O desafio do materialismo

A segunda tendência secular muito difundida e a qual os discípulos cristãos devem resistir é o materialismo. O materialismo não é simplesmente uma aceitação da realidade do mundo material. Se assim fosse, todos os cristãos seriam materialistas, pois acreditamos que Deus criou o mundo material e disponibilizou suas bênçãos a nós. Deus declarou a ordem material também por meio da encarnação e ressurreição do seu Filho, na água do batismo e no pão e vinho da Santa Comunhão. Não é de se admirar que William Temple tenha descrito o cristianismo como a religião mais material de todas. Porém, ela não é materialista.

Pois materialismo é uma preocupação com coisas materiais, que podem abafar a nossa vida espiritual. No entanto, Jesus nos diz para não armazenar tesouros na terra e nos adverte contra a avareza. O mesmo faz o apóstolo Paulo, nos impelindo a desenvolver um estilo de vida de simplicidade, generosidade e contentamento, extraindo tal padrão de sua própria experiência de ter aprendido a estar contente em quaisquer circunstâncias (Fp 4.11).

Paulo acrescenta que “grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento” (1Tm 6.6) e continua, explicando que “nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele”. Talvez, de forma consciente, ele estivesse repetindo o que diz Jó: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei” (Jó 1.21). Em outras palavras, a vida na terra é uma breve peregrinação entre dois momentos de nudez. Assim, seríamos sábios se viajássemos com pouca carga. Nada levaremos conosco.

John Stott

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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