A importância do lar na conversão dos filhos


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Meu pai, pastor batista, nunca deixou de compartilhar o evangelho; minha mãe sempre conversava comigo sobre o evangelho; nossa igreja nunca deixou de proclamar o evangelho. Eu já tinha ouvido a mensagem da cruz tantas vezes que, quando a professora começou a repeti-la naquele domingo, a história mais me parecia um par de sapatos velhos, muito confortável, mas comum.

Apesar disso, havia alguma coisa especial naquela mensagem; o Espírito Santo iniciou sua obra em meu coração. Sem mais nem menos, algo mudou. Percebi de maneira completamente nova que a cruz tinha a ver com o meu pecado, e que aquela história bastante conhecida exigia uma resposta. Fiquei desarmado, convencido de que era pecador. Passei o resto do dia imaginando Jesus pregado na cruz, morrendo e sendo sacrificado em pagamento pelo que eu tinha feito. Lembro-me vividamente de que, naquela noite, deitado na cama, fiz uma oração simples, como só uma criança sabe fazer, e pedi que Deus perdoasse meus pecados. Não foi a maior confissão que o mundo já ouviu. Também não foi perfeita do ponto de vista da teologia nem precisa do ponto da vista da soteriologia. Mas foi obra do Espírito Santo, que de modo gentil e persuasivo levou a mim, um garoto de seis anos, à cruz do Salvador. 

Penso carinhosamente naquele domingo como o dia em que nasci de novo, pelo poder do Espírito Santo que trabalhou em minha vida por meio da proclamação do evangelho. Quando reflito naquele dia, não posso deixar de reconhecer que dois grupos de pessoas foram vitais em minha conversão e subsequente discipulado: meus pais e a igreja local.

O plano de Deus é que haja uma bela parceria entre o lar e a igreja local. Na verdade, a intenção de Deus é que o lar cristão seja um microcosmo do corpo de Cristo. Como George Whitefield disse: “Cada lar... uma pequena igreja, cada pai um sacerdote, cada família um rebanho...”.

No entanto, é raro ver na história mundial o lar cristão funcionando, ainda que remotamente, como uma pequena igreja. Quando me lembro dos amigos de infância que participavam da escola dominical comigo, vejo que muitos não tiveram a bênção de ser discipulados por seus pais. Poucos deles são ativos na igreja hoje.

Ted Thompson

Um comentário:

  1. Fique muito, mas muito feliz e emocionada ao ler este texto, quase achei que tinha sido eu quem escrevera, hehehe.
    A minha conversão passou exatamente por este dois pilares: pregação doméstica e culto congregacional.
    Também era criança, quando, na volta da igreja, depois de um culto infantil, eu simplesmente sabia que era salva. Só de lembrar daquele dia fico chocada e perplexa diante da obra graciosa, soberana e poderosa do Espírito Santo em converter um coração de pedra em carne.
    Sou humildemente grata ao nosso Salvador que revelou Sua Eterna Vontade e escolha soberana quando eu ainda era uma criancinha de 5/6 anos. Louvado seja Seu Nome.

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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