Sobre o Protesto contra o Mackenzie

Em protesto ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), publicado desde 2007 no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie contra o PL 122/2006 (conhecido como “lei anti-homofobia”), um grupo de ativistas organizou uma manifestação no dia 24 de novembro de 2010, por volta das 18h, em frente à universidade. Com previsão de mais de três mil participantes, o evento contou somente com cerca de 400, que se postaram diante dos portões da instituição, na Rua Itambé. Em seguida, o grupo deslocou-se do Mackenzie para a Avenida Paulista com um número já bastante reduzido, conforme anunciado por diversos veículos de comunicação como a Globo News, a Folha de São Paulo, a CET, o site da UOL e dezenas de outros sites informativos. Na universidade, as aulas transcorreram normalmente.

A oposição da IPB ao projeto de lei se baseia não só no senso comum e em análises jurídicas especializadas (que consideraram o projeto “inconstitucional”), mas sobretudo nos princípios cristãos que norteiam tanto a denominação quanto o Mackenzie. Não há novidade nisso: quando se matriculam na instituição, os alunos assinam o contrato de serviços educacionais, em que há uma cláusula explicando esse caráter confessional. Isso não significa perseguição a quem não subscreve essas bases cristãs, muito pelo contrário: não há registro na história da universidade de casos de discriminação de qualquer tipo, seja contra alunos homossexuais, seja contra alunos que professam outras religiões, ou nenhuma. Todos têm acesso aos mesmos benefícios, como bolsas de estudo.

No entanto, desde o momento em que a publicação do texto da IPB no site do Mackenzie foi “descoberta” pelos ativistas neste ano, a igreja, a universidade e a pessoa de seu Chanceler têm sido duramente atacados e acusados de “homofobia”. Filmados em vídeo, os manifestantes pediam a demissão do Chanceler, cuja foto foi estampada em diversos sites homossexuais acompanhada de palavras de ódio. A virulência que caracterizou essas expressões de indignação, mesmo antes da aprovação do projeto, confirma o quanto é perigoso que a sociedade se veja refém de uma minoria militante, que procura impor seus pontos de vista por meio de pressão e difamação, não admitindo que pessoas, igrejas e organizações cristãs simplesmente afirmem ser a conduta homossexual um pecado.

Para detalhar melhor sua postura bíblica — que se fundamenta no amor, não no separatismo, e prega o respeito a todos —, cristãos que partilham da mesma visão sobre o homossexualismo se uniram para elaborar o manifesto “Universidade Mackenzie: Em Defesa da Liberdade de Expressão Religiosa”. O texto foi reproduzido em cerca de oito mil sites cristãos e conservadores, recebendo mais de 36 mil citações na internet. Traduzido para idiomas como alemão, espanhol, francês, holandês e inglês, foi postado em sites de diversos países estrangeiros, como Estados Unidos, França, Alemanha e Portugal. Centenas de manifestações de solidariedade à postura do Mackenzie foram veiculadas em diversos meios, inclusive no conhecido blog de Reinaldo Azevedo (articulista da revista Veja), um dos comentaristas políticos mais lidos e respeitados do país. Respondendo às acusações de “homofobia” com argumentos sólidos e bíblicos, os cristãos creem que sua postura contribuiu para que a manifestação de repúdio ao documento da IPB tenha recebido tão pouca adesão do público.

Nós, cristãos, estamos alegres e gratos por todo o apoio recebido e pelas orações do povo de Deus em favor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e de seu Chanceler, o Rev. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Instamos o povo de Deus a que se una também em súplicas e intercessões para que o Deus todo-poderoso derrame seu Espírito Santo sobre a igreja evangélica neste país. Necessitamos com urgência de um avivamento, de forma que o Cristo crucificado seja exaltado, os crentes sejam santificados, a Escritura Sagrada seja pregada com liberdade, pecadores se convertam e nosso país seja transformado, para a glória do Deus trino da graça.

Este pronunciamento é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.
Para ampla divulgação.

17 comentários:

  1. Clóvis, o Leandro pode te processar por vc usar a foto dele sem autorização?
    Nossa o Nozima me ameaçou...eu não sabia disso.
    muito triste ouvir isso de um irmão.

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  2. Luciano,

    Acho uma pena que você tenha levado essa discussão pra cá, mas tudo bem. Apenas pra você saber o Clóvis já teve que tirar uma foto do Ciro Zibordi, porque o Ciro disse que não queria foto dele aqui. Tem gente que deixa, tem gente que não. Eu sou dos que não deixam...sem que, pelo menos, tenha sido pedida a minha permissão.

    Não falo mais disso aqui. Vim apenas pra fazer esse esclarecimento, já que você citou o meu nome aqui.

    Graça e paz do Senhor,

    Helder Nozima
    Barro nas mãos do Oleiro

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  3. Luciano,

    "Clóvis, o Leandro pode te processar por vc usar a foto dele sem autorização?"

    Não dê idéias. Mas respondendo objetivamente, sim. Por definição, as imagens pertencem ao fotógrafo, que tem direitos autorais sobre elas. Quanto ao uso delas, o que pega não é o direito autoral da foto em si, mas a questão de uso de imagem pessoal.

    Assim sendo, ao publicar a foto de alguém, eu estou sujeito a responder pelo menos a duas pessoas: o que detém os direitos autorais e a própria pessoa, caso se sinta ofendida pela divulgação dela.


    "Nossa o Nozima me ameaçou...eu não sabia disso."

    Como o Helder mencionou, o Pr. Ciro Zibordi pediu que eu retirasse sua foto de um artigo que escrevi. Depois, errei mais feio porque publiquei uma foto dele descaracterizada, de mau gosto. Aí, foram meus leitores que me alertaram e eu tirei.

    De qualquer forma, as vezes publico a foto de pessoas aqui no blog. Mas se pedem para tirar, tiro numa boa.

    Aliás, acho que tem uma do Helder em algum artigo do Cinco Solas. Se ele me pedir para retirar, eu retiro.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  4. Ok irmão, eu apenas perguntei, ppois tb tem uma foto do Leandro lá no MCA.
    Irmão Clóvis eu não trouxe a discussão pra cá, só disse algo que me impressionou vindo de um irmão.
    Só isso, é bom para que eu aprenda que as vezes índividuos de seitas são mais 'crentes' do que 'os crentes'.
    Um abraço

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  5. Clóvis,

    Você pode usar minha imagem e meus textos sempre que quiser, sem pedir permissão nem nada. Ainda que seja pra me criticar ou repreender.

    Graça e paz do Senhor,

    Helder Nozima
    Barro nas mãos do Oleiro

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  6. Eu me lembro do caso envolvendo o Pasto Ciro... É o que a Lei prevê, realmente; e é bom que seja assim, pois vivemos num Estado de Direito.

    Agora, pessoalmente, não ligo se usam minha foto; eu me preocuparia se me caluniassem, ou seja, afrontassem minha moral. Lembrando que discordar de idéias não é afronta moral, claro!

    Paz e bem, oro para que as desavenças entre os irmãos, fiquem apenas no campo das idéias.

    Paz e bem

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  7. Marcelo,

    Eu não fico muito à vontade se usam minha foto... questão de feiúra mesmo.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  8. ........kkkkkkkkk!!!

    Pois é, ainda bem que o Genizah me brindou com uma caricatura! Fiquei mais bonitinho...

    PS: 'bonitinho' = 'feio arrumado'.

    Paz!

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  9. Ainda bem que a blogsfera reformada não sobrevive da beleza dos marcelos, clovis e helders... tem umas ivonetes, nanis, gizelas, paulas, claudias, etc, para nos livrar da acusação romanista de que não temos imagens de santos porque todos os protestantes são feios... Lutero, Calvino e Spurgeon não ajudam em nada.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  10. Ah tá! Até parece que um camarada como Bento XVI possa ser chamado de bonito. O cara parece aquele anãozinho medonho do Senhor dos Anéis!

    Um grande teólogo (especialista em liturgia), mas que é feio de doer, isso é...

    Mas, vc tem razão, sorte a nossa!!

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  11. Marcelo,

    Tem razão, o Bento é feio de doer. Mas sejamos justos, ele está no fim da trilha. Veja a estampa do cara, mais ou menos na nossa faixa etária: http://lh5.ggpht.com/_MZoHRI8YvlE/SreGKJK1ZWI/AAAAAAAABSQ/fIGOIsFh6Pk/Joseph%20Ratzinger%20Jovem_thumb.jpg?imgmax=800

    Em Cristo,

    Clóvis

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  12. Hummm... Provavelmente vão usar esta foto quando Bento XVI for canonizado... Brincadeirinha... Bem, o negócio, é darmos um jeito de 'descolar' alguma "unção do photoshop"; ou continuarmos sem usar imagens mesmo...

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  13. Marcelo,

    tenho uma idéia melhor: Vamos confessar que somos feios (falo por mim), aceitar isso, e ter na conciencia de que, diferente do mundo, Deus não julga pela aparencia.

    Chame isso de "unção da ostra", feio por fora, bonito por dentro! hehehe

    Abração.

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  14. Clóvis,

    não sei porque, os "comentários recentes" no topo da tela não aparecem, fica apenas escrito "carregando"...

    Já tem uns 3 dias que está assim.

    Abração.

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  15. Neto,

    Notei isso também. Aliás, notei exatamente o momento em que isso aconteceu, até pensei que fosse algo no meu note, pois observei isso exatamente quando instalava um programa para teste.

    Depois, pensei que era um problema do Blogger e dei uns dois dias para normalizar, como ocorre vez ou outra com alguma funcionalidade do serviço. Mas não é o caso, pois é só aqui.

    Assim que tiver um tempinho, vou fuçar para ver do que se trata. Enquanto isso, se você clicar sobre o "carregando..." abre uma página com os últimos comentários.

    Se alguém tiver alguma dica a respeito, manda ver.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  16. Tbm notei, pensei que fosse só aqui nos meus pcs, algo relacionado a conexão daqui. Mexer nesses códigos é uma complicação, ainda mais em templates customizados como o do Cinco Solas. Eu já apanho no Olhar Reformado, que usa um template básico com personalizações!

    Tiro o chapéu para vocês!

    Paz e bem

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  17. Neto;
    ... o Ato Penitencial é comunitário... Pelo menos agente já conseguiu dar uma 'espiritualizada' na feiúra... Duvido que os cristãos romanos tenham tanta unção!

    Paz

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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