Agora nos é fácil compreender por que o arrependimento está sempre unido à fé cristã, e por que o Senhor afirma que ninguém pode entrar no Reino dos Céus sem ter nascido de novo.
O arrependimento é esta conversão pela qual, abandonando a perversidade deste mundo, voltamos ao caminho do Senhor. E como Cristo não é ministro do pecado, nos purifica das manchas do pecado, e nos reviste da participação em sua justiça; mas não para que profanemos logo uma tão grande graça com novas faltas, senão para que consagremos o porvir de nossa vida à glória do Pai que nos adotou por filhos seus.
A realização deste arrependimento depende de nosso novo nascimento e compreende duas partes: a mortificação de nossa carne (quer dizer, da corrupção que é gerada conosco), e a vivificação espiritual pela qual a natureza humana é restaurada em sua integridade. O sentido de nossa vida está em que, mortos ao pecado e a nós mesmos, vivamos para Cristo e para sua justiça. E como este renascimento não se consuma enquanto estejamos prisioneiros deste corpo de morte, é necessário que a preocupação de nosso arrependimento dure até nossa morte.
João Calvino
In: Breve Instrução Cristã
SEJA O PRIMEIRO A
Postar um comentário
"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott
Sua leitura deste post muito me honrou. Fique à vontade para expressar suas críticas, sugestões, complemetos ou correções. A única exigência é que seja mantido o clima de respeito e cordialidade que caracteriza este blog.