A gravidade do orgulho

A árvore que tem as raízes mais fracas e menos profundas são as que balançam mais e que caem primeiro. Quanto mais profundas forem as raízes, maior será o crescimento. O edifício que não tiver um alicerce profundo, logo será abalado e derrubado. Cristo é o nos­so alicerce; e é a humilhação que cava profundamente e o estabelece em nosso coração. 

O orgulho sempre foi tido como o primeiro ou principal pecado do diabo. Eu estou certo de que foi o orgulho foi a causa da sua condenação. O orgulho de nossos primeiros pais, pre­tendendo ser com deuses quanto ao conhecimento, foi a porta de entrada de todo o nosso pecado e miséria; e o tentador continua a insistir no mesmo caminho pelo qual foi tão bem sucedido. É o orgulho que, como uma tempestade, lançou o mundo no furor, contenda e confusão em que se encontra. Foi o orgulho que encheu a igreja com divisões; e é o orgu­lho que causa a apostasia da maioria dos que se apartam da fé. Quanto mais o homem tem dele, menos consegue discerni-lo e menos o odeia e lamenta. 

Embora pudéssemos pensar que recém-convertidos e crentes fracos, os quais têm pouco do que se orgulhar, estivessem fora do perigo dessa tentação, a experiência nos mostra que são eles que caem nela, mais do que crentes mais sábios e fortes, os quais teriam mais em que se gloriar. Pois quanto mais o homem cresce em sabedoria, mais reconhece sua indignidade, inutilidade, igno­rância e pecados os mais variados. Quanto mais eles conhecem da santidade e do zelo de Deus, mais conhecem da pecaminosidade do pecado e da abundância do conhecimento da graça ainda por conhecer; de modo que, quanto maior for a santa sabedoria e experiência, menor será o orgulho. 

Richard Baxter
Conselhos a crentes fracos

SEJA O PRIMEIRO A

Postar um comentário

"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

Sua leitura deste post muito me honrou. Fique à vontade para expressar suas críticas, sugestões, complemetos ou correções. A única exigência é que seja mantido o clima de respeito e cordialidade que caracteriza este blog.