Trabalhar na obra ou ficar num canto? O que é melhor?

image

O que é o serviço cristão de acordo com a mente de Deus? Não é necessariamente termos uma programação cheia de atividades cristãs. Também não é que estejamos sempre ocupados naquilo que denominamos “coisas do Senhor”. Não é a medida e a quantidade de nossa atividade e trabalho, nem o grau de nossa energia e entusiasmo nas coisas do reino de Deus. Não são nossos esquemas, nossos projetos para o Senhor. Amados, o teste de todo serviço é seu motivo. Será que o motivo é, do começo ao fim, que em todas as coisas Ele possa ter a preeminência, que Cristo possa ser tudo em todos?

Vocês conhecem as tentações e a fascinação do serviço cristão; a fascinação de estar engajado, de estar ocupado com muitas coisas; ter sua programação, esquemas, projetos; estar envolvido nestas coisas e sempre presente a elas. Há um perigo aí que tem apanhado multidões dentre os servos do Senhor. O perigo é que isto os leva à projeção, torna a obra deles; é a obra deles, interesses deles, e quanto mais governam e caminham nisto mais satisfeitos ficam.

Não, há uma diferença entre passar o dia no serviço cristão como mero desfrutar da atividade, com a fascinação disto e todas as vantagens e facilidades que isto provê para nós mesmos, e a gratificação disto à nossa carne – há uma grande diferença entre isto e “Cristo, tudo em todos”. Algumas vezes este último é alcançado ao sermos postos fora de ação. Pois então, este é o teste: se estamos ou não completamente satisfeitos de sermos colocados totalmente fora de ação para que tão somente o Senhor possa ser mais glorificado deste modo. Se tão somente Ele puder vir ao que é seu, não importa nada se somos vistos ou ouvidos. Estamos alcançando um lugar, na graça de Deus, aonde ficamos bem contentes em ser largados num canto, sem ser vistos ou notados, se deste modo o Senhor Jesus puder vir para o que é seu mais rápida e completamente.

Teodore Austin-Sparks
Tesouros

Working at work or stay put? Which is better?

What is Christian service according to the mind of God? Not necessarily have a full schedule of Christian activities. Nor is it that we are always engaged in what we call "things of the Lord." It is not the extent and amount of our activity and work, nor the degree of our energy and enthusiasm in the things of the kingdom of God. They are not our schemes, our projects for the Lord. Beloved, the test of any service is its motive. Is that the reason is, from beginning to end, that in all things He may have preeminence, that Christ may be all in all?

You know the temptations of Christian service and fascination, the fascination of being engaged, being busy with many things, have their programming schedules, projects, be involved in these things and always present to them. There is a danger here that has caught the crowds among the servants of the Lord. The danger is that this leads to the projection, making their work, it is their work, their interests, and the longer walk in this rule and are more satisfied.

No, there is a difference between spending the day in Christian service as simply enjoy the activity, with the fascination of this and all the advantages and facilities it provides for ourselves, and the gratification of it in our flesh - there's a big difference between this and " Christ, all in all. " Sometimes the latter is achieved by being put out of action. Well then, this is the test: whether or not we are quite pleased to be placed completely out of action so that only the Lord can be more glorified in this way. If only he can come to yours, does not matter if we are seen or heard. We are reaching a place in God's grace, where we were well pleased to be dropped in a corner without being seen or noticed, is thus the Lord Jesus can come to what is its most rapidly and completely.


7 comentários:

  1. Não sei se concordo com esse artigo. Existe hj tantos que não fazem nada para o Reino de Cristo, que artigos como esses, acho, acabam servindo aos que gostam de ver aquilo que não está escrito. Para mim o pior é ver pastores que são pagos e MUITO bem pagos para trabalhar na obra de Cristo e são verdadeiros vagabundos ( isso incluindo mercenarios 'missionarios')...lamento mas prefiro o trabalho. Muito trabalho para todos os obreiros...trabalho e mais trabalho...muito o que fazer nq obra do Senhor é o melhor caminho. Antes errar trabalhando do que viver uma contemplação infrutifera.

    ResponderExcluir
  2. Luciano,

    Compreendo sua preocupação. Porém, creio que Austin-Sparks está se referindo ao trabalho como satisfação própria.

    Em Cristo,

    Clóvis

    ResponderExcluir
  3. Excelente o texto do Austin-Sparks.
    De fato, os valores a concupiscência da carne colocam em segundo plano o verdadeiro serviço cristão.

    www.michelineblogs.blogspot.com

    ResponderExcluir
  4. Sim Clóvis, por isso eu disse que os mercenarios 'leem o que não está escrito'. O texto mostra que que muitos trabalham para satisfazerem-se com o trabalho em si, ou mesmo para auto-promoção. Isso é tb lamentavel.
    Mas irmão, eu tenho vergonha de ver alguns pastores, da minha familia cristã mesmo, presbiteriana, que são vagabundos mesmo. Pilantras da fé, que se não fosse o sistema de governo da IPB esses larapios seriam piores que os pastores das ''egrejolas'' que nós tanto criticamos.
    Eu disse piores mesmo ! Grande diferença estar na obra para lucro proprio e pregar terrologia da properidade...Isso não é ser calvinista, acho que em Genebra teriam muitos pastores 'calvinsitas' presos, ou até mortos! ( pelo que já li de Calvino)

    ResponderExcluir
  5. Entendi muito bem o artigo e aprovo o texto. Este artigo serve para todos nós, não apenas para os falsos pastores mas para os que querem trabalhar verdadeiramente no serviço cristão, mas acabam se contaminando pelas vaidades reinantes no meio evangélico. Se existem muitos pastores que não fazem nada e querem apenas uma posição de destaque, eles deveriam ir para o canto. De que adianta estar fazendo muitos projetos, muitos trabalhos para todos os obreiros se o seu alvo não for glorificar a Deus em tudo o que estiver fazendo. O trabalho por trabalho, fazer por fazer nada mais é do que carnalidade. Não fica evidente que algumas pessoas já não querem mais ser apenas o pastor mas reivindicam para si o título de "apóstolo". Temos que ter muito cuidado com julgamentos precipitados, mas cabe a cada um de nós refletir muito seriamente sobre isso, pois qualquer um cristão está sujeito a cair nessas armadilhas. E aí a melhor coisa que você pode fazer é mesmo sair de cena e humildemente se recolher para o seu canto até que aprenda viver a vida e trabalhar na obra glorificando a Deus. Se você está numa atitude errada diante de Deus sair do centro das atenções reconhecendo que desde modo Cristo será mais glorificado em sua vida é a melhor saída, afinal de contas se fazemos o contrário ao invés de darmos a glória a Deus estamos cometendo o pecado da idolatria.

    Em Cristo

    Paulo Fagundes

    http://tomeasuacruzesigame.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  6. Paulo,

    Seja bem vindo e obrigado pelo seu comentário.

    Em Cristo,

    Clóvis

    ResponderExcluir
  7. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir

"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

Sua leitura deste post muito me honrou. Fique à vontade para expressar suas críticas, sugestões, complemetos ou correções. A única exigência é que seja mantido o clima de respeito e cordialidade que caracteriza este blog.