Creio em Jesus Cristo

E em Jesus Cristo, Seu único Filho, nosso Senhor

O que temos ensinado mais acima, a saber, que Cristo é o objeto mesmo de nossa fé, aparece claramente nestas palavras que descrevem nEle todos os aspectos de nossa salvação. O chamamos Jesus, título com o qual o honrou uma revelação celestial, pois tem sido enviado para salvar os seus de seus pecados. Por esta razão a Escritura afirma que "debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4:12, ACF).

O título de Cristo significa que tenho recebido com plenitude a unção de todas as graças do Espírito Santo (simbolizadas na Escritura pelo óleo), sem as quais caímos como galhos secos e estéreis. Esta unção o consagrou: Primeiro como Rei, em nome do Pai, para ter todo poder no céu e na terra, a fim de sermos nós reis por Ele, com domínio sobre o Diabo, o pecado, a morte e o inferno. Em segundo lugar, como Sacerdote, por dar-nos a paz e a reconciliação com o Pai por meio de seu sacrifício, a fim de sermos sacerdotes por Ele, oferecendo ao Pai nossas orações, nossas ações de graças, nós mesmos e tudo o que nos pertence, já que é nosso intercessor e nosso mediador.

Além é chamado Filho de Deus, não como os fiéis que o são somente por adoção e por graça, senão como verdadeiro e legítimo Filho que é, e portanto o único, em contraposição conosco. Ele é nosso Senhor, não só segundo sua divindade, que é desde toda a eternidade uma só com o Pai, senão também segundo esta carne criada na que se nos revelou. Como diz são Paulo: "Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele" (1 Coríntios 8:6, ACF).

João Calvino
In: Breve instrução cristã

SEJA O PRIMEIRO A

Postar um comentário

"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

Sua leitura deste post muito me honrou. Fique à vontade para expressar suas críticas, sugestões, complemetos ou correções. A única exigência é que seja mantido o clima de respeito e cordialidade que caracteriza este blog.