Acerca dos eleitos - 1

Respostas de Francisco Leonardo Schalkwijk, doutor em história e pastor emérito da Igreja Evangélica Reformada, por 40 anos missionário no Brasil. É autor de Confissão de Um Peregrino — para entender a eleição e o livre-arbítrio, que acaba de ser lançado pela Editora Ultimato.

Em suas cartas pastorais, Paulo diz que Deus “deseja que todos os homens sejam salvos” (1 Tm 2.4) e que “a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tt 2.11). Ao mesmo tempo, ele se apresenta como servo e apóstolo de Jesus Cristo “para promover a fé que é dos eleitos de Deus” (Tt 1.1). Afinal, todos os homens têm direito à salvação, caso se arrependam e creiam no sacrifício vicário de Jesus, ou só os eleitos?

Nunca uso a palavra “direito” nesse contexto. Como criaturas, quais seriam os nossos “direitos” diante do Todo-poderoso? E, como pecadores, que “direitos” teriam sobrado para nós em vista de tantas transgressões? Prefiro a palavra “privilégio”, porque sempre, inclusive em Tito 2.11, as Escrituras apontam enfaticamente para a graça. E receber a “graça salvadora não é “direito”, e sim privilégio imerecido.

Mesmo assim, esse privilégio seria “só para os eleitos”? Não é isso que se percebe quando Ele chama: “Adão, onde estás?” (Gn 3.9). Sempre me impressiono com a profunda compaixão e sinceridade com que Deus estende seu convite de salvação a todos (Jo 3.16). “Convertei-vos, convertei-vos... por que haveis de morrer?” (Ez 33.11). O Senhor chama: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e Eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Sim, esta é a vontade de “Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Tm 2.4). É a voz do Espírito Santo dizendo: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 3.7, 8). Diante de tanto amor é mais difícil se perder do que se salvar...
Fonte: Ultimato

SEJA O PRIMEIRO A

Postar um comentário

"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

Sua leitura deste post muito me honrou. Fique à vontade para expressar suas críticas, sugestões, complemetos ou correções. A única exigência é que seja mantido o clima de respeito e cordialidade que caracteriza este blog.