O livre-arbítrio e Romano 8:8

Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Rm 8:8

Introdução

A teoria do livre arbítrio pretende provar que o homem tem capacidade inerente para crer no evangelho e aceitar a Cristo. Pressupõe que o homem está numa situação de neutralidade ou equilíbrio moral e que diante da escolha proposta no evangelho o mesmo pode optar igualmente pela salvação ou condenação. Essa teoria tem ampla aceitação no meio evangélico, enquanto que a inabilidade inata do homem é vista como uma desculpa diante de Deus. Se o homem é incapaz de crer no evangelho por si mesmo, dizem, então ele não pode ser responsabilizado pela sua incredulidade. À parte e acima dessa aparente lógica, está o que a Bíblia declara a respeito da condição do homem. E o que ela declara é que é impossível que aqueles que estão na carne agradem a Deus.

1. Agradar a Deus

Agradar é fazer a vontade de alguém, acomodando-se aos desejos e interesesses de outros. Agradar a Deus é fazer aquilo que Lhe dá prazer, que lhe traz satisfação. Isso envolve disposição para abrir mão de agradar a si mesmo. Nesse sentido “Cristo não se agradou a si mesmo” (Rm 15:3), mas sempre fazia a vontade do Pai. Para os cristãos, como soldado de Cristo, “seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou” (2Tm 2:4). Além disso, agradar a Deus muitas vezes implica desagradar a outras pessoas. Paulo dizia “ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo” (Gl 1:10), uma vez que “fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar Ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus” (1Ts 2:4).

Merece especial consideração o fato de que “sem fé é impossível agradar a Deus” (11:6). Dessa forma, a primeira coisa que se exige dos que se aproximam de Deus é que creiam nele. Os que estão na incredulidade não podem agradar a Deus, não importa o quanto suas obras sejam louváveis diante dos homens, pois “tudo o que não provém de fé é pecado” (Rm 14:23). Para Deus, a primeira coisa que lhe é agradável é a fé depositada em seu Filho Jesus Cristo, mediante a pregação do evangelho. Mas, os que estão na carne não podem proporcionar-lhe este prazer, pois todos os ditames da sua natureza são no sentido de agradar a si mesmos.

2. Estar na carne

O que significa estar na carne? A expressão refere-se aos não regenerados apenas ou inclui também os chamados crentes nascidos de novo? A princípio, isso é indiferente para nossa análise, pois seja um crente ou um não nascido de novo, estando na carne não pode agradar a Deus. Mas, estar na carne é diferente de andar segundo a carne, como veremos.

A palavra carne na Bíblia tem uma ampla gama de significados, mas nas epístolas refere-se com frequência à natureza pecaminosa. Um cuidado que se deve ter é diferenciar as alusões ao corpo (σωμα) e carne (σαρξ), pois esta última é que frequentemente representa aquilo no homem que intenta agir à parte e ao contrário da vontade de Deus.

Paulo diz “eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum” (Rm 7:18), João se refere “à concupiscência da carne” (1Jo 2:16) e Pedro às “concupiscências carnais que combatem contra a alma” (1Pe 2:11). Essa natureza pecaminosa, ou “inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser” (Rm 8:7). Paulo, especialmente, usa a palavra carne como termo ético significando uma pessoa vivendo separada de Deus e sob domínio do pecado.

Há, contudo, uma diferença entre andar segundo a carne e estar na carne. Embora o crente possa “andar na carne”, não “está na carne”, pois mesmo “andando na carne, não militamos segundo a carne” (2Co 10:3). O crente não deve viver em conformidade com os instintos e pensamentos que surgem de sua natureza carnal, mas ser guiado pelo Espírito Deus. Embora possamos nos deixar levar por nossa natureza carnal, não devemos andar “segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito” (Rm 8:4-5). Aqueles “que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito” (Gl 5:24-25).

Mas no caso do não regenerado a situação é diferente, ele “está na carne”. Eles seguem a lei de sua própria natureza que “não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser” (Rm 8:7). Sua natureza é hostil a Deus e àquilo que Deus exige na sua Santa Palavra. Por isso, em seu estado natural, o homem caído não tem prazer em Deus e não faz aquilo que agrada a Deus.

3. Não podem

O espírito denota poder. No Antigo Testamento o Senhor já havia dito “não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito” (Zc 4:6). Prometendo o Consolador, Jesus disse “ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24:49) e “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo” (At 1:8). Por outro lado, “a carne é fraca” (Mc 14:38), identificada com enfermidade incapacitante, haja vista que “o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne” (Rm 8:3) teve que ser feito por Deus. Porque “o espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita” (Jo 6:63), só podemos agradar ao Senhor quando “servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne” (Fp 3:3).

Portanto, quem está na carne, não pode agradar a Deus. Não podemos atenuar essa declaração, fazendo parecer que é difícil ao não convertido agradar a Deus. A escritura está falando de uma impossibilidade absoluta, pois “a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser” (Rm 8:7). O termodunamis” refere-se a “ser capaz, ter poder quer pela virtude da habilidade e recursos próprios de alguém, ou de um estado de mente, ou através de circunstâncias favoráveis, ou pela permissão de lei ou costume; ser apto para fazer alguma coisa” (Strong). Essa palavra é precedida pela partícula de negação absoluta “ou” e não pela partícula de negação qualificada “me”. Portanto, quem não nasceu de novo é absolutamente incapaz de agradar a Deus.

Somente pelo Espírito Santo alguém pode vir agradar a Deus. “Ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo” (1Co 12:3). Mas, ao contrário do que pensam alguns, o Espírito não é dado indiscriminadamente, pois é “o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber” (Jo 3:27). O Senhor Espírito Santo age soberanamente no coração de Seus eleitos.

Conclusão

Aceitar a Jesus é, seguramente, algo que agrada a Deus. A teoria do livre-arbítrio declara que todo homem tem a capacidade, ante a oferta do evangelho, de igualmente aceitar ou rejeitar a Cristo. Porém, a declaração de Paulo em Rm 8:8 colide frontalmente com tal teoria, reduzindo-a a pó. Todo homem natural é absolutamente incapaz, de si e por si, de aceitar a Cristo, do que concluímos que o livre-arbítrio é uma quimera, algo puramente imaginário. Por outro lado, o Espírito Santo, operando pela Palavra de Deus, é o poder vivificante, que ressuscita o homem e o leva a viver uma nova vida em Cristo. E nisto o Senhor é glorificado.

Soli Deo Gloria

32 comentários:

  1. Clóvis,

    o livre arbitrio sempre terá "força" no imaginário popular, enquanto se achar que "conversão" é o ato de "levantar a mão", ou "ir a frente", sem mudança significativa alguma no coração do pecador.

    Com certeza isso qualquer ser humano tem capacidade de fazer... E se isso é conhecido como "conversão", o "livre arbitrio" faz todo sentido...


    triste!

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  2. "o livre-arbítrio é uma quimera, algo puramente imaginário."

    Mais uma bobagens dos predestinados.

    A predestinação calvinista daria um otimo titulo de filme:

    " Os Robos merecem o Céu "

    "Assim aquele que julga estar firme,cuide-se para que não caia!" 1Corintios 10:12

    "Por isso, não abram mão da confiança que vocês têm;ela será ricamente recompensada.Vocês precisam perseverar, de modo que, quando tiverem feito a vontade de Deus, recebam o que ele prometeu; pois em breve, muito em breve Aquele que vem virá, e não demorará. Mas o justo viverá pela fé. E, se retroceder, não me agradarei dele. Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruidos, mas dos que creem e são salvos" Hebreus 10:35 a 38

    A propria parábola do filho prodigo mostra o livre arbitrio. Ele escolheu ir , porém ,caindo em si decidiu voltar a casa do pai, não foi obrigado em nenhum momento.

    Sofreu por suas ações,arrependeu-se e voltou a segurança do pai.

    Nota-se que bondoso pai o aguardava.

    Errar, se arrepender, ou nem se arrepender isso são escolhas, isso é "Livre arbitrio"

    Com certeza o homem é mau, mas Deus ajuda o homem a mudar, isso se ele (homem)quiser.

    Ninguém vai pro Céu na marra, ou pior na loteria. (Eles tem essa teoria "ridicula" e nem sabem explicar como Deus escolhe as pessoas).

    Para eles Deus é só onisciência, a onipotencia de Deus já era. Mutilam a Deus

    É só ler a Biblia com a orientação do Espirito Santo e Deus revela sua vontade, de maneira bem clara.

    Só quem tem uma visão muito limitada das Escrituras Sagradas fala bobagens. Pior nem sabe que esta sendo usado por Satanas pra difundir essa tolices, se tivessem comunhão com Cristo essas ideias seriam derrubadas, mas como não tem...

    O pior é a explicação do Clovis.
    (Vem com cada explicação... pueril)

    Bom não vale mais o exemplo da tartaruga ninja.

    Pelo menos essa é engraçada.

    Não se pode esperar muito dos predestinados calvinista mesmo...

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  3. Eduardo,

    É uma pena que tudo o que você tenha a oferecer a uma análise bíblica seja um palavreado desconexo e destemperado. Não seria mais cristão oferecer uma interpretação alternativa à minha em Rm 8:8? Mesmo assim, garimpei alguma coisa em seu comentário e gostaria de tecer algumas considerações.

    "Assim aquele que julga estar firme,cuide-se para que não caia!" 1Corintios 10:12

    Se você leu direito, não diz "aquele que está firme", mas "aquele que "julga" (pensa de si mesmo) estar firme.

    "Por isso, não abram mão da confiança que vocês têm;ela será ricamente recompensada.Vocês precisam perseverar, de modo que, quando tiverem feito a vontade de Deus, recebam o que ele prometeu; pois em breve, muito em breve Aquele que vem virá, e não demorará. Mas o justo viverá pela fé. E, se retroceder, não me agradarei dele. Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruidos, mas dos que creem e são salvos" Hebreus 10:35 a 38

    Dois pontos: os bobagentos calvinistas creem que os crentes devem perseverar. E o texto diz "nós porém não somos dos que retrocedem, mas dos que creem e são salvos". Ponto final.

    "A propria parábola do filho prodigo mostra o livre arbitrio. Ele escolheu ir , porém ,caindo em si decidiu voltar a casa do pai, não foi obrigado em nenhum momento. Sofreu por suas ações,arrependeu-se e voltou a segurança do pai. Nota-se que bondoso pai o aguardava."

    Se a parábola ensina alguma coisa, não é o livre-arbítrio. Note o seguinte:

    - era filho e não estranho
    - percebeu que o chiqueiro não é lugar de ovelha
    - o pai o aguardava.

    Se for para exemplificar alguma coisa, exemplifica como um cristão verdadeiro que se desvia o faz temporariamente, e volta à casa paterna com certeza.

    "Com certeza o homem é mau, mas Deus ajuda o homem a mudar, isso se ele (homem)quiser."

    Problema: "vós não quereis vir a mim". E aí, como faz?

    "Só quem tem uma visão muito limitada das Escrituras Sagradas fala bobagens."

    Concordo. Você apresentou provas indiscutíveis disso.

    Bem, Eduardo, e quanto a Rm 8:8, tem alguma coisa a dizer? Ou é apenas uma bobagem do apóstolo Paulo?

    Clóvis

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  4. João,

    Desculpa, mas acho que não vi ou não entendi a piada.

    Clóvis

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  5. Eduardo,

    Taí, o por quê a pessoa não entende, ou melhor, não quer entender (pois é só isso que existe: O Mau-Arbítrio):

    "A predestinação calvinista daria um otimo titulo de filme:

    " Os Robos merecem o Céu ""

    Não entende a Graça e a reduz para mero merecimento. Ore para que o Espírito Santo lhe abra os olhos para entender, e então, aceitar. Pois nem sequer entende.

    Raphael Amin

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  6. Desde quando a predestinação determinista é coisa de cristão.

    "Problema: "vós não quereis vir a mim". E aí, como faz?"

    O grande problema é que os calvinistas mutilam Deus em sua onipotencia.Deus não tem poder para converter e transformar corações ?

    Se a parabola do filho prodigo não mostra o livre arbitrio,então realmente voce deve começar a fazer outro curso teologia não tá ajudando em nada.

    Só quem tem uma visão muito limitada das Escrituras Sagradas fala bobagens.

    Concordo com você. Você apresentou provas indiscutíveis disso. Isso não me admira !!!!

    Bem, Eduardo, e quanto a Rm 8:8, tem alguma coisa a dizer? Ou é apenas uma bobagem do apóstolo Paulo?

    O texto é tão claro Clovis,leia novamente, faça sua oração e após isso tocado pelo Espirito Santo retire a bobagem que escreveu.

    Como esperado do Clovis uma resposta bem rala e ridicula. E diz que faz teologia, melhor pedir seu dinheiro de volta.

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  7. Raphael Amin voce não entendeu a piada. Não tem nada a ver com graça. A piada é que segundo os calvinistas os robos vão para o Céu todos enfileiradinhos. Coisinha bonitinha !!!!

    Obs: Deus é claro usando o controle remoto.Controlando todos os movimentos dos robos.

    Tenho um titulo melhor de filme:

    " Eu Robo" ou "Quero ser Robo", não é mesmo "Eu Robo" é mas o estilo calvinista...

    Essa é engraçada João.

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  8. Clovis agora voce entendeu... ou quer que eu explique. É chato ter que ficar explicando piada

    É muito engraçado...

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  9. O eduardo e o joão parecem a mesma pessoa. Um completa o que o outro diz, escrevem da mesma forma...

    Ou são gemeos siameses, ou são a mesma pessoa...


    Eduardo, vc possivelmente não entendeu do que se trata a predestinação, e fala como se soubesse.

    Eu te pergunto, então, o que você entende por predestinação.

    Um abraço.

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  10. eduardo, em vez de vir com sátiras que te fazem passar por papel de ... (não sei como colocar uma palavra aqui que não soe ofensivo demais), tente argumentar através da palavra de Deus.

    Primeiramente não há nada na doutrina da Graça que sugira um enfileiramento dos Santos. Segundo, a entrada no Reino será realmente uma coisa muito bonita, diria mais, maravilhosa como o nosso Senhor!

    E por fim, ser vaso nas mãos do Oleiro, ser usado pelo Senhor da forma como Ele quer, segundo o beneplácito da Sua vontade, é, ou deveria ser, o nosso desejo diário! E parece que você abomina isso. Cuidado colega, você está entrando em uma área perigosíssima que é a apostasia. Dela poucos voltam.

    Espero que perceba a tempo.

    Raphael Amin

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  11. Eduardo,

    "O texto é tão claro Clovis,leia novamente, faça sua oração e após isso tocado pelo Espirito Santo retire a bobagem que escreveu."

    Eduardo, para mim o texto é claro: na carne, ninguém pode agradar a Deus. Mas como você não concorda, gostaria de ver sua interpretação do versículo.

    A menos que não tenha nenhuma. Então, ficamos com a minha.

    Clóvis

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  12. Clóvis, paz!

    De que maneira você encaixa Cornélio nisso tudo que você disse?

    Uma outra coisa: tenho dúvidas se os crentes não podem estar na carne. Em outras palavras, tenho dúvidas se a distinção que você faz entre andar na carne e estar na carne é diferente mesmo.

    Quem anda segundo a carne não estaria na carne por andar conforme os ditames dela?

    Pelo que pude ver, a tradução "colocar-se sob o domínio" cabe no verso 8 e Paulo orienta os Romanos a não se deixarem dominar pelo pecado [6:12-13]. Se são orientados assim, é porque podem encontrar-se assim.

    Abraços!

    Ah! Vai um resmungo: procurei pelo link do meu blog por aqui e não encontrei. Fui cortado da sua lista por qual motivo? É por causa da minhs heresias; do mediano nível do blog; ou porque sou arminiano?

    - hahaha -

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  13. Pr. Zwinglio,

    Vou analisar com mais vagar suas considerações. Mas o que segue posso responder de pronto:

    "Ah! Vai um resmungo: procurei pelo link do meu blog por aqui e não encontrei. Fui cortado da sua lista por qual motivo? É por causa da minhs heresias; do mediano nível do blog; ou porque sou arminiano?"

    Conforme eu avisei aqui, tive que mudar o template por este que ficou horrível. Comecei a migrar os links para cá, mas desanimei, pois o Vini do Voltemos ao Evangelho está finalizando o novo template. Assim que for implementado, começarei a colocar os links novamente.

    Quanto ao seu blog, apesar de ser de um arminiano meio herege é muito bom e tem lugar garantido na minha lista de blogs amigos. Aguarde só mais um pouquinho e confira.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  14. Nossa existe 'arminiano meio herege'... Clóvis, essa foi legal, mas pelo jeito a amizade aí ditou...
    Aos arminianos: O homem é livre de sua natureza pecaminosa?
    se puder entrar nessa conversa...
    (Clóvis, mudei de cidade e de estado, o sinal que tenho da net é bem lento, tipo tartaruga com cólicas, seu blog tá pesado igual a teologia calvinista...kkk, daí fico esperando, esperando... então desisto... mas agora abriu rapidinho, não sumi não em... abraços)

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  15. Luciano,

    Ao chamar o Zwinglio de "arminiano meio-herege" fiz uso da liberdade que tenho com ele, como meu irmão em Cristo. Foi apenas uma brincadeira e sei que você entendeu.

    Porém, foi bom você tocar no assunto, pois outros podem pensar que eu o considero arminianos hereges ou não salvos, o que não é verdade.

    Minha net também é lenta, mas não me mudei não, sempre foi assim. Mas logo colocarei um design mais leve.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  16. Clóvis,

    Como o calvinismo prova a eleição incondicional, sendo que desde Adão, Deus sempre impôs condições ao homem para ter a vida eterna junto dele? A salvação é pela graça, mas também Deus impõe condições para podermos alcançá-la, ou seja, temos que ter fé Jesus. Como é isso?

    Bari

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  17. Eleição é incondicional, porém a salvação não. É preciso crer para ser salvo. Mas aí você pergunta: "Como a salvação é pela Graça se eu preciso crer?" Simples, a fé é uma das manifestações da Graça, e não uma conquista do crente.

    Vamos ver se o Clóvis concorda, discorda ou muito pelo contrário.

    Raphael Amin

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  18. Luciano, paz!

    "O homem é livre de sua natureza pecaminosa?"

    ******

    Veja bem: o homem foi criado a imagem e semlhança de Deus. Quando da queda, isso não foi perdido totalmente. Ou foi?

    Resumo da ópera: a natureza pecaminosa é uma realidade do homem caído. No entanto, por não ter perdido a imagem e semelhança de Deus totalmente, ele retem a faculdade de autodeterminação que faculta-lhe a condição de ter a sua vontade inclinando-se para o bem e não para o mal.

    Quem assina é o "arminiano meio-herege" não é clóvis? -hahaha-

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  19. Pr. Zwinglio,

    essa afirmação:
    "a natureza pecaminosa é uma realidade do homem caído. No entanto, por não ter perdido a imagem e semelhança de Deus totalmente, ele retem a faculdade de autodeterminação que faculta-lhe a condição de ter a sua vontade inclinando-se para o bem e não para o mal."

    Pode ser provada pela Biblia?

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  20. Neto,

    a resposta da parte em negrito está condicionada à questão se o homem com a queda perdeu ou não totalmente à imagem e semelhança de Deus. Ele perdeu ou não?

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  21. Bari,

    Obrigado por visitar o Cinco Solas e por comentar. Vamos ao seu questionamento.

    "Como o calvinismo prova a eleição incondicional, sendo que desde Adão, Deus sempre impôs condições ao homem para ter a vida eterna junto dele?"

    O calvinismo não prova a eleição incondicional. A Bíblia o faz:

    "Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú. Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma. Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece." Rm 9:11-16

    Mas é bom não confundir eleição e salvação. A eleição é para a salvação, não é a salvação propriamente dita.

    "A salvação é pela graça, mas também Deus impõe condições para podermos alcançá-la, ou seja, temos que ter fé Jesus. Como é isso?"

    Simples: Deus nos dá, graciosamente aquilo que de nós exige. A fé é condição para a salvação? Certamente que é. Mas é também um dom de Deus aos seus eleitos. Assim, a fé como requisito para a salvação não é contrária a graça, haja vista que é por esta que Deus nos dá fé e arrependimento.

    Agora, permita-lhe perguntar: como você prova a eleição condicional?

    Em Cristo,

    Clóvis

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  22. Zwinglio,

    Sem esquecer que lhe devo uma resposta sobre Cornélio, me intrometo aqui:

    "a resposta da parte em negrito está condicionada à questão se o homem com a queda perdeu ou não totalmente à imagem e semelhança de Deus. Ele perdeu ou não?"

    A imagem de Deus no homem foi seriamente afetada pelo pecado, mas ele ainda a mantém. Porém isto não prova que "ele retem a faculdade de autodeterminação que faculta-lhe a condição de ter a sua vontade inclinando-se para o bem e não para o mal", como você disse.

    Para provar isso, antes você precisaria demonstrar, que:

    a) a capacidade de autodeterminação é ou faz parte biblicamente da imagem de Deus no homem;

    b) a Bíblia testemunha que essa faculdade passou incólume pela Queda.

    Não vejo sustentação bíblica para nenhuma dessas afirmações.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  23. Pr. Zwinglio,

    além do que o Clóvis afirmou, creio que nem preciso colocar aqui os trechos bíblicos que nos dizem que o homem sem Deus está morto em delitos e pecados.

    O problema, (creio) é que esse "escolher o bem" que é atribuido ao livre arbritrio (como por exemplo, obras de caridade, altruísmo, etc), é um "bem" humano, ou seja, aos olhos dos homens essas são boas obras. Mas o que a Bíblia (nosso referencial da Verdade e nosso "óculos" para enxergar o mundo) afirma? Que até mesmo as boas obras humanas, aos olhos de Deus, são como trapos! Porque? Porque nunca tem Deus como o centro, nunca são feitas por fé, e partem sempre de uma massa corrompida (coração humano). Logo, aos olhos de Deus, NÃO SÃO boas obras.

    Por isso a Bíblia é categórica ao afirmar: O homem não tem capacidade de escolher o bem! (Romanos 3). Apesar de, aos olhos humanos, parecer isso.

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  24. Clóvis e Neto,

    O "fator Cornélio" [passei a chamar assim agora], acredito eu, me justifica em tudo que e disse.

    Inclusive Neto, quanto às boas obras humanas. As esmolas dele foram bem vistas por Deus. Difícil você aplicar Rm 3 de maneira seca, sem explicações bem mais amplas, em Cornélio, você não acha?

    Clóvis, dizer que Deus autodetermina-se é chover no molhado. A autodeterminação humana está na própria narrativa da queda quando ali encontramos o instante da escolha, etc. Tal característica poderia ser real no homem se não fizesse parte da criação segundo à imagem e semelhança?

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  25. Zwinglio,

    Se as boas obras de Cornélio fossem bem vistas por Deus (no sentido de aceitas como justas), Deus não enviaria Pedro para pregar o Evangelho à ele. Não seria necessário.

    Um abraço.

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  26. Neto,

    ora irmão, o texto diz que as esmolas dele tinham subido à memória de Deus. O quê isto significa?

    O semiprosélito Cornélio não estava salvo por suas obras, por isso precisava do Evangelho; isso é evidente.

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  27. Pr. Zwinglio,

    Se Cornelio precisava ser justificado pela fé (o que aconteceu depois da visita de Pedro), significa que ele ainda não era. As obras em sí eram boas, mas o coração de Cornélio, ainda não convertido, não era.

    Creio que a "memória" que o texto se refere foi o bem feito às outras pessoas, e não ao coração perfeito de Cornélio.

    Ou seja, suas boas obras não eram boas no coração, apesar de agradar a Deus o beneficio feito às demais pessoas.

    Deus abençoe.

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  28. Clóvis,

    Como o calvinismo prova a eleição incondicional, sendo que desde Adão, Deus sempre impôs condições ao homem para ter a vida eterna junto dele?

    ”O calvinismo não prova a eleição incondicional. A Bíblia o faz:

    "Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú. Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma. Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece." Rm 9:11-16

    oK!

    Mas é bom não confundir eleição e salvação. A eleição é para a salvação, não é a salvação propriamente dita.”

    Concordo com você; a salvação implica em eleição, mas eleição não implica em salvação, como temos o exemplo na eleição da nação de Israel, como povo escolhido por Deus, mas isso não implica na salvação de todos os Judeus. Deus é soberano e faz o que quiser, mas como podemos, segundo a Bíblia, estender esse exemplo de eleição, feita por Deus de Jacó e Esaú, a toda humanidade?

    Bari

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  29. Neto,

    está claro pra nós dois que Cornélio não era salvo quando se dedicava a fazer o bem, ou coisas boas.

    Agora, a iniciativa de fazer coisas boas partia de um homem de coração mal ou de um homr com um coração não totalmente mal que podia autodetermina-se a afzer o bem? De onde vinha a motivação dele?

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  30. Olá Clóvis!É uma benção do nosso Deus eu ter conhecido seu blog.
    Eu conheci seu blog através do site Novo Tempo.Eu li os artigos do pastor Leandro Quadros sobre a predestinação.Deus me trouxe para conhecer seu abençoado blog e eu compreendi a verdade clara e bíblica através desse artigo. Eu comentei o artigo do Leandro que 'aceitar a Cristo' não é possível para um homem não regenerado,mas ele me indicou outro artigo falando sobre isso.Embora o amor universal de Deus soe bonito,isso não é bíblico e eu quase acreditei no livre-arbítrio.Não cheguei num acordo através desse ponto de vista deles.Mas quando eu leio minha Bíblia eu percebo que Deus realmente elegeu um povo antes dos séculos e isso está muito claro.Compreendo isso por mais injusto possa parecer.Deus sabe o que faz.Eles usam Deuteronômio 5:29 para dar um golpe no calvinismo.Mas o que diremos dos textos de Romanos que falam da eleição? Parece que eles evitam os textos que provam a eleição só para firmar a heresia que acreditam.Espero que eles abram o coração e vejam a verdade com carinho.Clóvis muito obrigada por ter esclarecido essa teologia bíblica nesse artigo.Fique com Deus sempre.
    Ana Paula.

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  31. Ana Paula,

    Perdoe a demora da resposta. Eu estive viajando a trabalho e para piorar, esqueci o cabo do notebook em casa!

    Que o Senhor Espírito Santo continue abrindo nosso entendimento à verdade bíblica. Eu já resisti, e muito, às doutrinas da graça (com exceção da incapacidade humana e a segurança do crente), mas chegou um momento que era ou a Bíblia ou meus pressupostos humanistas. A Bíblia venceu, graças a Deus!

    Quanto a Deuteronômio 5:29, prova exatamente o contrário do que pretendem os que defendem um livre-arbítrio capacitante:

    "Quem dera que eles tivessem tal coração que me temessem, e guardassem todos os meus mandamentos todos os dias, para que bem lhes fosse a eles e a seus filhos para sempre." Dt 5:29

    Ora, se Deus diz "quem dera que eles tivessem tal coração que me temessem" é exatamente porque não tinham um coração temente e obediente!

    Espero que o Cinco Solas continue a lhe ajudar. Mas você já descobriu o segredo de uma aprendizado mais seguro e certo. Percebo isso quando diz "quando eu leio minha Bíblia...". Deixe sempre a Bíblia falar!

    Que o Senhor te abençoe.

    Em Cristo,

    Clóvis

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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