Geração Sérgio Reis



Fui berranteiro e ao me ver passar
Você surgia acenando a mão
Até que um dia eu aqui fiquei
Prezo no laço do seu coração
Vê ali esta, o meu berrante no morão do ipê
Vou cuidar melhor, porque foi ele que me deu você
Berrante por berrante, prefiro o do Sérgio Reis. Primeiro que o som é menos estridente, tem mais corpo, enfim, é mais sonoro. Segundo porque o instrumento em si é mais imponente. Se for para homens sair exibindo chifres por aí, pelo menos que seja um chifre responsa! Terceiro, que a música acompanhada pelo som de guampas do sertão é mais bonita que as melosidades dos shofaleiros.

À parte destes motivos, prefiro mesmo o berrante do Sérgio Reis porque ele não fica inventando pretextos religiosos para convencer pessoas a comprar e tocar berrante. Não diz que a igreja primitiva tocava berrante nos cultos, que o som do berrante espanta capeta ou que lembra a Jesus que ele tem que voltar logo. Não inventa que tocar berrante melhora a vida espiritual e faz o que nem oração e meditação na Palavra é capaz.

Seus motivos são mais simples e mais honestos. É um menino da porteira que pede para ouvir o som, é uma mulher que foi conquistada indiretamente por causa do berrante ou então uma saudade do tempo em que a boiada era conduzida por som de berrante e não confinada em carretas boiadeiras.

Por isso tudo e por gostar do evangelho simples e poderoso, que prescinde de firulas e frescuras, é que estou satisfeito com o berrante do Sérgio Reis e não quero ouvir nenhum shofar na igreja ou no vizinho.

3 comentários:

  1. Clóvis,

    Eu pergunto: o que esse povo tem mais pra inventar?

    Eu estou às voltas com uma série de unções na minha igreja, quebra de maldições, etc - e olha que é uma Igreja Batista histórica! Aliás, escrevi dois pequenos posts sobre o fato, caso queira, me visite.

    Em Cristo.

    Ricardo

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  2. Legal! Simples e direto. Também prefiro algumas coisas que são consideradas por alguns como sendo seculares do que certas coisas que aparentemente são tidas como sagradas.
    Não sei se entendi.Mas se quando se refere ao shofar, voce está se referindo a esse espírito judaizante que assombra a Igreja, estou plenamente de acordo.
    Graça e paz!

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  3. Ricardo,

    Irei visitá-lo em breve e lerei os seus posts. Que o Senhor faça prevalecer Sua palavra contra os modismos em sua igreja.

    Voltaire,

    Sim, o shofar é um exemplo da onda judaizante que tem invadido nossos igrejas. Podemos ver isso ainda em outros símbolos que decoram templos evangélicos: menorah, cruz de davi, bandeira de Israel, arca da aliança, etc., além de restauração de práticas do judaísmo.

    Em Cristo,

    Clóvis

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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