Acabamos de expor o que obtemos em Cristo pela fé. Ouçamos agora o que a nossa fé deve olhar e considerar em Cristo para consolidar-se. Isto está desenvolvido no Símbolo (como é chamado), no qual vemos como Cristo foi feito para nós, pelo Pai, sabedoria, redenção, vida, justiça e santificação.
Pouco importa o autor ou autores que compuseram este resumo da fé, já que não contém nenhum ensino humano, senão que provém dos firmíssimos testemunhos da Escritura. Mas com o fim de que nossa confissão de fé no Pai, no Filho e no Espírito Santo não perturbe a ninguém, falemos primeiro um pouco dela.
Quando mencionamos o Pai, o Filho e o Espírito Santo, não imaginamos três deuses; senão que a Escritura e a experiência da piedade nos mostram no Ser único de Deus, o Pai, seu Filho e seu Espírito. De modo que nossa inteligência não pode compreender o Pai sem compreender igualmente o Filho, no qual brilha sua viva imagem, e o Espírito no qual aparece seu poder e força.
Vamos deter-nos, pois, e fixemos todos o pensamento de nosso coração num só Deus. e contudo, contemplemos sempre o Pai com o Filho e seu Espírito.
João Calvino
In: Breve Instrução Cristã
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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott
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