Eleição, reprovação e pregação

image O dever daqueles que pregam e ouvem o evangelho em relação a essa dificuldade é claro. As doutrinas da eleição e da reprovação devem ser cridas porque Deus as revelou. Mas na entrega da mensagem da misericórdia o pregador nada tem a ver com elas – ele deve proclamar aquela mensagem como se estas coisas não existissem, e não mais permiti-las interferir com sua apresentação a toda oferta de uma salvação livre e plena em Cristo, como um médico faria no exercício de sua profissão. Há predestinação neste último caso como no primeiro – uma predestinação que abrange tanto os fins como os meios. Alguns foram destinados para morrer, outros para se recuperar. Mas ele trata a todos, como se sua capacidade em cada caso fosse seguida de sucesso.

A mesma coisa é verdadeira em relação aos que ouvem o evnagelho. O fato de que deus escolheu alguns para a vida eterna e deixou o restante de lado não deveria interferir com o dever que recai sobre eles de procurarem ser salvos, assim como o fato do decreto de Deus se estender a todas as ocupações comuns da vida  não deveria interferir em grau algum com a atenção que eles deveriam dar a eles. A regra do dever deles em ambos os casos não é o que Deus determinou, mas o que Deus disse.

Alexander W. Brown
In: Institute of Theology, de Hermann Venema


2 comentários:

  1. Ok. Também acho que essas doutrinas não são extremamente necessárias no evangelismo, como regra. No entanto, o próprio Jesus falou sobre elas em seu "evangelismo". Em João 6, por exemplo.

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  2. Não sei... acho que discordo um pouco,mesmo a questão da eleição/reprovação sendo temas de difícil compreensão, creio que também fazem parte do tratamento, e acho que cabe na evangelização/pregação e não deve ser evitada ou excluída da oferta de salvação.

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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