O Deus de toda graça



"Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar" 1Pe 5:10

Tudo o que recebemos e que experimentamos resulta da graça de Deus. Por isso Ele é chamado de Deus de toda graça, pois do começo ao fim, nossa salvação é devida à Sua soberana graça. Eis o que recebemos:

A graça da chamada. Se fôssemos deixados por nossa conta, por mais atraente que fosse a oferta do evangelho, jamais iríamos a Cristo. Jesus diz que "ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer" (Jo 6:44). É pela graça de Deus que somos chamados de forma irresistível a Ele.

A graça da santificação. Deus não apenas nos chama eficazmente, mas nos aperfeiçoa para Ele. Paulo escreveu "o mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (1Ts 5:23). Antes de ser atos externos, a santificação é uma operação do Espírito Santo em nossos corações.

A graça da confirmação. Da mesma forma que não somos capazes de obter a salvação, somos incapazes de segurá-la em nossas mãos. Dependemos da graça de Deus para isso. A palavra traduzida por firmar significa "tornar estável, colocar firmemente, pôr a salvo, fixar". De fato, "os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre" (Sl 125:1).

A graça da fortificação. A nossa jornada na fé é marcada por dificuldades e muitas vezes temos a impressão que não conseguiremos resistir em pé. Porém, pela graça de Deus sempre saímos vencedores e confessamos "tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4:13). Esse vigor da alma não é inerente ao homem, mas resulta da graça de Deus.

A graça da segurança. Sendo chamados, santificados, confirmados e fortalecidos pela graça de Deus, temos segurança nEle. Não tememos o que nos possa fazer o homem, pois estamos fundamentados na fidelidade de Deus. Temos segurança "semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha; e, vindo a enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e não a pôde abalar, por ter sido bem construída" (Lc 6:48). Podemos estremecer sobre a Rocha, mas a Rocha permanece firme!

Sendo nosso Senhor o Deus de toda graça, quanta glória Ele merece receber de nós? Toda! Pois Ele não é apenas o Deus de toda graça, mas também "o Deus da glória" (At 7:2). Assim, tudo o que fizermos, devemos fazer "na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!" (1Pe 4:11).

Soli Deo Gloria

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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