Como responder aos anti-calvinistas

E se dizeis que nossa doutrina é inimiga da liberdade humana, vos apontamos para Oliver Cromwell e seus bravos Ironsides, calvinistas até o último homem.

Se dizeis que ela leva à inação, vos apontamos aos Pais Peregrinos e o deserto que domaram. Podemos pôr nosso dedo sobre cada pedaço de terra em todo o mundo e dizer: ― Aqui está algo feito por um homem que creu nos decretos de Deus, e, em fazê-lo, é prova de que essa crença não o tornou inativo, não o ninou à preguiça.

A melhor forma, porém, de provar este argumento, é em que cada um de nós que defendemos estas verdade, sejamos mais prontos a orar, mais vigilantes, mais santos, mais ativos do que fomos antes, e, ao fazê-lo, silenciaremos a contradição dos tolos. Um argumento vivo é um argumento que comunica a cada homem; não podemos negar o que vimos e sentimos. 

Caiba a nós, se atingidos e caluniados, desprestigiá-los por uma vida inculpável, e ocorrerá que nossa Igreja e seus sentimentos também emergirão ― belos como a lua, claros como o sol e terrível como um exército em estandartes.


2 comentários:

  1. Realmente Spurgeon era muito bom. Eu gosto de uma outra mensagem dele que segue abaixo:


    “E então? Tentaremos colocar um outro sentido no texto do que já tem? Penso que não. Precisa-se, para a maioria de vocês, conhecer o método comum com qual os nossos amigos Calvinistas mais velhos lidaram com esse texto. ‘Todos os homens,’ dizem eles, -- ‘quer dizer, alguns homens’: como se o Espírito Santo não poderia ter falado ‘alguns homens’ se quisesse falar alguns homens. ‘Todos os homens,’ dizem eles; ‘quer dizer, alguns de todos os tipos de homens’: como se o Senhor não poderia ter falado ‘Todo tipo de homem’ se quisesse falar isto. O Espírito Santo através do apóstolo escreveu ‘todos os homens,’ e sem dúvida quer dizer todos os homens. Estava lendo agora mesmo uma exposição de um doutor muito apto o qual explica o texto de tal forma que muda o sentido; ele aplica dinamite gramatical no texto, e explode o texto expondo-o … O meu amor pela consistência com as minhas próprias doutrinas não é de tal tamanho para me autorizar a alterar conscientemente um só texto da Escritura. Respeito grandemente a ortodoxia, mas a minha reverência para a inspiração é bem maior. Prefiro aparecer cem vezes ser inconsistente comigo mesmo do que ser inconsistente com a palavra de Deus” (C.H. Spurgeon, Metropolitan Tabernacle Pulpit, 1 Timothy 2:3,4, vol. 26, pp. 49-52).

    ResponderExcluir

"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

Sua leitura deste post muito me honrou. Fique à vontade para expressar suas críticas, sugestões, complemetos ou correções. A única exigência é que seja mantido o clima de respeito e cordialidade que caracteriza este blog.