Para eles ou contra si mesmos?


"Mas a sabedoria é justificada por todos os seus filhos" Lc 7:35

Em primeiro lugar, agradeço-lhe a consideração de ler, analisar e comentar o meu artigo do Cinco Solas. Não tenho condições de uma resposta completa e nem pretendo ter a palavra final, mas por ora faço algumas considerações ao artigo "Reafirmo: sem liberdade, a verdade não aparece". Escrevo num tom pessoal, dirigindo-me na primeira pessoa ao irmão para não parecer que haja alguma animosidade em minhas palavras.


Para não nos perdermos em mal entendidos, permita-me pontuar, primeiramente, aquilo que concordo em seu arrazoado. Creio que apesar da imagem de Deus no homem ter sido seriamente afetada pela Queda, não foi totalmente destruída. Também concordo que o homem é dotado de vontade e que efetivamente a usa. Também não nego que o homem, no uso dessa vontade, faça escolhas morais livres, no sentido de que não é coagido por nada fora de sua natureza quando escolhe.

Porém, sem entrar nos detalhes das ressalvas que faço, afirmo que a conexão  entre livre-arbítrio e imago Dei é mais um pressuposto arminiano não provado e que o exercício da vontade no homem caído é incapaz de escolher o bem antes ou à parte da graça. Assim, diante de escolhas como a referida em Dt 30:19 o homem é livre para escolher de acordo com sua vontade, mas sem a assistência da graça, só escolherá a morte e a maldição, como demonstra a história que se seguiu.

Em segundo lugar, não vou discutir a relação entre liberdade e verdade. Está claro que a Verdade, que é Cristo liberta, e até que Ele o faça, o homem é livre apenas para pecar, como uma pedra é livre para cair. Qualquer palavreado que exalte a liberdade antes, sem ou acima da verdade, não passa disso. E havendo verdade, vive-se a liberdade. Ponto.

Em terceiro lugar, com relação às traduções e versões que lançamos mão para analisar a passagem bíblica, reconheço que prefiro e uso as baseadas no texto recebido ao invés do texto crítico e que dou mais crédito às traduções que seguem o método da equivalência formal ao invés das traduzidas pela equivalência dinâmica. Não tenho capacidade de justificar essa minha escolha, exceto que nas vezes que comparei, pareceu-me que as traduções por equivalência formal resultaram traduções mais literais e fiéis, ainda que às vezes menos elegantes.

Na passagem em apreço, continuo e estou ainda mais convicto quanto à tradução de “ηθετησαν εις εαυτους”/"ethétesan eis heautoús", como "rejeitaram quanto a si mesmos" e "rejeitaram contra si mesmos". Nessa posição acompanho estudiosos como Matthew Henry, John Bonde, Manson, Black e Marshall, que não ligam heautoús a boulén e dão o sentido de "para sua própria perda" à expressão.

O termo do qual deriva ethétesan não é comum no Novo Testamento, ocorrendo apenas 16 vezes. Os léxicos trazem como significado "recusar reconhecer a validade de alguma coisa, considerar como inválida" (Low and Nida), "agir em relação a alguma coisa como se tivesse sido anulada" (Thayer), "violação da lei ou mandamento de Deus" (Kittel), "colocar como de nenhum valor, agir no sentido da coisa como se fosse anulada" (Vine) e "tornar vã, através da desobediência". Nas diversas ocorrências no Novo Testamento é traduzido (ACF) "negar" (Mc 6:9), "invalidar" (Mc 7:9), "rejeitar" (Lc 7:30; 10:16; 1Ts 4:8; Jo 12:48; Jd 1:8), "aniquilar" (1Co 1:19; Gl 2:21; 1Tm 5:12) e "quebrantar" (Hb 10:28). Parece-me que quebrantar e aniquilar não caberiam em Lc 7:30, bem como negar (no contexto, voltar atrás), restando invalidar e rejeitar como traduções possíveis para o termo. E entre "rejeitar ou recusar fazer a vontade de Deus" e "impedir o propósito que Deus tinha em mente fazer", creio que a primeira coaduna-se com o contexto e o ensino geral das Escrituras, conforme referido no parágrafo anterior.

A preposição eis e o pronome reflexivo heautoús devem ser estudados em conjunto. Eis indica "para" ou "para dentro", tendo em referência um ponto a ser alcançado. É o antônimo de ex, "para fora". Heautoús "é usado na terceira pessoa do singular e plural para denotar que o agente e a pessoa que sofre a ação são as mesmas" (Thayer). No Novo Testamento são 63 ocorrências da combinação eis e heautoús, indicando uma ação reflexiva. Por exemplo em Lucas temos "prejudicar-se a si mesmo" (9:25), "dividido contra si mesmo" (11:17), "confiavam em si mesmos" (18:9), "o que a si mesmo se exaltar será humilhado" (18:14), etc. O "si mesmo" associado a um verbo indica uma ação tomada em, a favor ou contra si mesmo.

Na análise que fez dos significados dos termos, o irmão acerta nos significados isolados dos termos, mas o conjunto não expressa o sentido que a análise morfológica requer, pois a função reflexiva do pronome desaparece completamente. Nas versões que o irmão adota, quem realiza e quem sofre a ação não são as mesmas pessoas. Os "para eles", "a seu respeito", "sobre ellos" e "verso di loro" (fingindo que entendi), que derivam do pronome heautoús fazem referência a uma ação de Deus em favor deles e não a um reflexo ou consequência de sua ação. Por isso é que eu creio, embora entenda quase nada, que comparativamente, as traduções que utilizei são melhores que as traduções utilizada pelo irmão.

Já fiz referência ao conteúdo do conselho de Deus no artigo anterior, então não vou me estender aqui. Apenas mencionar que ao desconsiderar o aspecto reflexivo do pronome, atribuindo-o ao conselho de Deus, fica a impressão de que o escopo do conselho de Deus era que exatamente aqueles fariseus e doutores da lei se deixassem batizar, o que não é o caso.

O contexto fala de pessoas enviadas por João Batista para perguntar se Jesus era o Messias esperado ou se esperariam outro. Então Jesus, respondendo, diz "Este é aquele de quem está escrito: eis que envio o meu anjo diante da tua face, o qual preparará diante de ti o teu caminho" (Lc 7:27). O conselho de Deus dizia respeito ao ministério de João Batista, que intimaria os moradores da Judéia a arrepender-se e serem batizados, como preparativo para a chegada de Jesus. MacArthur diz que "o chamamento de João Batista ao arrependimento era expressão da vontade de Deus. Ao recursar-se arrepender-se, recusaram não apenas João, mas o próprio Deus".

Sendo este o conselho de Deus, "todo o povo que o ouviu e os publicanos, tendo sido batizados com o batismo de João, justificaram a Deus" (Lc 7:29), por aceitarem o conselho de Deus. Já os fariseus e doutores, "não tendo sido batizados por ele", pela sua desobediência "rejeitaram o conselho de Deus contra si mesmos" (Lc 7:30). Ver aqui que Deus decretou que José e Joaquim seriam batizados mas eles não o foram porque tinham o poder de anular ou frustrar o decreto divino é ir além do que Jesus pretendia dizer (ou Lucas explicar) aos enviados de João.

Sei que não abordei todos os pontos levantados pelo irmão em seu segundo artigo, e isto lhe dará o direito de dizer que evitei responder alguma coisa por não ter resposta. Confesso que muita coisa que leio, não apenas do que o irmão escreve, me faz calar, pelo menos para não ser leviano com questões importantes e que não alcanço. Outras, apenas não respondo por uma questão de prioridade. Deixo-lhe a escolha do motivo que me levou a não responder todas as questões levantadas, pelo menos por enquanto.

Mas quero deixar aberta a porta para algum questionamento mais direto, para uma resposta mais objetiva. E eventualmente gostaria de lhe perguntar uma coisa ou outra sobre o que escreveu. Quem sabe consigo uma resposta objetiva?

Soli Deo Gloria

21 comentários:

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  2. Clóvis, paz!

    Parabéns pela resposta... acho que tudo está de bom tamanho... certamente ainda tenho o que dizer... pois há furos nessa sua resposta... no entanto, fica pra outra ocasião...
    *
    Como você disse que tem questionamentos ainda a fazer... fique a vontade... responderei o que puder...
    *
    Abraços!

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  3. Zwinglio,

    Paz. Obrigado por ter lido e compreendido eu não ter respondido a íntegra de seu texto. Também não estou disposto a debater ad nauseum este ponto. Mesmo porque tenho outras pendência com o irmão, e com o Helder, e com outros. Mas certamente quero ter o usufruto de interagir com o irmão em outras questões relacionadas.

    Deus o abençoe.

    Clóvis

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  4. Clóvis...

    Pensei muito se deveria comentar...

    Visto a complicação das diferentes traduções, achai por bem salientar que:

    a)Temos sempre que ler no original, o "texto crítico" e o "texto recebido";
    b)mesmo com a capacidade de fazer uma tradução própria, devemos ler o maior número de traduções e versões possíveis;
    c)temos que ler todo o contextos;
    d)toda doutrina tirada de um texto deve ser considerada com tudo o que a Bíblia diz acerca dessa doutrina.

    É o caso de 1Jo 3;9:

    Todo aquele que é nascido de Deus não pratica o pecado, porque a semente de Deus permanece nele; ele não pode estar no pecado, porque é nascido de Deus. (NVI)

    Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus. (ARA)

    No one born of God makes a practice of sinning, for God's seed abides in him, and he cannot keep on sinning because he has been born of God. (ESV)

    Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus. (ACF)

    Πᾶς ὁ γεγεννημένος ἐκ τοῦ θεοῦ ἁμαρτίαν οὐ ποιεῖ, ὅτι σπέρμα αὐτοῦ ἐν αὐτῷ μένει· καὶ οὐ δύναται ἁμαρτάνειν, ὅτι ἐκ τοῦ θεοῦ γεγέννηται. (NA26)

    Whosoever is born of God doth not commit sin; for his seed remaineth in him: and he cannot sin, because he is born of God. (KJV)

    As três primeiras versões dizem não vivem na prática do pecado, mas as três últimas, dizem claramente que não comete pecam. A NVI até pode ser interpretada como não peca, mas o fato é que em todas essa versões em 1Jo 1;10, falam que se afirmarmos que não temos pecado, Deus é mentiroso...

    Ou seja, qualquer afirmação que passa em uma versão e não passa em outra... deve ser melhor entendida. O contexto ajudará muito, mas se temos outro texto que apresenta uma impossibilidade para a tradução, devemos considerar melhor a possível tradução da passagem.

    Por isso não devemos afirmar doutrinas em cima de um único texto.

    Mas acho que não é preciso ir tão longe (ir ao grego e mostra que foi usada um versão entre tantas outras, e nesse caso a que mais convém) para negar a validade da interpretação arminianizada da passagem. O texto, em bom português, fala claramente que os fariseus e interpretes negaram que João era da parte de Deus (o desígnio, ou propósito de Deus), e por conseqüência negaram ao próprio Deus.

    Tudo vai se resumir no motivo da rejeição. Para mim o motivo é claro, eles rejeitaram pela dureza do próprio coração, por causa de sua natureza pecaminosa, por que estavam cegos e doentes, não obstante achavam-se sãos e guias de cegos. A arrogância religiosa e auto-justificação, os impedia de aceitar a própria pecaminosidade natural de todos os homens.

    É isso que acho digno de nota no texto, os que se julgavam pelas próprias ações e intenções preparados para receber o Cristo, que não precisavam se arrepender como preparação do ministério vindouro, não o viram e nem o reconheceram, pois Deus escondeu deles tal verdade, mas aqueles que eram os menores, os rejeitados, o povo, o comum, o nada especial, o sem preparação, a esses Deus se deu a conhecer. Aqueles que achavam ter direito, pois neles havia algo que os qualificavam, foram claramente rejeitados por Deus, que preferiu se revelar àqueles que sabiam que nada mereciam.

    A pergunta que me faço ao ler todos os textos é a mesma: porque uns creram e outros não? Porque uns enxergam e outros não? Porque uns ouviram e outros não? Porque a uns foi dada a fé e a outros não? Porque uns são para a misericórdia e outros para ira? Porque uns são ovelhas, filhos, amigos e outros não?

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  5. Esli,

    Obrigado por sua contribuição ao tema. Temos que cuidar para não dissecar um versículo como se disseca um sapo, podemos até ter um conhecimento acurado de suas partes, mas o bichinho morre no processo.

    Eu gosto de ir do geral para o específico, e fico feliz quando o geral me dá a convicção necessária. Mas tem vezes que ver a floresta não basta, é preciso se aproximar para vermos as árvores. Mas não precisamos derrubá-la, né?

    Que Deus o abençõe.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  6. Clóvis...

    Você só é um cooperador leigo? A Igreja (com I maiúsculo) precisa de homens como você. Estou feliz porque você consegue transitar bem no meio pentecostal e ser tão erudito e intelectual, isso com certeza é resposta de Deus as orações sinceras de muitos que querem crescer em tudo naquele que é a Cabeça... você é uma benção!

    O trabalho que você fez de exegese na passagem de Lc 7;30 é digno de nota (e nota 10!). Nunca pensei que você estivesse tentando matar o sapo (mas não posso afirmar os mesmo dos arminianos, rsrsrsrs)... o seu texto agora é para salientar suas razões do porque usar uma versão e não outra. Concordo que a NVI, especialmente nesse texto, "deu um furo louco", e nem é por causa do "para eles", mas na construção do parágrafo.(explicar isso aqui seria muito cansativo)

    Gosto da política de ir do geral para o específico, pois o todo justifica as partes, e acho que sua atitude foi nobre em considerar como erradas, mas dignas de réplica as afirmações do último texto do Zwinglio sobre o assunto. Só que eu acho que você deu muito crédito aos textos, todos os dois.

    São textos fracos e intencionalmente produzidos para alimentar o não estudo dos que não estudam. É mais do mesmo, tão ruim quanto aquele outro "Predestinação como Temporal Apenas - J. Kenneth Grider” postado no “Armianismo.com” que em qualidade (ou falta dela) só perde para o “É Possível Fazer Alguém Amá-lo, Mesmo Sendo o Todo-Poderoso? - William Lane Craig”. Acho que devemos fazer algumas considerações sobre esse tipo de texto, e não deixar de responder as indagações sobre essas e outras questões levantadas por eles ou por seus proponentes.

    Você realmente administra bem o 5Solas. Não que eu defenda um tese de não-confronto, ou coisa assim, mas é que me espanta o simplismo dessa turma. Acaba que aos considerar dignos de debate baixamos a linha da qualidade em muito, e o que acontece... você tem que fazer um trabalhão para explicar coisas muito básicas e o resultado da explicação... só mais confusão.

    Aqui em Brasília existe algo assim. Na escola pública o menino não aprendeu a ler direito, mais em vez de reprová-lo (dizem os psicólogos, para não desestimular) eles mandam o garoto par a 2ª séries. Aí quem se dá mal é a professora que tem que baixar o nível de toda uma turma para que o analfabeto se sinta incluído na conversa.

    Certo que você tem um coração de educador e tenta ajudar a todos... provavelmente você continuará a manter esses debates. E tenho que admitir que você não baixa o nível do geral. Isso mostra como você administra bem o 5Solas. Também acho que você mantém esses debates para os “jovens aprendizes” terem a quem vencer (risos incontidos), é bom ter alguns “sparn”, sabe? Aqueles lutadores de boxe que são pagos para “apanhar” em um treino.

    Bom, fica na paz, e segue o rumo... Deus continue a abençoar.

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  7. Esli,

    Que tremenda expressão de preconceito essa sua... com isso vou reafirmando minhas conclusões a respeito do comportamento de alguns calvinistas [até então tem sido a maioria]... lamentável!
    *
    Você só é um cooperador leigo? A Igreja (com I maiúsculo) precisa de homens como você. Estou feliz porque você consegue transitar bem no meio pentecostal e ser tão erudito e intelectual, isso com certeza é resposta de Deus as orações sinceras de muitos que querem crescer em tudo naquele que é a Cabeça... você é uma benção!
    *

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  8. Esli,

    Aliás, não apenas aqule fragmento aponta seu preconceito... mas, depois que li o resto com mais atenção, constatei o real teor do conteúdo desse seu último comentário...
    *
    "é que me espanta o simplismo dessa turma."
    *
    Sou muito franco mesmo... não fico com conversinha mole... já disse isso aqui... esse negócio de palavra elogiosas, doces... que não revelam as reais intenções... a vivência e a caminhada de fé me permitem sentir o cheiro delas a distância... espera-se só um momento pra se mostrarem...
    *
    É assim que o negócio funciona: fala-se de piedade cristã... mas assassina Servet... "Eu espero que o veredicto seja pena de morte."
    *
    Pra bom entendedor, meia palavra basta...
    *
    Lamentável mesmo!

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  9. Esli,

    Não sou nada disso aí que você falou. O que eu apresento geralmente é "raspa de tacho" e como o Zwinglio observou, tem orifício demais. Mas dou glórias a Deus se, na minha limitação e com meus defeitos, Ele se serve do que escrevo para abençoar alguém.

    Sobre o texto "predestinação temporal", estou namorando-o faz tempo e quando Deus me der graça e tempo, apresentarei uma análise do mesmo, como prometi ao Zwinglio.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  10. Ainda creio que o Zwinglio é um exterminador...

    Por falar nisso, Zwinglio, não vai me responde no tópico do "desespero dos escolhidos"?

    Um abraço a Todos.

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  11. Até o presente momento, eu não havia concordado com o Pr. Zwinglio em absolutamente nada neste blog. Agora faço minhas as suas palavras com relação ao comportamento arrogante do Rev. Esli, no comentário postado em 23 de fevereiro de 2010 16:25.

    Sou pentecostal, com a graça de Deus, e graças ao Seu Espírito, com o qual sou batizado. E em nada me envergonho desta condição.
    Antes, me envergonha que um Ministro do Evangelho desdenhe de outros cristãos como se estivesse falando de leprosos.

    No Espírito,
    Georges Nogueira.

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  12. Georges,

    É engraçado... você não concordou comigo em nada como se defendessemos um arminianismo diferente... mas tudo bem, cada qual com o seu direito... prefiro, via de regra, a divergência do que a convergência...
    *
    Mas, voltando à questão que nos une em um só parecer... não é surpresa minha esse tipo de comportamento de calvinistas... eles não me impressionam... já os conheço de longas data...
    *
    Agora, meu irmão, somos nós que ficamos dando asas a pessoas com esse tipo de pensamento réprobo... um exemplo: que negócio é esse de Reverendo? Reverendo o que? Nada! Essa é uma designação do tipo ICAR... tem ranços que alguns não abrem maão... mesmo que não encontre apoio nas Escrituras... é pra vê que não são assim tão bíblicos como se apresentam... e tem mais coisa... muito mais... agora o que é conveniente... ai, ai... então meu caro... se é pastor... é pastor como os demais, inclusive como os pastores pentecostais que estão aqui no sertão nordestino falando "pro mode", "pru quê"... e não vossa revenrendíssima...
    *
    No demais, reafirmo que o desrespeito à comunidade pentecostal por parte do Esli é nauseante e até seria digna de uma reprimenda do dono do blog... coisa que eu faria se fosse no meu... porém, eu entendo sim que o irmão Clóvis sabe o que faz...

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  13. Zwinglio e Georges...

    Acho que o Clóvis não precisa de defesa e nem o que eu acho dele, mas...
    Por que elogiar o Clóvis chocou tanto você?

    Eu realmente fico feliz dele transitar bem no meio pentecostal. Se vocês não perceberam, muitos pentecostais o respeitam e lêem o seu material, e agradecem a Deus pela grande contribuição que ele tem feito para o crescimento e instrução do povo de Deus, isso é muito bom, vocês não acham?

    Lamento saber que ele não é um ministro ordenado, seria muito bom para a Igreja, o corpo místico de Jesus, que o tivéssemos exclusivamente para o ministério da Palavra, já pensou essa capacidade toda no ministério? Seria muito bom, vocês não acham?

    No texto sob qual comento, que é um bom texto exegético, ele mostrou-se bastante conhecedor da técnica, por tanto um erudito, que no Aurélio, significa quem tem um saber aprofundado em um ramo do conhecimento; instrução, cultura vasta e variada. Quanto a intelectual, acho que nem preciso comentar. Vocês não acham?

    Ele é uma benção (vocês não acham?) e tenho certeza que é fruto da oração sincera de muita gente, que oram para Deus enviar mais obreiros para a seara, vocês não acham?

    Ele tem sido um benção para mim, através do 5solas. Me levou a pesquisar o texto em si, e constatar um grande erro na tradução da NVI, uma tradução que gosto muito. Mas os post sempre me fazem refletir é acho isso bom e vocês não acham?

    O bom é que vocês produziram provas contra vocês mesmos, ambos, são mais do mesmo, não vale a pena discutir com vocês. Mal vocês conseguem ler e interpretar as palavras de um blog... o que posso esperar de vocês?

    Zwinglio, seu texto foi fraco, o que posso fazer? Escreva um próximo melhor, não adianta você me chamar de preconceituoso e arrogante. Faça melhor na próxima vez.

    Georges, você concordou com o que do Zwinglio, você entendeu o que ele disse? Tem certeza? Que bom que você não se envergonha de ser pentecostal, a graça de Deus, e graças ao Seu Espírito, com o qual você foi batizado. Espero que o Espírito Santo continue a iluminar você e que você a crescer cada vez mais fé.

    Clóvis, eu sei que sua humildade não o deixara se manifestar, o que prova seu caráter. Mas você é bom! Esta longe de ser “a raspa de tacho” o que você diz, mas se você ainda podia ser mais profundo em seu texto... aí o seu conceito comigo aumentou muito. Que Deus derrame, sobre você, porção dobrada, sacudida, recalcada e transbordante do seu Espírito, e te faça mais que vencedor em todo o bom propósito para a Igreja de Cristo.

    Sem mais, graça e paz.

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  14. Esli,

    "Zwinglio, seu texto foi fraco, o que posso fazer? Escreva um próximo melhor, não adianta você me chamar de preconceituoso e arrogante. Faça melhor na próxima vez."
    *
    Não é isso aí acima que conta pra mim... estou diante de apenas uma opinião... que por sinal, obrigatoriamente tem que ser essa mesmo... não escrevo pra receber notas e louvores de qualquer pessoa que seja... escrevo pra manifestar o que penso... sou livre... e imune a essa coisas...
    *
    Agora, pode ter certeza que o George não leu seu comentário com minhas lentes... ele entendeu exatemnte o que diz o seu comentário... assim como eu, pois o que é evidente, evidente é...
    *
    E sou franco... mas franco mesmo... prefiro não me relacionar com fundamentalistas como você... depois de 20 anos de fé, aprendi que no máximo devo cumprimentar fundamentalistas com um olá por simples, mas importante, educação...
    *
    Então, olá, e passar bem!
    *

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  15. Pastor Zwinglio: eu NÃO NÃO E NÃO defendo arminianismo algum!

    Rev. Esli: Quando digo que dou razão ao Pastor Zwinglio, dou razão por afriamções como: "não vale a pena discutir com vocês. Mal vocês conseguem ler e interpretar as palavras de um blog... o que posso esperar de vocês?"

    De mim, o Sr. não precisa esperar nada, porque tenho tentado ser cristão o suficiente para não lhe responder quem é o burro! Mais uma vez, concordo com as reações do pastor Zwinglio, mesmo que algumas vezes ele o faça de forma equivocada.
    O pior não é a arrogância, é a falsa piedade!

    Em respeito ao Sr e aos demais, vou me retirar da discussão, antes que eu acabe lhe dizendo algumas coisas que o Sr. mereceria ouvir, mas das quais eu me arrependeria de dizer. Não quero novamente entrar em nenhum tipo de discussão e em agressões mútuas. Etou cansado da perda de tempo de ficar discutindo teorias de homens. O Sr., como ministro do Evangelho, deveria se envergonhar desta postura, porque enquanto fica "teorizando", deixa de pregar o Evangelho! Mas como o Sr. já me explicou em outro comentário, o Sr. ainda é muito novo. Espero em Deus que o amadurecimento lhe venha com o passar do tempo!

    Sinceros cumprimentos cristãos, de um imbecil que não desistirá de orar por sua vida!
    Georges Nogueira.

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  16. George,

    Pensei que fosses arminiano... não li com a atenção devida os seus comentários... agora, como você insiste em dizer que não concorda comigo e que digo coisas equivocadas, seria bom, se você quiser, é claro, que apontasse meus equívocos pra que eu possa me defender...
    *
    Aliás, quer saber meu irmão... não precisa apontar nada não... cansei de tantas certezas...
    *
    Abraços!

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  17. Zwinglio e Georges...

    Ok...

    Eu é que estou cheio de adjetivos a respeitos de vocês... fui eu quem se chamou de humilde, de pensador. Fui eu quem os acusei de preguiçosos, burros, e imbecis, medíocres, fundamentalistas, preconceituosos, articulador e tantas outras ofensas.
    Assim sendo eu é que devo pedir desculpas...

    Faria mas como vocês ficaram tão ofendidos que foram embora...

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  18. Com respeito 'Ao assunto em questão', o que voces acham do livro de Packer sobre soberania e evangeização?
    Até mesmo Piper no video parece não concordar com uma colocação de Packer ( pra mim, Packer é o teologo mais completo de nosso tempo...e vai passar ainda muito tempo para surgir outro tão equilibrado.)
    ass Luciano

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  20. Anonimo,

    será que Packer é melhor teologo do que Piper? Qual sua opinião?
    Eu creio que os melhores de nosso tempo são John Piper e Vincent Cheung. O Packer não fica longe não.
    Só não sei o que ele fazia na igreja anglicana... =/

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  21. Anonimo, que Packer é melhor que Piper isso é fato. Não melhor em detrimento do outro, mas na area que atuam são ótimos, porém Packer é reconhecidamente um dos melhores de nosso tempo ( pra mim é O melhor )...quanto a Cheung, por enquanto ainda precisa ser reconehcido e contestado por outros teologos que ele critica. Acho que Cheung é apologista pressuposicionlista reformado sim, mas ele nega que seja apologeta. Ainda é cedo para clessificar Cheung entre os teologs notaveis de nosso tempo...ele tem tudo pra ser, te ainda 36 anos e um futuro promissor...mas ainda Packer esta distante, acho.
    ass Luciano

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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