Pregação das doutrinas da graça

Podemos revigorar nossa fé e renovar nossa coragem com a reflexão de que o poder divino tem sempre acompanhado a pregação da doutrina, quando feita no verdadeiro espírito de pregação. Grandes reavivamentos têm resultado da heroica pregação das doutrinas da graça - predestinação, eleição, e toda aquela elevada cadeia montanhosa de doutrinas, sobre as quais Jeová se assenta entronizado, soberano em graça, bem como em todas as outras coisas.

Deus honra a pregação que honra a Ele. Existe muita pregação aguada hoje em dia, tentando induzir os pecadores a uma trégua com seu Criador - "Parem de pecar e venham para a igreja". Mas a situação não requer uma trégua, e, sim, uma rendição. Vamos trazer a artilharia pesada do céu e trovejar contra esta nossa época presunçosa, como fizeram Whitefield, Edwards, Spurgeon e Paulo, e haverá muitos mortos pelo Senhor, ressuscitando para andarem em novidade de vida.

J. B. Gambrell
In: Baptist Principles Reset

23 comentários:

  1. Repetindo aqui, para apreciação, um assunto que acho interessante, do da salvação dos que nunca ouviram o Evangelho.


    A Epístola aos Romanos trata especificamente da salvação pela fé. Os gentios e os judeus são colocados num mesmo plano diante da salvação. Aos pagãos foi revelada a vontade de Deus, e conhecendo a lei puderam saber como deveriam traçar suas vidas. O mesmo acontece com os judeus, que têm a revelação especial, na Lei escrita.

    No entanto, tanto os pagãos como os judeus não obedeceram a Lei, agindo contrariamente a ela e merecendo a condenação. O motivo é que a lei foi dada para denunciar o pecado, não para fornecer meios de vencê-lo.

    Tanto pagão como judeu errou ao procurar a justiça pela observância da Lei, pois o meio certo é a fé em Deus que justifica. Assim, de igual modo, pagãos e judeus podem ser justificados.

    O exemplo é Abraão, justificado pela fé, antes da circuncisão, para ser o pai dos pagãos convertidos, e depois circuncidado, para ser o pai dos judeus obedientes à Lei. De fato, uma vez tendo a fé em Deus, a Lei se estabelece, e a obediência a ela torna-se possível, e a justiça que ela revela é tornada realidade na vida do fiel.

    Sendo assim, as revelações, natural e escrita, da Lei tornaram possível a mesma realidade para os homens: o conhecimento de Deus. Argumentar que os pagãos não puderam ser salvos por essa revelação implica em, de igual modo, atribuir a mesma coisa aos judeus, que tinham a Lei, e que pecaram. O meio de chegar-se a Deus é a fé.

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    1. Pelo que li de seus comentários, neste e nos seguintes, você crê que a situação dos judeus e gentios eram a mesma, haja vista que ambos rejeitaram a revelação recebida (natureza e Lei, respectivamente). Nisto concordo.

      Porém, daí você infere que por estarem judeus e gentios sob a mesma condenação, as revelações deles são equivalentes. Não creio assim. A revelação geral é insuficiente para salvar, mas suficiente o bastante para tornar o homem indesculpável. Já a revelação que os judeus tiveram era capaz de salvar, a incapacidade estava no homem.


      "Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis" Rm 1:20

      "Ora, Moisés escreveu que o homem que praticar a justiça decorrente da lei viverá por ela." Rm 10:5

      Os judeus tinham estavam numa situação privilegiada em relação aos gentios.

      Em Cristo,

      Clóvis

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    2. Clóvis,

      concordo que as revelações não são equivalentes. Os judeus têm conhecimento muito mais profundo, sólido, claro, exato, (faltam palavras) etc., de DEUS. Porém, há algo diverso a ser considerado.

      O que o contexto indicado nessa passagem sugere? "Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei, porventura a incircuncisão não será reputada como circuncisão?"

      Não fala de forma direta da capacidade ou não em obedecer a Lei, mas insta a responder afirmativamente. Fala-se da importância da observância dos mandamentos. Mas, que princípio podemos tirar daí, diante do que estamos tratando?

      Até logo.

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  2. Gledson,

    se vc olhar para Romanos 1, vai ver que todos os homens tem uma certa revelação de Deus - mas TODOS eles a distorceram, e se afastaram desse Deus. Por isso é necessário a Revelação escrita, até mesmo para a salvação pela fé. Pois em qual "deus" você vai crer, se o seu próprio coração cria ídolos?

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    1. Até mesmo quando ele fecha a questão dizendo que fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus!

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  3. Neto,

    isso(criar ídolos) é também o trabalho do pecado. A lei, por exemplo, é santa, justa e boa, mas o pecado faz com que haja um resultado mau quando o homem pensa em observá-la por suas próprias forças. São Paulo afirma que algo bom NÃO tornou-se mau, mas que o pecado fez isso: ele é o próprio mal.

    Os judeus,tendo a Lei escrita, com conhecimento mais aprofundado e claro de Deus, não conseguiram a justiça por buscá-la na Lei, o que não era o seu papel.

    Todos devem buscar na FÉ. Pensemos, no entanto, nos milhões de seres humanos que viveram em todas as épocas, membros do povo eleito e dos gentios.

    Pelo que se depreende de Romanos 1 e 2, houve salvação, tanto judeus como gentios. Isso porque quando se diz que todos pecaram, o que também refere-se à natureza pecaminosa, resultado do pecado de Adão, mas igualmente da desobediência fatual, prática, dos homens, não quer dizer que inexista homem na terra que busque a Deus ou tenha buscado. Basta pensar nos milhares de santos do povo de Deus que conhecemos na Bíblia.

    Assim, pela fé, muitos foram salvos, nunca pela Lei: revelada ou natural. Todos salvos pela graça. Acho que você, o André, o Credulo, o Clóvis e outros têm muito a acrescentar para enriquecer esse tema.

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    1. Gledson,

      então, você abandonou a doutrina de que o batismo é necessário à Salvação? Isso é o que se conclui de suas ultimas msgs. Pois, se alguém pode ser salvo sem a revelação bíblica, logo eles não seriam batizados, sendo que o batismo é uma revelação bíblica.
      Se isso for assim, muito me alegro; mas ainda falta uma compreensão acertada acerca da salvação pela fé somente.

      Digo: Que fé é essa, que você afirma que salva? Porque a fé que você parece afirmar é uma fé "genérica" em Deus, ou seja, basta crer que Deus "existe". Seja qual for o tipo de "fé", ou o tipo de "deus".
      Tiago nos diz: "Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem." Tiago 2:19 Ou seja, apenas crer que Deus existe não te faz muito melhor do que os demonios.

      Pra completar, Paulo diz "De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus." Romanos 10:17
      Desse verso, já podemos extrair duas coisas:
      1-Fé verdadeira apenas com a Palavra de Deus e
      2-Não é qualquer "fé" que é tratada como fé verdadeira. Ou seja, uma fé que nasce sem a Palavra de Deus é uma fé FALSA.

      A fé, Gledson, nasce da Palavra de Deus. Como? Conhecendo-O, o Seu caráter, Sua Santidade, seus atributos, e buscando comunhão com Ele. Ou seja, a Lei é revelada na Escritura; Mas a fé TAMBÉM é revelada nela.

      Quando dizemos que a fé somente salva, dizemos que a fé no Deus revelado nas Escrituras nos salva, manifestado em Seu Filho, independentemente das nossas obras. Agora, aqueles que creem que suas obras os justificam diante de Deus, são justamente aqueles que não entenderam o objetivo da Lei: Nos condenar, para buscar salvação em Cristo.

      Um abraço.

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    2. Apesar da revelação dos judeus ser de natureza melhor que a dos gentios, eles como povo não alcançaram a salvação, por não serem capazes de cumprir a Lei. Porém, concordo que judeus e gentios foram salvos nos tempos do AT. E que foram salvos pela fé.

      Ainda assim, preciso dizer alguma coisa mais. Os gentios que foram salvos, não o foram pela revelação natural, mas receberam uma revelação especial. Vejamos o caso de Melquisedeque. Não era da linhagem de Abraão, mas era "sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou" (Hb 7:1). Está implícito que ele recebeu mais que mera revelação natural.

      Já os judeus que foram salvos, o foram não por conformidade à Lei, mas por perceberem graça. Pois o AT não é apenas Lei, e mesmo a Lei é um instrumento da graça. Na lista dos heróis da fé de Hebreus 11, fica claro que tais pessoas viram mais que código legal.

      Mas com isso não devemos presumir que os que não ouviram o evangelho serão salvos pelas suas obras, se conformes com a revelação comum. Nem que chegarão à fé a partir delas (falo disso adiante). Mas creio que os judeus, se fossem capazes de obedecer perfeitamente a Lei, seriam salvos através dela. Mas não eram capazes, pois já nasciam culpados.

      Em Cristo,

      Clóvis

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  4. A fé salvífica não é genérica. Saber da existência de Deus e crer nisso não é o que salva. Certa vez, expliquei essa questão em um comentário.

    É necessário acreditar que 1) Deus existe e que é 2) remunerador dos que O buscam. Essa fé agrada a Deus. Isso faz com que o homem compreenda que é dever buscá-lo e, assim, espera, na fé, o galardão que lhe foi prometido (Hb 11,6). Tal situação é bem diferente da fé morta. O homem, desse modo, deve passar a obedecer a Deus, o que equivale a "viver no Espírito", pois é outra exigência para Lhe agradar (Rm 8,8).

    A revelação natural aponta para um Deus, o Verdadeiro: o poder de Deus, Sua divindade(até mesmo Seus atributos), é revelado no coração do homem. e ensina, mesmo, a dar graças e glorificar a Deus (Rm 1,20).

    Essa é a parte que o homem pecador (e que opta pelo pecado) geralmente não vê:"não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças...o seu coração insensato se obscureceu". Não busca a Deus pela fé.

    Sabendo da justiça, do poder, da divindade, do dever em obedecer a vontade divina, o homem não acreditou!!!(fala-se de maneira geral)

    Algumas verdades devem ser compreendidas:

    1) Se a lei natural revela a Deus, é porque Cristo o revela, pois somente o Filho conhece o Pai (Mt 11,27).
    2) Acreditando em Deus, e em Cristo, o Pai atrai o homem a Cristo (Jo 6,44). Essa ação é do Espírito Santo, principalmente nos últimos tempos, que convence o homem o pecado, da justiça e do juízo (Jo 16,8).

    IMPORTANTE: Em Romanos 10,17 a argumentação é que mesmo conhecendo a Deus, tendo a pregação da fé, o homem não crê.

    Quando questiona se não ouviram os que não creram, a resposta é POSITIVA: OUVIRAM. "Sim, por certo, pois Por toda a terra saiu a voz deles, e as suas palavras até aos confins do mundo".

    Até logo.

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    1. A fé não é mero assentimento intelectual. A fé carece de um objeto e deve ter um conteúdo. O objeto da fé salvadora é Jesus Cristo, especificamente Sua pessoa e Sua obra redentora. Daí a necessidade do conhecimento, para que a fé possa salvar. Uma fé não colocada na pessoa certa e sem as razões certas, é idolatria e superstição.

      Então, vem a questão levantada pelo Neto: como o pagão terá fé em Jesus observando a natureza? Não poderá, à parte de uma revelação especial. Extraordinariamente, essa revelação poderá ser imediata, mas nunca devemos presumir isso em nenhum caso, mas assumir sempre que a fé virá por meio da pregação do evangelho:

      "Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido. Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!" Rm 10:9-15

      Quanto aos que ouviram no verso 18, o contexto parece indicar que se trata dos gentios a quem o evangelho estava sendo preado.

      Finalmente, gostaria de ouvir de você como fica a salvação dos que não ouviram o evangelho, uma vez adotada a regeneração batismal.

      Em Cristo,

      Clóvis

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    2. Romanos 10

      v. 1 São Paulo deseja e ora pela salvação do seu povo Israel.

      v. 2 O zelo de Israel é sincero, verdadeiro, mas está em erro.

      v. 3 Procuram estabelecer a própria justiça(pela prática da Lei), mas a justiça de Deus é obtida de outra forma.

      v. 4 A Lei aponta para Cristo. O objetivo é justificar o que tem fé.

      v. 5 O homem que conseguir cumprir toda a lei será salvo.

      vv. 6-8 A palavra da fé está na boca e no coração do homem.

      v. 9 A confissão de fé em Cristo e na ressurreição. Dois elementos básicos(para a salvação).

      v. 10 No íntimo a fé opera para a justiça. A confissão é para a salvação.

      v. 11 A fé em Cristo desfaz qualquer confusão.

      vv. 12 e 13 Judeus e gregos têm o mesmo Senhor. Invocando a Jesus Cristo, tanto um povo quanto o outro alcançam a salvação. Por quê? Porque ela vem pela fé.

      v. 14 Necessidade da fé para invocação, do conhecimento para a fé, da pregação para o conhecimento, do envio para a pregação.

      v. 16 Há quem desobedece o Evangelho e não crê.

      v. 17 A fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus.

      v. 18 Os judeus não ouviram? Sim, mas não creram.

      v. 19 Eles não souberam? Sim, mas mesmo com ciúme com os pagãos, não creram.

      Cap. 11

      v. 1 Deus não rejeitou Israel por isso.

      v. 4 Há um remanescente.

      v. 7 Israel buscava a justiça em outro lugar, por isso foi endurecido.

      O contexto trata dos judeus, em relação aos pagãos. Portanto, o verso 18 é relativo a eles.

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  5. Olha, eu acho que não entendi direito mas, predestinação, não pode ser uma doutrina da graça.

    A não ser que eu esteja interpretando errado mas essa ideia não tras um "fim" ja determinado para o ser?

    Do tipo que mesmo que eu naça e me esforçe por trabalhar por Cristo, se for predestinado a me perder, eu voou me perder, é isso que você esta dizendo?

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    1. A predestinação só pode ser, e é, uma doutrina da graça. A Bíblia diz que é Deus quem predestina (e ela diz isso mesmo, não dá para fugir). E que essa predestinação é um ato de amor:

      "Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade" (Ef 1:5).

      Logo, se é Deus que predestina, e o faz em amor, a predestinação só pode ser por graça. E é:

      "Que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos" (2Tm 1:9).

      Acho que a raiz do seu problema é que você vê a salvação como sendo um recompensa por um trabalho bem feito ("me esforce para trabalhar por Cristo") e não por um ato gracioso de Deus. Se fosse assim, a salvação é que não seria uma doutrina da graça:

      "E, se é pela graça, já não é mais pelas obras; se fosse, a graça já não seria graça" (Rm 11:6)

      Em Cristo,

      Clóvis

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  6. Clóvis,

    se os pagãos conseguissem obedecer a Lei inscrita em seus corações, também seriam salvos! Não puderam, e não podem. É por isso que devem crer em Deus. E glorificá-Lo.

    1) Como fica o objeto da fé antes de Cristo? Da fé EM CRISTO nos tempos da Antiga Aliança?

    Pelo que percebi, a revelação especial, aquela a mais, ou adicionada à natural, poderá vir após a aceitação dos ditames dessa. Esse, por certo, foi o caso de Melquisedeque.

    Essa é uma fé "implícita" em Jesus Cristo. Um exemplo desse tipo de fé, é Hebreus 11,16, onde é explicado que os judeus criam no céu: "Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial".

    Isso aconteceu por crerem nas promessas: mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as.

    Naqueles dias, do Antigo Testamento, era difícil que tivessem claramente a fé na Jerusalém Celestial, mas tinham-na de forma indireta.

    2) Hoje, os que se encontram nessa posição são aqueles que estão entre a maioria (certamente) dos que se convertem (e se converterão) ouvindo o Evangelho. Creio que é raro o pagão que se salva SEM ouvir o Evangelho, ou seja, pela "revelação especial". Mas é certo que os que são sinceros na busca de Deus pela razão natural, ao perceberem Cristo, o abraçam imediatamente.

    Qualquer dúvida, é só perguntar, pois posso ter feito confusão nessa apresentação.


    Até logo.

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    1. E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé. Gálatas 3:11

      Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte; porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei. Gl 3.21

      Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé. Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei. Romanos 3:19-28


      A Lei nunca teve caráter justificador, ela apenas serve para no levar a Cristo, de forma pré-figurada no AT, e de forma concreta no AT.

      De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Gálatas 3:24

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    2. Onde está escrito "e de forma concreta no AT", leia-se "e de forma concreta no NT".

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    3. "A lei nunca teve caráter justificador".

      SE os pagãos obedecessem à Lei inscrita em seus corações, e que indica a direção a Deus, teriam sido salvos, glorificando-O como Deus. Não é a Lei em si que os salvaria.

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    4. Gledson
      A lei não serviu para salvar ninguém, apenas serviu de aio para Cristo mostrando que ninguém era capaz de cumpri-la por estar enferma pela carne. Não importa se a lei estivesse escrita em papel ou no coração, o homem não é capaz de cumpri-la. Quando Paulo fala da lei escrita em seus corações porque eles não tinham a lei de moisés, ele não estava falando isso como quem os queria defender, mas para mostrar que eles eram condenados diante de Deus porque não cumpriram com a lei (em seus corações) mesmo sem ter a lei de moisés. O que ele queria dizer na verdade era que ninguém poderia se apresentar indesculpável diante de Deus pois todos estariam condenados pela lei escrita (de moisés) ou pela lei nos corações.

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    5. E que se registre também o caráter mais irônico da Lei de Moisés: o único que a cumpriu, na verdade, foi reputado por maldito e condenado!

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    6. Gledson,

      A Lei inscrita no coração dos gentios, apenas serve para lhes fazer mais culpáveis.

      “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos” (Tiago 2:10)

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  7. A tese é a de que todos pecaram: não há qualquer vantagem de um povo sobre o outro, já que conhecendo a Deus ambos se desviaram. Nesse ponto, concordo com vocês. Jesus Cristo foi o único cumpridor perfeito da Lei.

    1) O justo viverá da fé (Rm 1,17): isso serve para o judeu e para o grego.
    2) O pecado dos pagãos é apresentado como "não se importaram de ter conhecimento de Deus" (Rm 1,28). Isso gera os demais pecados e desvios...
    3) Os judeus gloriavam-se na Lei mas a transgrediam (Rm 2,23). Por procurarem a justiça pela Lei.
    4) Portanto, "todos estão debaixo do pecado" (Rm 3,9).
    5) Todos, então, são justificados pela fé: circuncisos e incircuncisos (Rm 3, 30).
    6) A Lei fica assim estabelecida (Rm 3,31), pela Lei da Fé (Rm 3,27). A obediência aos mandamentos é necessária ao salvo pela graça.

    De fato, a enfermidade não está na Lei, mas no homem por causa do pecado:Logo tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno.(Rm 7,13)

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    1. 1) correto
      2) "Não somos pecadores porque pecado, pecamos porque somos pecadores", é da natureza humana caída pecar.
      3) Correto
      4) Correto
      5) Correto
      6) Sim, a obediência aos mandamentos é uma obrigação para o regenerado, pois é dessa forma que nos santificamos, e demonstramos o nosso amor pelo Senhor. Ela é fruto da jstificação e não a causa desta. (Jo 14.21; Ef. 2.10)

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  8. Onde lê-se "2) "Não somos pecadores porque pecado, pecamos porque somos pecadores"", leia-se "2) "Não somos pecadores porque pecamos, pecamos porque somos pecadores""

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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