Ignorância e pecado

O pecado é sempre pecado aos olhos divinos, quer estejamos consciente dele ou não. Pecados cometidos por ignorância precisam de expiação tanto quanto os conscientes. Deus é santo, e ele não rebaixará seu padrão de justiça ao nível da nossa ignorância. Ignorância não é inocência.

Na verdade, ignorância é mais culpada agora do que na época de Moisés. Nós não temos desculpas pela nossa ignorância. Deus tem revelado clara e plenamente sua vontade. A Bíblia está em nossas mãos, e não podemos alegar ignorância de seu conteúdo, exceto para condenar-nos por nossa preguiça. Ele tem falado, e por sua palavra seremos julgados.

E, todavia, permanece o fato de que somos ignorantes de muitas coisas, e o erro e a culpa são nossos. E isso não minimiza a enormidade do nosso delito. Pecados cometidos por ignorância precisam do perdão divino, assim como a oração do Senhor nos mostra claramente aqui. Aprenda, então, quão alto é o padrão de Deus, quão grande é a nossa necessidade, e louve-o por uma expiação de suficiência infinita, que limpa de todo pecado.

A. W. Pink
In: Os sete brados do Salvador na cruz

2 comentários:

  1. Boa noite, amado Clóvis,

    quanto tempo não?

    Enquanto lia esse post, me lembrei de um salmo que comprova essa visão do Pink.

    "Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti." Salmos 119:11

    Ou seja, uma pessoa que não tem a palavra de Deus no seu coração, também peca.

    Mas é claro que aqueles que tem o conhecimento serão mais responsabilizados.

    Grande abraço, Deus abençoe.

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  2. Paz Neto,

    De fato, faz já um tempo. Ando com tempo escasso, pois o trabalho está apertando.

    Sobre as palavras de Davi, nunca pensei dessa forma, como sendo pecado o não guardar a Palavra, sempre pensei na Palavra como sendo uma vacina. Mas é para se pensar.

    Em Cristo,

    Clóvis

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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