Pregar é pisar em terra santa


Ir ao púlpito é pisar em terra santa. Ter diante de si uma Bíblia aberta exige não tratar as coisas sagradas com leviandade. Ser um porta-voz de Deus requer a máxima preocupação e cuidado no uso e na proclamação da Palavra. As Escrituras advertem: “Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo” (Tg 3.1).

Entretanto, infelizmente vivemos numa geração que tem depreciado o chamado para pregar. A exposição da Palavra está sendo substituída por entretenimento, a pregação, por espetáculos teatrais, a doutrina, por obras dramáticas, e a teologia por manifestações artísticas. A igreja moderna precisa desesperadamente retomar o rumo certo e voltar a um púlpito que seja alicerçado na Bíblia, centrado em Cristo e capaz de transformar vidas. Deus sempre se alegra em honrar sua Palavra — especialmente a pregação de sua Palavra. 

Os períodos mais notáveis da história da igreja — aqueles tempos de propagação das doutrinas reformadas e de grandes avivamentos — têm sido épocas em que homens tementes a Deus tomaram a Palavra inspirada e pregaram-na com ousadia, no poder do Espírito Santo. A igreja imita a atitude do púlpito. Somente um púlpito reformado torna possível uma igreja reformada. Este é o momento em que os pastores precisam ter seus púlpitos novamente marcados pela pregação expositiva, pela clareza doutrinária e pelo senso de reverência em relação às coisas eternas. Esta, na minha opinião, é a maior necessidade do momento.

Steven J. Lawson
In: A arte expositiva de João Calvino

2 comentários:

  1. (Clóvis dê uma olhada se ficou bom. Nada de espiritismo...kkk)
    abraços

    http://mcapologetico.blogspot.com.br/2012/08/pensamentos-berkhofianos-uma-entrevista.html

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  2. Estou terminando de ler esse livro, gostei muito da forma como o escritor expressou-se a respeito do ministério de pregação de Calvino, a tradução também foi muito feliz, pois o livro ficou bem dinâmico. Eu recomendo a todos quantos aspiram o ministério da pregação. Irmão Rafael Filgueira.

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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