A Lei é uma etapa para chegar até Cristo

Se a injustiça e a transgressão de todos nós estão demonstradas pelo testemunho da Lei, não é assim com o fim que caiamos no desespero e de que, perdida toda esperança, afundemos na ruína.

O apóstolo nos diz que todos estamos condenados pelo juízo da Lei, para que toda boca se feche que todo o mundo fique sob o juízo de Deus. porém, ele mesmo ensina em outra parte que Deus encerrou a todos na incredulidade, não para perdê-los ou para deixá-los perecer, senão para ter misericórdia de todos.

Assim sendo, o Senhor, depois de ter-nos prevenido, por meio da Lei, de nossa debilidade e de nossa impureza, nos consola com a confiança em seu poder e em sua misericórdia, e isso em Cristo, seu Filho, pelo qual Ele se nos revela a nós como benévolo e propício.

Pois embora na Lei Deus não aparece mais que como o remunerador de uma perfeita justiça —da qual estamos totalmente privados—, e por outra parte como o Juiz íntegro e severo dos pecados, em Cristo, ao contrário, seu rosto resplandece cheio de graça e de doçura; e isto para com os miseráveis e indignos pecadores, pois nos deu este exemplo admirável de seu amor infinito, entregando por nós seu próprio Filho, e nos abriu, nEle, todos os tesouros de sua clemência e bondade.

João Calvino
In: Breve instrução cristã

4 comentários:

  1. Clóvis, dá uma olhada.. é curta.
    http://mcapologetico.blogspot.com/2011/04/sociedade-biblica-biblia-na-linguagem.html

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  2. Que bom ver postado parte de um texto do genial Calvino. Tenho visto na internet muitos que seguem o espírito judaizante tentando reerguer o que o Senhor derrubou. Mas sem dúvida: o fim da Lei é Cristo!

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  3. Voltaire,

    Neste ano, e sempre aos domingos, o Cinco Solas estará postando um trecho do livreto "Breve Instrução Cristã", escrito por Calvino.

    Em Cristo,

    Clóvis

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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