Refletindo sobre livre-arbítrio

Não posso concordar com a insensatez arminiana nem tampouco ver com simpatia estes pensadores que tentam construir seus casebres sobre o fundamento da liberdade individual. Este fundamento se assemelha demais à areia movediça para que se possa construir sobre ele! Pensar um servo-arbítrio é mais saudável. Por outro lado, uma espécie de servo-arbítrio que extrapola o ensinamento bíblico num fatalismo hipercalvinista não é de forma alguma atrativo para mim. Aliás, é interessante notar como tanto católicos e outros pensadores não calvinistas quanto pensadores seculares só conseguem entender o calvinismo em termos deste fatalismo absurdo. De todo modo, pensar o livre-arbítrio continua a ser, para mim, pensar um paradoxo entre tantos outros da reflexão cristã. Mesmo assim, embora ainda esteja envolto em mistério, como todo paradoxo, não posso deixar de pensá-lo.

Veja o que Roberto Vargas pensou sobre livre-arbítrio e eternidade em Liberdade: uma breve reflexão.

Um comentário:

  1. Caríssimo Clóvis,

    Agradeço a citação e a indicação.

    Sobre este assunto, gostei muito do estudo do Solano Portela, indicado por você em Superando as dificuldades da predestinação. Seu conceito de livre-agência é facilmente identificado com o meu (mais poético, talvez) conceito de uma "realização no tempo de um plano eterno". Pelo menos assim espero!

    No amor do Eterno,
    Roberto

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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