Cristianismo verdadeiro

Iniciei a leitura do livro cujo título reproduzo acima. O livro de autoria de William Wilberforce (1759-1833) é publicado pela Editora Palavra, até então completa desconhecida minha. Faz parte de uma série intitulada Clássicos da Espiritualidade Cristã, que traz também Vida de Oração, de Tereza de Ávila (1515-1582), Uma Fé Mais Forte que as Emoções, de Jonathan Edwards (1703-1758) e Triunfo Sobre as Tentações, de John Owen (1616-1683).

A época em que essas pessoas viveram por si só justificaria a palavra clássicos da série. Mas na verdade são clássicos no sentido de que embora escritos a séculos, seu valor continua atual. Ao ler os primeiros capítulos, tenho a impressão que Wilberforce viajou até nossos dias antes de escrever seu livro. Mais, na parte que descreve os vícios pessoais, parece que andou me espionando...

Infelizmente, os livros foram editados antes da publicação. Na verdade, foram encurtados. O livro que tenho em mãos, de 192 páginas, se baseou na edição americada de 317 páginas, que por sua vez já havia sofrido uma redução, pois o original é de 450 páginas "em letras miúdas". O próprio título foi cortado, pois originalmente era Uma Visão Prática do Sistema Religioso Predominante de Cristãos Professos, nas Classes Média e Alta neste País, Constrastado com o Verdadeiro Cristianismo. A justificativa para os cortes e ajustes é que do contrário a leitura seria "desestimulante para o leitor moderno". É verdade, mas também é triste.

Para quem nunca ouviu falar, Wilberforce foi um cristão que se tornou deputado na Inglaterra, com dois objetivos em mente, conforme ele mesmo diz, aos 25 anos: "Deus colocou diante de mim dois assuntos - a abolição do comércio de escravos e a reforma dos costumes na Inglaterra". A abolição da escravatura na Inglaterra e no mundo se deve a esse servo do Senhor.

Só posso recomendar o livro pelos dois primeiros capítulos que li, mas eles justificam o preço (menos de R$ 20) que o livro custa. No primeiro ele trata das Concepções Inadequadas da Importância do Cristianismo e no segundo dos Conceitos inadequados acerca da natureza humana. Desnecessário dizer que ele descreve o homem em termos nada elogiáveis. Com o detalhe de que ele se dirige e se refere a crentes!

Oportunamente postarei alguns excertos do livro.

SEJA O PRIMEIRO A

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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