Tentativas homossexuais de driblar Romanos 1

O Novo Testamento concorda com, e confirma, a condenação do Velho Testamento da homossexualidade. Alguma passagem da Bíblia pode ser mais clara na condenação do homossexualismo do que a afirmação de Paulo encontrada no primeiro capítulo de Romanos: “Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem seus corpos entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e adoraram e serviram a criatura mais do que o Criador, o qual é bendito eternamente. Amém. Por essa razão Deus os entregou a paixões infames. Pois até mesmo as mulheres mudaram o modo natural pelo que é contra a natureza. Do mesmo modo os homens, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, homens com homens cometendo o que é torpe, e recebendo em si mesmos a penalidade devida pelo seu erro. E por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes… os quais, sabendo do justo juízo de Deus, de que aqueles que praticam tais coisas são passíveis de morte, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam” (Rm 1.24-28,32).

Defensores do comportamento homossexual tentam driblar Romanos 1 alegando que Paulo estava condenando somente a luxúria e promiscuidade homossexual e não as amáveis e monogâmicas relações homossexuais. O problema com essa interpretação pró-homossexual é que Paulo nem sequer sugere tal idéia no texto. Essa idéia, que era pra estar no texto, claramente não está lá. Paulo era um expert em complexos problemas éticos. Sua condenação abrange todas as formas de comportamento homossexual: seja promiscuo, seja monogâmico. Se a homossexualidade é permissível sob certas condições, então a mentira, assassinato, difamação, e outros pecados listados por Paulo também são permitidos sob certas condições? Poderia um apologista do homossexualismo argumentar que o sexo com cabras e ovelhas é permitido desde que o relacionamento seja amoroso e monogâmico?

Outros apologistas dizem que Paulo estava somente se referindo à prostituição cultica grega. Mas o texto não diz nada sobre a prostituição cultica grega. Paulo estava focado sobre o que acontece quando as pessoas enxotam Deus de seus pensamentos e adoram ídolos. Paulo estava discutindo o comportamento pessoal moral. Quando as pessoas abandonam Deus, seu comportamento pessoal se torna perverso. Se Paulo condenou somente a prostituição ritual grega, então porque a igreja primitiva condenou todas as formas de homossexualismo? Por que é que toda congregação de igreja cristã e todas as denominações cristãs condenaram todas as formas de homossexualismo durante quase dois mil anos? Foi só nos anos 1970 que o homossexualismo começou a receber aceitação na sociedade. E não é acidental que as igrejas que mudaram suas visões geralmente façam parte de denominações liberais que rejeitaram a autoridade divina da Bíblia. Se Cristo e os apóstolos aceitaram a homossexualidade monogâmica, então por que ela foi universalmente condenada na igreja apostólica?

A tentativa mais sagaz de repudiar a condenação de Paulo da homossexualidade é a teoria da pederastia. Essa visão afirma que Paulo, seguindo a cultura grega, somente estava condenando a exploração sexual e emocional de jovens por parte de homens. Esta visão assume que Paulo era somente um produto da cultura grega pagã de seu tempo. Mas a Bíblia claramente ensina que Paulo escreveu sob a sobrenatural direção do Espírito Santo (2Pe 3.15-16). Para entender a visão de mundo de Paulo, não se deve olhar para a Grécia ou Roma pagãs, mas para o Velho Testamento, os ensinos de Jesus Cristo e dos outros apóstolos. A condenação de Paulo da homossexualidade é totalmente consistente com, e uma continuação da, lei de Deus revelada a Moisés. A pederastia é errada e é condenada por Deus porque é uma forma ou tipo de homossexualidade. É também pecaminosa e perversa porque é uma forma de sexo fora dos laços do matrimônio legal, monogâmico e heterossexual. O homossexualismo é perverso, não interessa a idade dos participantes. A idéia de que pelo fato de dois homens terem alcançado a idade de 18 anos, Deus aprova o sexo oral e anal que eles fazem é absurda. Paulo condena tal pensamento perverso e tolo há muito tempo: “Mas sabemos que a lei é boa e aquele que a utiliza de modo legítimo, mas sabeis disto: que a lei não foi feita para o que é íntegro, mas para os transgressores e rebeldes, para os irreverentes e pecadores, para os ímpios e profanos, para os assassinos de pais e mães, homicidas, para os fornicadores, para os sodomitas , raptores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para tudo quanto seja contrário à sã doutrina” (1Tm 1.8-10).

Brian Schwertley
In: Homossexualismo: uma análise bíblica (via email de Textos Reformados Selecionados)

16 comentários:

  1. Muito obrigado, por nos enriquecer um pouco mais com a Palavra de Deus. Isto sim é evangelho, um evangelho que liberta as pessoas do seu cativeiro, neste caso, sexual.
    Ai daqueles que extraiem, acrescentam mas também que distorcem as Escrituras, isto certamente servirá de condenação.

    Deus o abençoe

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  2. "Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.

    Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza;"

    2 Pedro 3.16 e 17

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  3. Não li o texto...
    mas vou me atrever a levantar dois pontos complicados da afirmação de Paulo:

    1) Não podemos estabelecer uma relação direta do homossexualismo ao fator "conhecer a Deus e não adorá-lo", pelo simples fato de que o homossexualismo possui origens diversas desde físicas (hormonais, genéticas) até culturais e psicosociais (criação, violência sexual, e etc.). Mas com isso não descarto causas espirituais, afinal tudo está vinculado ao espiritual.

    2) A relação inversa também faz-se questionável (ainda que o texto não afirme isso), não podemos concluir que Deus entregará todo "pagão" à prática homossexual.

    Minha conclusão é que o texto de Paulo pode ajudar a entender essa questão tão polêmica, mas nunca será a palavra final sobre o assunto.

    fraternalmente,

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  4. Para os pecadores qualquer forma de driblar a lei para atribuir vantagem pessoal é válida. Do mesmo modo trabalham os advogados, outros merecedores do inferno profano.

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  5. Clóvis e Neto (outros que se interessarem) se der, veja isso aqui:
    http://mcapologetico.blogspot.com/2010/10/homossexual-ensina-interpretar-e-se.html

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  6. A Igreja não peca por PRECONCEITO e sim, por DISCRIMINAÇÃO, aí é onde mora a hipocrisia!

    A discriminação ou rejeição de pessoas, grupos, ideias etc., em relação a sexo, raça, nacionalidade, cor da pele, etc. (discriminação contra gay); INTOLERÂNCIA! Qual é o pecado mais grave?

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  7. Djanir,

    Concordo contigo quanto a discriminação devida a gênero e opção sexual. Muito pecam nesse sentido. Independente da orientação/opção sexual, uma pessoa é uma pessoa e como tal merece todo respeito e consideração.

    Porém, o homossexualismo é condenado como pecado na Bíblia, e como tal deve ser visto e reprovado. Não se trata de rebaixar o homossexual a uma categoria inferior de gente. Da mesma forma que é o adultério e a mentira são pecados e devem ser denunciado como ofensivos a Deus. E ao fazer isso não se diminuir o valor do adúltero e do mentiroso como pessoa, pois mesmo pecando carregam a imagem de Deus.

    Da mesma forma que o homossexualismo não deve ser visto como um pecado mais hediondo que a bebedice, por exemplo, não deve ser amenizado e considerado menos grave que o homicídio. Pecado é pecado, e embora para nós haja diferenciação e a Bíblia fale em gradação de pena, o menor deles é tão ofensivo a Deus que sujeita o pecador à ser condenado eternamente.

    Enfim, erram o que discriminam pessoas por serem homossexuais. E erram os que tentam fazer o homossexualismo uma coisa normal.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  8. Luciano,

    Eu ja tinha lido trechos desse seu post no seu blog, mas não tinha comentado ainda.

    Deixarei um comentário lá.

    Deus abençoe.

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  9. Um texto muito bom sobre a "reação homofóbica" (desprezo e violencia) ser anti-cristã;
    E a verdade Bíblica sobre o homossexualismo:

    http://frasesprotestantes.blogspot.com/2010/10/nao-existe-igreja-gay.html

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  10. 2ª Blogagem Coletiva: Sinais Do Fim Dos Tempos – Prenúncios Da Volta De Cristo! - ed. 2010

    Quase um ano se passou desde a “1ª Blogagem coletiva: Sinais do fim dos tempos – Prenúncios da volta de Cristo!”, que se realizou no dia 30 de Novembro de 2009, e hoje estou aqui para te convidar para participar da" 2ª Blogagem Coletiva: Sinais Do Fim Dos Tempos – Prenúncios Da Volta De Cristo! - ed. 2010"

    Se você quiser participar, deverá publicar em seu blog um post relacionado ao tema proposto “Sinais do fim dos tempos - Prenúncios da volta de Cristo!” – no próximo dia 07 de Dezembro.

    As regras para participar e mais detalhes estão no meu blog: Eu sou o mensageiro!

    "http://aureliomcgomes.blogspot.com/2010/10/2blogagemcoletivasinaisdofimdostempos.html"
    "ou clique aqui -> Post - 2ª Blogagem Coletiva: Sinais Do Fim Dos Tempos – Prenúncios Da Volta De Cristo! - ed. 2010"

    Obrigado pela atenção, peço e espero que você participe.

    Amo ler seus comentários e tenho prazer em responde-los

    "...:: Vote No Blog - seu voto é importante ::..."
    "http://aureliomcgomes.blogspot.com/"
    "Blog Eu Sou o Mensageiro!"

    Fique na paz do Senhor
    Será um prazer ler seus comentários,
    Faça um Blogueiro mais feliz, COMENTE!

    Atenciosamente,
    "Aurelio MC Gomes - Blog Eu Sou o Mensageiro!"

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  11. Clóvis,

    Qual a sua opinião em relação a extensão de certos direitos civis a homossexuais (o STF reconheceu a união estável para casais do mesmo sexo, por exemplo FONTE: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=178931)?
    Peço que também comente, ou que considere em sua resposta a questão do laicismo do estado.

    Sou leitor assíduo do seu blog, e decidi postar aqui essa dúvida por ter dificuldades em discutir de forma coerente em relação a esse tema com a grande maioria dos meus irmãos em Cristo.

    Sirvo na Igreja Nova Vida, no Rio de Janeiro, deixo meu e-mail abaixo para contato.

    Em Cristo,

    Anderson P. Junior - anderson.p.junior@gmail.com

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    1. Anderson,

      Paz seja contigo.

      Fazem jus a direitos civis todos os que são cidadãos brasileiros. Independe de gênero ou orientação sexual. Dessa forma, se for um direito do cidadão como tal, não vejo como ser contrário. Não reconheço uma união de duas pessoas do mesmo sexo como aceitável, mas não nego os direitos civis, nem diminuo a dignidade deles como pessoas. São pecadores, como tais devem se confrontados, porém como o respeito que merecem como pessoas que são e com direitos civis assegurados como cidadãos.

      Já sobre a laicidade do Estado, há um sentido em sentido em que o defendo. O Estado não deve legislar, nem favorecer ou desfavor nenhuma fé ou mesmo a falta dela. Não deve aplicar recursos públicos em obras ou projetos de cunho religioso, mesmo sob pretesto cultural ou o que seja. Mas pode e deve cooperar com qualquer fé em ações que visem o bem comum, assegurado o acesso de todos independente de fé ou falta de. E, além disso, deve assegurar a todos o exercício de sua fé (liberdade de culto) e a manifestação pública de sua fé (liberdade de expressão).

      Porém, o que tem sido chamado de Estado laico é a negação desse último ponto. O laicismo defendido hoje é o que empurra a crença para a área privada, sendo qualquer manifestação pública repreendida como desrespeito à fé alheia. Estranhamente, essas mesmas pessoas acham legítimo, por exemplo, promover com recursos públicos a chamada "cultura afro", especialmente em seu aspecto religioso. Ao meu ver, este tipo de laicismo nada mais é do que revolta contra Deus e o Seu Ungido.

      Em Cristo,

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    2. Talvez fique mais claro o que eu disse acima se pontuar que:

      1. Sou favorável e defendo extensão de direitos civis aos homossexuais, mas não em detrimento de direitos civis do que não são homossexuais. No Brasil, parece que para assegurar o direitos dos gays é necessário negar o direito de pregar contra o homossexualismo.

      2. Sou favorável a um Estado laico, mas que isso não implique repressão de nenhuma manifestação de fé que não constitua crime. O Estado deve ser neutro, e não contra a crença.

      Em Cristo,

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  12. Clóvis que direitos civis??? eles não tem??? casamento é instituição de quem???

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    1. Luciano,

      Não conheço detalhes da decisão do STF. Mas acredito que estejam incluídos direitos previdenciários, de herança e partilha.

      Sobre o casamento, aos olhos da lei, é uma instituição civil. Neste sentido, o Estado pode estende-lo a qualquer cidadão civilmente emancipado. Que não se confunda o casamento civil com cerimônia religiosa. Cerimônias religiosas de casamentos homossexuais independem de previsão legal.

      À luz da Bíblia o casamento é uma instituição divina, que o prescreve a um homem e uma mulher. Eu jamais irei admitir que a união civil de pessoas de mesmo sexo representa a instituição divina do casamento, pelo contrário, é uma perversão maligna que deve ser denunciada como tal. O fato do Estado aprovar tal união não a torna válida diante de Deus, apenas diante do Estado, que não deve impor sua aceitação pela igreja.

      Em Cristo,

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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