Este artigo é uma avaliação metodológica do trabalho de TCC acima. Não entro aqui no mérito das diferenças entre calvinismo e adventismo, tarefa para outro momento, quando e se Deus permitir.
O trabalho define o problema a partir de uma situação hipotética, na qual “uma
pessoa que aceitou a Cristo na adolescência e durante toda sua vida
procurou viver de acordo com a Bíblia e após morrer é condenada a
queimar e gemer eternamente no lago de fogo, não porque ela tenha pecado
e não se arrependido, mas simplesmente porque Deus não a escolheu
previamente”. A partir dessa situação o autor extrai o seguinte problema a ser resolvido pelo trabalho: “Perdemos mesmo nosso livre arbítrio nas escolhas espirituais?”.
A
simples leitura dessa parte demonstra que o problema não tem nada a ver
com a contextualização feita. Do ponto de vista do autor, se a pessoa “aceitou a Cristo”, “procurou viver de acordo com a Bíblia” e “se arrependeu de seus pecados”, ela tem livre-arbítrio. E se apesar de tudo isso Deus a condena “porque não a escolheu previamente”,
então o problema a ser abordado não é se o homem perdeu ou não seu
livre-arbítrio, e sim se a eleição divina é determinante ou não para a
salvação de alguém, a despeito dele exercer seu livre-arbítrio.
A
inconsistência metodológica se acentua quando a partir desse problema o
bacharelando em teologia define o objetivo do trabalho como sendo “propor um contraste entre as principais idéias soteriológicas do Calvinismo e do Adventismo”.
Ora, o objetivo de qualquer trabalho acadêmico é oferecer uma resposta à
questão formulada como problema. Para que seja coerente, o objetivo
deve derivar diretamente do problema, do contrário, alcançado o
objetivo, corre-se o risco de ainda se ficar sem a resposta esperada.
Como o problema e o objetivo controlam todo o trabalho a ser
desenvolvido, uma vez mal definidos, o trabalho como um todo fica
comprometido.
Apesar
de não explicitado, o trabalho pretende provar a hipótese de que o
homem manteve seu livre-arbítrio depois da Queda. Era de se esperar que o
autor definisse claramente livre arbítrio, assim como os outros termos
teológicos utilizados ao longo do trabalho. Porém resulta vã qualquer
busca de um significado preciso para o termo, pelo contrário, o conceito
de livre arbítrio varia ao longo do trabalho e às vezes assume
significados claramente contraditórios. Por exemplo, num momento ele diz
que o livre-arbítrio é “soberano” (p.27), noutro que é “relativo” (p.
31) e ainda noutro que é “limitado” (p.18).
O
autor revela descuido também nas referências bibliográficas. No corpo
de seu trabalho são citadas algumas obras não listadas nas referências
bibliográficas e de uma das referências do final não se encontra uso no
trabalho. Esses deslizes não chegam a comprometer o estudo. Porém,
realmente grave é a forma com que o autor se utiliza das fontes. Por
exemplo, ao dizer que mesmo após a Queda o “adventismo
afirma que o homem é chamado por Deus a estabelecer uma direção e
mantê-la, não desviando de seu caminho, assim levando-o a salvação,
porém, o homem pode exercer sua livre e soberana escolha de aceitar ou
não andar”,
apela a Derek Kidner, em Gênesis, p.57-8. O problema é que a frase é um
comentário de Kidner ao capítulo 2 de Gênesis, portanto, antes da Queda.
E ao contrário do que dá a entender o autor, Kidner diz explicitamente que “desde
o momento da Queda, os efeitos mortais do pecado constituem um dos
principais temas de Gênesis, mostrando sua imediata força repulsora
entre o homem e Deus, seu crescente domínio do homem, culminando na
depravação geral” (p.37). Sobre a obra salvadora, Kidner diz que “é Deus, e não o homem, quem busca” (idem).
A
conclusão do estudo adventista é que “os ‘Cinco Pontos do Calvinismo’
não tem base bíblica”. Nada surpreendente, uma vez que na metodologia o
autor já anunciava: “pretenderemos (sic) mostrar as fragilidades do Tulip calvinista”. E claro, conclui “também que os ‘Cinco Pontos do Adventismo’ têm base bíblica”.
Se a conclusão não é de se estranhar, o mesmo não se pode dizer de como
o autor chegou a ela. Façamos uma breve análise estatística para
percebermos o inusitado da conclusão.
O
autor lista 115 passagens bíblicas que dão ou aparentam dar apoio aos
cinco pontos calvinistas. E refere-se a 30 passagens que dão ou
aparentam dar apoio aos cinco pontos adventistas, sendo que nenhuma
delas traz a expressão livre-arbítrio ou assemelhada. E para mostrar a
fragilidade hermenêutica calvinista, trata (se com êxito ou não, análise
posterior pode dizer) de 11 passagens “pseudo-calvinistas”. É só fazer as
contas: a “dianteira” calvinista é de 85 passagens bíblicas. Mesmo se
excluirmos as 11 que ele refutou ou intentou fazer, ainda sobra um considerável peso de
evidência bíblica pró-calvinismo.
Soli Deo Gloria
Clóvis, essa observação "Do ponto de vista do autor, se a pessoa “aceitou a Cristo”, “procurou viver de acordo com a Bíblia” e “se arrependeu de seus pecados”, ela tem livre-arbítrio. E se apesar de tudo isso Deus a condena “porque não a escolheu previamente”, então o problema a ser abordado não é se o homem perdeu ou não seu livre-arbítrio, e sim se a eleição divina é determinante ou não para a salvação de alguém, a despeito dele exercer seu livre-arbítrio."
ResponderExcluirDeixa em transparência a disposição errada do autor...
Muito bom!
Entendo q se não houver uma definição precisa sobre o sentido em q termo livre-arbítrio é usado, qualquer critica ao calvinismo fica prejudicada. Vulgarmente este termo é usado p descrever a responsabilidade da pessoa pelos seus atos. tipo: "fulano fez isso pq quis, não foi obrigado, fez por livre-arbítrio". Com essa definição de livre-arbítrio combatem um calvinismo caricaturesco como fatalista e determinista.
ResponderExcluirO Adventismo e a maioria das seitas ditas cristãs, têem que se apoiarem na doutrina do livre-arbítrio. Que pena que isso tenha entrado no meio protestante(pentecostal e neopentecostal).
ResponderExcluirO pior disso tudo é que isso é considerado um trabalho academico. Se o meu em engenharia mecanica pudesse ser assim.
Paz e Graça
Bryan
Gostei muito da forma como o pensamento e a análise do trabalho acadêmico fora analisado pelo irmão. Tratou-se trata-se de um excelente exemplo de como pessoas com formação acadêmica e interessadas seriamente em usar esse talento e sorte para penar nas coisas de Deus e biblicamente.
ResponderExcluirNão irei repetir a análise naturalmente com uma opinião prévia muito bem feita, contudo o fato de ambos discordarem é a prova inconteste de que podemos escolher, que temos escolha, senão vejamos, estando um dos dois mais certo, ou certo e o outro errado, deus criando esse cenário do qual nenhum dos dois poderia se furtar e fugir, ou ainda ser de outro modo, ao lado de quem Deus estaria, ou qual dos dois representaria a verdade divina?
Na minha opinião, não é o adventismo ou o calvinismo, mas a própria predestinação como colocada, prescinde da negação em qualquer nível do chamado "livre-arbítrio".
Um abraço.
Claro que nos baseamos no livre arbítrio, na lei da semeadura e no mais importante em um DEUS SOBERANO e MISERICORDIOSO para nos ajudar em todas nossas empreitadas, nos aliviando a carga e nos carregando no colo, as vezes, para podermos vencer essa difícil caminhada aqui na terra. Você crer, ou não, nessa liberdade é problema seu, já que você também tem esse direito. O livre arbítrio do homem independe dele homem, é uma condição dado ao homem por Deus que lhe cobrará os resultados dessa liberdade.
ResponderExcluir2Tm 2:15 Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.
vejam os comentários acima (Helvecio e Anônimo) confirmam a minha tese d q usam o termo livre arbítrio num sentido totalmente diferente e entendem predestinação com determinismo ou fatalismo.
ResponderExcluirEstes caras poderiam ao menos ler algo calvinista p não emitirem opiniões sobre esteriótipos.
eu entendo o seguinte sobre esse assunto insone,insolúvel e insondável. com certeza, afé é deus quem nos dá, depois tendo fé e conhecendo a deus,este tem a obrigaçao de evangelizar á todas as pessoas possiveis,e estas, abringo o coraçâo pra deus, o espirito santo trabalhará, exortando-as a deixarem a vida velha para tras, vida de mentira, prostituiçâo, avareza, adultério.......e principalmente idolatria.amar a deus sobre todas as coisas. e o teu proximo com a ti mesmo.
ResponderExcluiro homem nao deve saber mais que o necessario.eu quando adolescente,na minha rebeldia,perguntava a deus por que nós teriamos que pagar pelo pecado de uma pessoa. hoje eu sei que uma pessoa pagou pelo pecado de todos.nesse raciocinio, tenho que,se um pecou e todos sofrerama a morte,tambem um morreu,pra todos viverem novamente junto a deus,na eternidade.
ResponderExcluirGENTE MINHA MAIOR DÚVIDA A RESPEITO DO CALVINISMO É A SEGUINTE QUAL É A BASE BIBLICA QUE VOCÊS TEM PARA AFIRMAR QUE UMA PESSOA NÃO PODE PERDER SUA SALVAÇÃO ? COMO FICA O CASO DE PERSONAGENS COMO BALÃO E SAUL ? ELES FORAM PREDESTINADOS A SE PERDEREM OU APOSTATAREM ? O QUE ELES FIZERAM NO PASSADO NÃO FOI ACEITO POR DEUS? COMO FICA O CASO OLHANDO A REALIDADE NO BRASIL (VOU TE QUE CITAR NOMES) DE HOMENS TIDO COMO ORTODOXOS NO PASSADO E HEREGES HOJE COMO SILAS MALAFAIA E RICARDO GONDIM ? ESSE LÍDERES BRASILIROS FORAM USADOS POR DEUS ANTERIORMENTE E HOJE FORAM DESCARTADOS ? POR CASO SE ELES CONTINUAREM SEGUINDO SUA TRAJETÓRIA ELES NÃO PODEM PERDER SUA SALVAÇÃO QUE ERA GARANTIDA NO SEU PASSADO ORTODOXO ? SOU ADVENTISTA, NÃO QUERO DEBATER, APENAS TIRE MINHAS DÚVIDAS.
ResponderExcluirVandim,
ResponderExcluirA predestinação é bíblica e é baseada na presciência de Deus.
Agora a predestinação calvinista, essa sim eu considero como determinista, e ou, fatalista, pois é baseada numa visão equivocada da presciência de Deus, onde o homem se torna o centro dessa visão.
André,
ResponderExcluirVou te responder com uma pergunta semelhante à sua...
Por que Deus chamou Ciro de meu servo se ele nem era "crente"?
Gente, precisamos chegar a uma conclusão clara e óbvia: Deus é soberano e pronto. Ele faz o que lhe der na telha e ninguém tem nada com isso!
Quanto às ovelhas, ninguém as arrebata de sua mão! Se você conseguir encontrar algum ser ou força que seja mais poderosa do que a mão do divino para lhe assegurar a salvação nos avise!
Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não está no pecado; aquele que nasceu de Deus o protege, e o Maligno não o atinge. 1Jo 5:18
E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. João 6:39
mas há relatos de alguns que se perderam pelo caminho...
Ok, será que 1 Jo 2:19 diz alguma coisa sobre isso? Eles saíram do nosso meio, mas na realidade não eram dos nossos, pois, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; o fato de terem saído mostra que nenhum deles era dos nossos.
Tem um anônimo ali acima com pelágio correndo nas veias... Um pecou e todos morreram, um morreu e todos estarão no céu. Que maravilha!
ResponderExcluirAnônimo 29 de novembro de 2011 00:33
ResponderExcluirQue vc entende que "a predestinação é bíblica e é baseada na presciência de Deus". Discordo, mas entendo seu posicionamento.
Agora dizer que a calvinista é:
A."determinista, e ou, fatalista", e
B. "o homem se torna o centro dessa visão".
Não faz sentido. Pois se (A) é verdadeira, o homem é apenas um boneco e (B) é falsa.
Creio na presciência, mas não creio q predestinação seja baseada na presciência por dois motivos:
1o. Toda a humanidade caiu no pecado (Romanos 3:9-18), por isso Deus não previu nada de bom em nós que nos pudesse salvar. Assim se Deus condenasse a humanidade toda à perdição eterna, Deus seria um justo juiz.
2o. Deus, por causa do grande amor com que nos amou, somente por graça e misericórdia, sem prever nada de bom em nós, decidiu conceder aos eleitos arrependimento para a vida.
Por isso, na visão calvinista, o homem não tem do que se gloriar. Deus não nos predestinou para a salvação baseado em algo de bom que previu em nós, mas por graça somente.
Assim a eleição para a salvação é baseada na graça (não na presciência) e rejeição para a condenação é baseada na justiça de Deus. Salvos pela graça, condenados pela justiça.
Rina
Graça e paz.
André,
ResponderExcluirHá vários testemunhos bíblicos sobre a segurança eterna dos comprados pelo sangue de Jesus. Vou lhe apresentar um argumentos simplista: quando alguém crê em Jesus recebe a vida eterna. "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna" (Jo 6:47, tb Jo 3:36; 5:24). Há duas verdades incontestável nessas declarações. Quando alguém crê em Jesus, recebe vida, e essa vida é eterna.
Agora, pense no absurdo de alguém perder uma vida que é eterna. Se é eterna, dura para sempre. Se ela se acaba, deixa de ser eterna, era finita ou temporária. Veja o problema que temos se presumirmos que a salvação eterna pode ser perdida.
Quanto aos personagens bíblicos mencionados, se a Bíblia nada diz sobre o estado deles antes ou depois de serem rejeitados, também não gosto de especular. Menos ainda com relação a pessoas vivas. Posso discordar do ensino e da prática de Silas Malafaia e de Ricardo Gondim. Mas não pecarei emitindo juízo temerário sobre a salvação eterna deles. Deus não me permite fazer isso.
Em Cristo,
Clóvis
O artigo apresenta caricaturas contraditórias do calvinismo:
ResponderExcluirAfirma que o Calvinismo ensina:
1º. Que é possível uma pessoa não predestinada aceitar a Cristo na adolescência e durante toda sua vida procurar viver de acordo com a Bíblia. (pag. 5).
2º. Que entende depravação total com a perca de tudo o que havia de bom no homem, inclusive seu livre arbítrio (pag 17).
Se é verdade que o calvinismo ensina o 1º., ele nega o 2º., e vice-versa.
Vandim,
ResponderExcluirPara ver a inconsistência do referido artigo.
Se o "1º" é verdadeiro, logo o "2º" é falso. E vice-versa.
GENTE VALE RESSALTAR QUE EM RELAÇÃO A SILAS E GONDIM NÃO AFIRMO QUE ELS VÃO SE PERDER, ACREDITO QUE ESSA DECISÃO FINAL CABE A DEUS. OBRIGADO NPOR ESCLARECER ESSE PONTO FUNDAMENTAL DO CALVINISMO, DEUS ABENÇOE VOCÊS.
ResponderExcluirPrezado irmão Clóvis: Paz!
ResponderExcluirComo o meu comentário é o primeiro que faço em seu blog, gostaria de, primeiramente, parabenizá-lo pelo excelente trabalho.
Em segundo lugar então, sobre o seu comentário, entendo o raciocínio da vida eterna. Como o irmão bem colocou, se é eterna, dura para sempre. Mas parece-me que o foco central das palavras de Jesus não é a vida eterna, e sim crer. Ou seja, crer em Cristo é a causa da vida eterna e não o contrário.
Diante disto, minha pergunta é: não será possível alguém que cria, deixar de crer? Se sim, não perderia a pessoa a vida eterna? Ou aquele que deixou de crer é porque nunca creu
realmente?
Fiquei com esta dúvida.
Procurando crescer na graça e no conhecimento de Cristo,
Régis de Oliveira/RS
Régis,
ResponderExcluirSeja bem vindo e obrigado pelas suas considerações. Permita-me alguns adicionais de minha parte.
Se bem entendi, você chama a atenção que a ênfase de Jesus é o crer. Assim, a pessoa tem vida enquanto crer, deixando de crer, deixa de ter vida. E pergunta se é possível alguém deixar de crer.
Primeiro, apesar de ser mera consequência da fé, a vida referida é eterna, sendo que este adjetivo implica, algo que não terá fim. No AT, o termo עולם (eterno) significa "longa duração, antigüidade, futuro, para sempre, sempre, eternamente, para todos os tempos, perpétuo" (Strong). No NT, a palavra αιωνιος significa "sem fim, nunca termina, eterno".
Um outro termo traduzido por eterno em Rm 1:20 e Jd 1:6 é αιδιος, que denota "sem início e sem fim; também ou sem início ou sem fim" enquanto que αιωνιος "dá proeminência à imensurabidade da eternidade". De qualquer modo, uma vida eterna que acaba é uma contradição de termos.
Atente, ainda, para o seguinte fato. O verbo crer em Jo 6:47 (e também nas outras referências dadas) está no modo particípio. E particípio é a forma nominal do verbo que expressa ações plenamente concluídas, por exemplo, "cozido", "entregue", "lido", etc. Ou seja, o crer aqui não é algo iniciado e a ser concluir, mas algo já realizado de forma completa. Ou seja, se creu, a consequência resultará certamente.
Então temos o seguinte. O crer salvíficamente é um ato único e a vida que resulta desse ato é uma vida que começa no momento em que se crê e dura para sempre.
Respondendo à sua segunda pergunta, se alguém aparentemente "deixa de crer" é porque nunca depositou fé salvadora em Jesus.
Em Cristo,
Clóvis
André,
ResponderExcluirFico feliz que não emita juízo quanto ao estado eterno do Malafaia e do Gondim. Devemos mesmo deixar nas mãos de Deus fazer o juízo de suas almas, enquanto que podemos julgar as doutrinas e atitudes dessas pessoas, segundo o reto juízo.
Esteja sempre a vontade para perguntar qualquer coisa sobre nossas convicções. Na medida que pudermos, procuraremos esclarecer, ressalvadas as nossas grandes limitações.
Em Cristo,
Clóvis
Irmão Clóvis,
ResponderExcluirAgradeço a atenção dada ao meu comentário e mais ainda ao esclarecimento. Foi-se a dúvida!
Fraternal abraço.
Régis de Oliveira/RS
Clóvis me responde uma coisa...
ResponderExcluirSe Deus quer que todos se salvem... "O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” 1 Timóteo 2.4 pq então ele escolheu alguns para perdição. pq não elegeu a todos? e mais, digamos que fui eleito para salvação, mas simplesmente não quero ser salvo... como posso explicar isso??? É COMPLICADO NÃO ACHA??? concordo com a GRAÇA TOTAL e a SOBERANIA DE DEUS, mas este exagero teológico de CALVINO não dá.... a bíblia é recheada de ocasiões onde fica claro que Deus não decide pelo homem, e sim ele trabalha através de seu Espirito para convencê-lo do mal e torná-lo a Cristo, mas não força esta decisão, ou seja livre arbítrio.
Paz
ANonimo de 4 de dezembro de 2011 11:04,
ResponderExcluirnão sou o Clóvis, mas se permitir, gostaria de responder suas perguntas.
1-Em 1 Tm 2.4, o "todos" não se refere a "todos os homens que vivem", mas "todos os tipos de homem, sejam pobres, ricos, simples ou poderosos". Leia o capitulo todo em seu contexto.
2-Um erro (bem comum, infelizmente) é achar que a eleição de Deus é "separada" da história, como se a eleição não afetasse em nada a história da pessoa. Não é assim, meu amigo. Se você olhar para todas as pessoas eleitas na Bíblia, verá que todas elas tiveram suas vidas impactadas de alguma forma, sendo chamadas por Deus em algum momento em sua vida. Você vê Deus agindo na vida delas. Não agindo PARA QUE fossem eleitos, mas agindo POR SEREM eleitos por Deus. Sendo assim, se você foi eleito para a salvação, Deus agirá em seu coração num momento escolhido por Ele (pode ser na juventude, na velhice, etc), e Ele mudando o seu coração, é impossível você não desejar a salvação.
Um exemplo de vários:
"E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna." Atos 13:48
Eles creram porque Deus os havia destinado para isso.
Compreende? A eleição não é "separada" da história. Deus move a história de acordo com a sua eleição, para salvar os seus escolhidos.
Um grande abraço, Deus abençoe.
Anônimo,
ResponderExcluirVocê citou 1Tm 2:4 e me perguntou "Se Deus quer que todos se salvem... pq então ele escolheu alguns para perdição?"
A pergunta não é bem esta. A pergunta a ser feita tanto por mim quanto por você, e para qual ambos devemos buscar resposta na Bíblia, é: "se Deus quer que todos se salvem e Deus faz tudo o que quer, por que nem todos se salvam?".
Minha resposta está no texto Deus quer salvar a todos.
Em Cristo,
Clóvis
Eu devolveria a pergunta ao Anônimo 4 de dezembro de 2011 11:04
ResponderExcluir...
Se Deus quer que todos se salvem... "O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” 1 Timóteo 2.4 pq então ele concede livre arbítrio sabendo q com isso apenas um parte da humanidade se salvaria? Pq não fez todos essencial e imutavelmente bons?
Vandim, Neto e Clovis
ResponderExcluirEle deseja, não determina. Todo o que vier a Ele jamais será lançado fora, pq ele quer (deseja) que todos sejam salvo...
Graças a Deus tenho livre arbitrio para escolher ir ou não ir... querer ou não querer... aceitar tudo de graça ou rejeitar tudo de graça... tão simples, tão biblico, tão primário... não respondeu minha questão... fui destinado a ser salvo, mas não quero, o que D-s vai fazer, vai me fazer querer a força, ou vai me salvar sem que eu queira? viverei pra sempre frustrado por ter sido salvo a força... e quem foi destinado a não ser salvo, e morre de vontade de sê-lo, esse não será salvo, é justo??? a questão é simples, sem muita filosofia, mas nem isso, nem o simples vcs conseguem responder...sem querer usar de tecnicas pra reverter o debate...pura tecnica e 0 Biblia... Jr.
Respondendo então:
ResponderExcluirCom a queda de Adão todos nascemos espiritualmente mortos, nossa vontade era contra Deus (Rm 3:9-18; 1 Co 2:14; Ef 1:1-3). Aos eleitos Deus concedeu arrependimento para vida, não por nada de bom que havia em nós (At 11:18; Ef 2:4-10). Quando alguém rejeita cristo, esta pessoa o faz por sua própria vontade. Quando alguém aceita Cristo, esta pessoa o faz por que Deus abriu seu coração. A pessoa predestinada vai sempre querer a salvação e a pessoa não predestinada vai sempre rejeitar a salvação.
Quando alguém se converte, glorificamos a Deus por ter concedido o arrependimento p a vida, e não a pessoa por aceito. Estamos cientes de que em nós msm não há nada que nos difira dos que se perdem.
Se aceitar a graça é um mérito seu, que te diferencia do que rejeita, logo graça já não é graça e vc tem no que se gloriar.
Anonimo de 6/12/2011, as 17:09, você afirma "tão simples, tão biblico, tão primário...", mas não prova nada do que falou biblicamente...
ResponderExcluirE ainda nos acusa de usar "pura tecnica e 0 Biblia..."?
Poderia provar suas afirmações biblicamente?
Jr,
ResponderExcluirVocê diz que Deus "deseja, não determina". A Bíblia, por sua vez, diz tanto que Deus deseja como afirma que Ele determina.
Por exemplo, a Escritura afirma "No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada" (Sl 115:3). Não ficou bem claro? Então leia mais esta afirmação: "O Senhor faz tudo o que lhe agrada, nos céus e na terra, nos mares e em todas as suas profundezas" (Sl 135:6).
Quer uma relação estreita entre a vontade e a determinação divina? Veja o que Ele próprios diz através do profeta: "Desde o início faço conhecido o fim, desde tempos remotos, o que ainda virá. Digo: Meu propósito ficará de pé, e farei tudo o que me agrada. Do oriente convoco uma ave de rapina; de uma terra bem distante, um homem para cumprir o meu propósito. O que eu disse, isso eu farei acontecer; o que planejei, isso farei" (Is 46:10-11).
Veja o que Paulo diz, sobre Deus realizar Sua irresistível vontade: "Pois quem jamais resistiu à sua vontade?" (Rm 9:19). E no tocante à salvação, diz o apóstolo "Nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade" (Ef 1:11).
Para terminar, pois meu horário está acabando, vejamos mais uma passagem onde nossa salvação é determinada ainda na eternidade: "que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos" (2Tm 1:9).
Diante dessas passagens, quem pode separar a vontade de Deus de Sua infalível determinação em realizá-la? Fique à vontade para tentar.
Em Cristo,
Clóvis
Daniel 11:36
ResponderExcluirEste rei fará segundo a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus, contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis e será próspero, até que se cumpra a indignação; porque aquilo que está DETERMINADO SERÁ FEITO.
E ainda querem criticar o determinismo...
Antes de mais nada... você apenas julga o trabalho de TCC mas nao faz as devidas observações a ponto de justificar o seu ponto de vista.. muito fraco por sinal.
ResponderExcluirCom relação a predestinação, nada mais é do que uma adulteração completa do que diz a bíblia.Seria o mesmo que dizer que judas nao teve escolha em trair ou não a Jesus. O que teria acontecido com Ele caso não tivesse traído o Salvador? Apresentem argumentos mais convicentes...
Obrigado
Dilson lemos
dvlemos@hotmail.com
Mais uma questão: A presidente Dilma foi eleita antes ou depois da abertura das urnas?
ResponderExcluirAtenciosamente
Dilson
dvlemos@hotmail.com
Dilson,
ResponderExcluirQuanto à eleição da Dilma, vai depender de como você escolhe olhar para o evento.
Numa perspectiva humana, sua eleição ocorreu de fato após a apuração dos votos.
Na perspectiva divina (metafísica) ela estava apontada para a presidência desde a eternidade.
Serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; e far-te-ão comer ervas como os bois, e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que aprendas que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer. Daniel 4:32
Então, Pilatos o advertiu: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar? Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem. João 19:10-11
Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. Romanos 13:1
Dilson,
ResponderExcluirQuem governa a história, o homem ou Deus?
Deveriamos portanto respeitar Saddan Hussain, Hitler, Lula, entre outros mal feitores apenas por serem autoridades e instituidas por Deus... tenho certeza que se Deus tem poder para interferir, mas interessante notar que Deus não tinha interesse em estabelecer um REI em Israel, mas o povo QUERIA então Deus aceitou e fez conforme a vontade de DEus, pelo amor... mto fraco... parece que não leêm a Bíblia com sinceridade sem pré intenções.
ResponderExcluirJr.
corrigindo (...) Deus não queria estabelecer um REI, mas o povo QUERIA então Deus aceitou e fez conforme a VONTADE do POVO...
ResponderExcluirsuficiente... definir a Pré-ciência de Deus é louvável, agora tentar sistematizar uma doutrina determinista como sendo O METODO de DEUS, ai fica mto fraco, mto Calvino... (o contestado)
Jr.
Dilson,
ResponderExcluirAntes de mais nada obrigado por visitar o Cinco Solas, identificando-se em seus comentários. Sua discordância é uma detalhe que não desmerece sua contribuição.
Você me disse "você apenas julga o trabalho de TCC mas nao faz as devidas observações a ponto de justificar o seu ponto de vista.. muito fraco por sinal". É fato, como indiquei no título, trata-se apenas de uma avaliação metodológica do TCC.
Mas, se você diz que não justifiquei meu ponto de vista, como você pode avaliá-lo como fraco? Finalmente, você pede "apresentem argumentos mais convicentes...". Se está se referindo ao defendido no TCC, se Deus quiser, farei uma análise bíblico-teológica do mesmo.
Por ora, apresento um argumento sobre a predestinação, sem interpretar, para que não diga que estou adulterando:
"Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou". Romanos 8:29-30
Em Cristo,
Clóvis
Anônimo Jr.
ResponderExcluirComo não estava nos planos de Deus se Ele tratou do assunto no pentateuco que é muito anterior ao período monárquico? Leia Deuteronômio 17:14-20
O texto de Samuel 8 não trata da "vontade" de Deus em ter um rei em israel ou não, mas sim da rejeição do povo. Esse é o ponto!
Ademais, quem escolheu o rei foi o próprio Deus através de Samuel, ou você vai querer negar isso? As circunstâncias levantadas por você mesmo corroboram para o que eu havia afirmado e que você tenta negar. Quem ESCOLHEU o REI foi DEUS!!!
Acho que quem não sabe ler a Bíblia com sinceridade e sem pré intenções é você!
Você pode não querer aceitar o determinismo, mas ele está lá!
O SENHOR dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como DETERMINEI, assim se efetuará. Isaías 14:24
E este rei fará conforme a sua vontade, e levantar-se-á, e engrandecer-se-á sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas, e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está DETERMINADO será feito. Daniel 11:36
Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis. Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado. Então disse eu: ATÉ QUANDO Senhor? E respondeu: ATÉ QUE sejam desoladas as cidades e fiquem sem habitantes, e as casas sem moradores, e a terra seja de todo assolada. Isaías 6:9-11
Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel; Para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente DETERMINADO que se havia de fazer. Atos 4:27-28
Quanto ao caráter de Hitler e Saddan serem questionáveis para atribuir a eleição ao reinado deles por Deus, considere o seguinte:
Ciro era chamado de meu ungido, e babilônia seu martelo para castigar as nações.
Que digo de Ciro: É meu pastor, e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: Tu serás edificada; e ao templo: Tu serás fundado. Isaías 44:28
Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão. Isaías 45:1
Tu és meu machado de batalha e minhas armas de guerra, e por meio de ti despedaçarei as nações e por ti destruirei os reis; E por meio de ti despedaçarei o cavalo e o seu cavaleiro; e por meio de ti despedaçarei o carro e o que nele vai; E por meio de ti despedaçarei o homem e a mulher, e por meio de ti despedaçarei o velho e o moço, e por meio de ti despedaçarei o jovem e a virgem; E por meio de ti despedaçarei o pastor e o seu rebanho, e por meio de ti despedaçarei o lavrador e a sua junta de bois, e por meio de ti despedaçarei os capitães e os magistrados. Jeremias 51:20-23
Querer negar o determinismo é simplesmente uma atitude pueril!
"Deus não joga dados" Albert Einstein
Mas quando os dados são jogados, o resultado é determinado por Ele. Pv. 16:33
Dilson,
ResponderExcluir"Mais uma questão: A presidente Dilma foi eleita antes ou depois da abertura das urnas?".
Ela foi eleita no dia 3 de outubro de 2010. Quando os votos foram depositados nas urnas, a eleição dela já estava decidida, embora fosse desconhecida, até a apuração final. E mesmo depois de eleita, ela só se tornou presidenta quando foi empossada no cargo.
Pois bem. Quando o crente foi eleito? Segundo a Bíblia, na eternidade. Bom, se foi na eternidade, não foi o homem quem elegeu a si mesmo. Mesmo que o homem só venha a "tomar posse" daquilo que a eleição apontava na história, o fato é que desde a eternidade eles estavam eleitos para a salvação.
Em Cristo,
Clóvis
Dilson,
ResponderExcluirSe não me engano Norman Geisler é arminiano, e acabei topando com esse texto aqui:
1 SAMUEL 10:20-21 - Afinal Saul foi escolhido por Deus, pelo povo ou pela sorte que fora lançada?
PROBLEMA: A Bíblia diz que Saul foi escolhido pelo povo (1 Sm 8:19), pelo Senhor (1 Sm 9:17; 10:24) e "por sorte" (1 Sm 10:20-21). Quem o escolheu?
SOLUÇÃO: As três afirmativas bíblicas são verdadeiras. Como o povo tinha pedido a Deus um rei, ele atendeu-os e guiou-os na escolha de Saul por meio da sorte lançada. Provérbios 16:33 declara que "a sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda decisão" (cf. At 1:26).
=====================
Extraído do livro: Manual popular de dúvidas, enigmas e “contradições” da Bíblia / Norman Geisler, Thomas Howe; traduzido por Milton Azevedo Andrade. — São Paulo: Mundo Cristão, 1999
André,
ResponderExcluirO Geisler é um arminiano que teima em se dizer calvinista moderado.
Em Cristo,
Clóvis