A auto-revelação de Deus ao gênero humano

No conceito de um Deus que se revela, está inerente a realidade de um Deus que se encontra plenamente cônscio da própria existência. Cornélius Van Til descreve o conhecimento que Deus tem de si mesmo como analítico: "conhecimento que não é obtido mediante a referência a algo que existe fora da pessoa que o exerce". O conhecimento que Deus tem de si mesmo não proveio de comparar-se, ou contrastar-se, com algo fora de si mesmo: "Deus possuía em si mesmo todo o conhecimento desde toda a eternidade. Portanto, todos os conhecimentos que qualquer criatura finita poderia ter de Deus, quer a respeito dEle, quer a respeito do próprio universo criado, teriam de depender da revelação de Deus".

O Deus absoluto e eternamente consciente de si mesmo tomou a iniciativa de se tornar conhecido à sua criação. 

A revelação que Deus fez de si mesmo foi um autodesvendamento deliberado. Ninguém forçou a Deus a se tomar conhecido; ninguém O descobriu por acidente. Num ato voluntário, Deus fez-se conhecido aos que, de outra forma, não poderiam conhecê-lo. Emil Brunner entende que a auto-revelação divina é uma "incursão de outra dimensão", trazendo conhecimentos "totalmente inacessível às faculdades naturais que o homem possui à pesquisa e à descoberta".'

A humanidade finita deve lembrar-se de que o Deus infinito não pode ser encontrado à parte do próprio convite para o conhecermos.

John R. Higgins
In: Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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