “chance” de ser salvo. Pensam assim: a alguém não tão mau nem tão bom seria possível salvar-se, e o fogo purificaria os pecados para que se pudesse entrar no paraíso.

    Doutrina verdadeira: a noção de purificação é a mesma que apresentou Samuel Bolton acima. Isso pode ser feito durante a vida, o que é normal, mas pode ser que após a morte o processo continue ainda na alma do salvo.

    Juízo: vem após a morte (Hb 9,27). Cada um receberá segundo o que tiver feito no corpo (2 Cor 5,10). Nesse julgamento certamente muitos salvos sofrem perda por causa de pecados. Na linguagem católica: por causa das penas de pecados ou pecados leves.

    Por que então são salvos? Por estarem em Jesus Cristo (1 Cor 3,15). Já estavam salvos quando morreram. Nessa passagem, a santificação se dá por meio do fogo(simbolicamente, o fogo purifica). Aquele, em Cristo, que levou toda a sua vida conforme a vontade de Deus não sofre com o fogo, mas é santificado totalmente. Os que tinham obras imperfeitas(o que denota pecado) terão essas obras queimadas(e o pecado não é separado do pecador), portanto, sofrerão perda(esse sofrimento é para o bem, purificador). No final, ele é salvo, porque estava no fundamento verdadeiro: JESUS CRISTO. Aí está a razão para a simbologia do fogo.

    Essa é a base bíblica para crermos que o processo de santificação é levado mesmo depois da morte, antes de entrar na presença de Deus(comentário de 21/02/2012 O Maior mal que existe).

    Espero suas ponderações.

    Até logo.

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    1. Gledson,

      Eu vi os seus comentários, mas por falta de tempo anotei para retomar oportunamente.

      Deus o abençoe.

      Clóvis

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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