Predestinação e pregação segundo Agostinho

"Mas alguns dizem: 'A doutrina da predestinação é prejudicial à utilidade da pregação'. Como se fosse contrária à pregação do Apóstolo: O Doutor dos Gentios não proclamou tantas vezes a predestinação na fé e na verdade e por acaso desistiu de pregar a palavra de Deus? Por ter dito: 'É Deus quem opera em vós o querer e o operar, segundo a sua vontade' (Fp.2.13), não exortou a querermos e a fazermos o que é do agrado de Deus? Ou por ter dito: 'Aquele que começou em vós a boa obra há de levá-la à perfeição até o dia de Cristo Jesus' (Hb.1.6), deixou de aconselhar as pessoas a começar e a perseverar até o fim?

E o próprio Senhor ordenou aos homens que cressem, quando diz: 'Crede em Deus, crede também em mim' (Jo.14.1), e nem por isso é falsa a sentença nem vã a afirmação, quando diz: 'Ninguém pode vir a mim', ou seja, ninguém pode crer em mim, 'se isto não lhe for concedido pelo Pai' (Jo.6.66). Visto ser verdadeira esta afirmação, não é vão aquele preceito.

Portanto, por que julgamos a doutrina da predestinação, que a Escritura divina proclama, como prejudicial à pregação, aos mandamentos, à exortação e à correção, que aparecem tantas vezes na mesma Escritura?"

Bibliografia: A Graça II (O Dom da Perseverança), Agostinho de Hipona, Editora Paulus
Fonte: Teologia e Vida

3 comentários:

  1. Oi Clóvis,

    tenho uma pergunta técnica:

    Como você consegue listar os posts relacionados? Este é um recurso especial que venho procurando tem tempo pois acho bem útil.

    Abraços,

    Roger

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  2. Roger,

    Não lembro mais como fazer, mas vou reencontrar a dica e te informo.

    Deus te abençoe.

    Clóvis

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  3. Roger,

    Eis de onde tirei a dica:

    http://dicasblogger.blogspot.com/2008/02/cdigo-para-posts-relacionados.html

    Leve a sério a recomendação de becapear seu blog antes.

    Clóvis

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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