O batismo

Deus nos deu o Batismo, primeiro para servir nossa fé nEle, e depois para servir a nossa confissão ante os homens.

A fé olha para a promessa pela que o Pai misericordioso nos oferece a comunhão com seu Cristo para que, revestidos dEle, participemos de todos seus bens.

O Batismo representa em particular duas coisas: a purificação que obtemos pelo sangue de Cristo, e a mortificação de nossa carne que obtivemos por sua morte.

O Senhor mandou que os seus se batizem para remissão dos pecados. E são Paulo ensina que Cristo santifica pela Palavra de vida e purifica pelo Batismo de água a Igreja da qual Ele é o Esposo. São Paulo ensina também que somos batizados na morte de Cristo sendo sepultados em sua morte para andar em novidade de vida.

Isto não quer dizer que a água seja a causa, nem sequer o instrumento da purificação e da regeneração, senão só que recebemos neste Sacramento o conhecimento de estes dons. Se diz que recebemos, obtemos e confessamos o que acreditamos que o Senhor nos dá, já seja que conheçamos estes dons pela primeira vez ou que, conhecendo-os de antes, nos persuadamos deles com maior certeza.

O Batismo serve também a nossa confissão diante dos homens, pois é um sinal pelo qual, publicamente, fazemos profissão de nosso desejo de formar parte do povo de Deus, para servir e honrar a Deus numa mesma religião com todos os fiéis.

E por quanto a aliança do Senhor conosco é principalmente confirmada pelo Batismo, por isso com toda razão batizamos também os nossos filhos[1], pois participam da aliança eterna pela que o Senhor promete que será não só nosso Deus, senão também o de nossa descendência.

João Calvino
In: Breve Instrução Cristã

[1] Neste ponto, humildemente discordamos de João Calvino. Não que neguemos a inclusão dos nossos filhos na aliança, mas que isso implique a necessidade de batizá-los quando bebês.

52 comentários:

  1. Também discordo de Calvino nesse ponto. Para mim, no Novo Testamento fica claro, o batismo é uma exteriorização do que aconteceu internamente na regeneração e isso não se aplicaria às crianças até certa idade. Entendo a ligação entre a circuncisão e batismo, cada um simbolizando a antiga e a nova aliança. Mas justamente por isso, entendo que o símbolo da aliança no NT não está atrelado à linhagem etc... mas no eleito, o cerne do calvinismo. O eleito somente será conhecido quando apresentar as evidências de sua vocação e então será batizado como símbolo da participação dessa nova aliança evidenciada nele. Esse pensamento de calvino diferente do meu entendimento sobre o assunto deixa-me um pouco perplexo.

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  2. Clóvis,

    Não entendi direito o texto de Calvino.

    Como membro da CCB muitos dizem que ela ensina o tal do "batismo salvico" - e isso não é muito bem verdade.

    Pelo o que li nesta postagem a CCB possui exatamente o mesmo ensino acerca do batismo tal como explicado pelo reformador em questão, com excessão do batismo infantil.

    Qual a diferença entre a doutrina católica da regeneração batismal com o ensino dado por João Calvino nesta postagem?

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  4. E eu, humildemente já discordo das igrejas e pais que se recusam a Batizar suas crianças menores. O batismo infantil enfatiza a compreensão reformada de que a regeneração precede o arrependimento e a fé (=conversão). Através dele nossas crianças são recebidas como membros na comunidade pactual.
    Evidentemente entendo educar o filho na fé cristã tem primazia sobre o batismo.

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  5. Querido irmão Hélio, visto que estou me intromentendo no assunto, gostaria muito de dizer algumas coisas:

    1) A CCB não ensino a regeneração batismal... (pelo menos nos 12 pontos de fé, é verdade). Mas na prática e na mentalidade das pessoas, com exeção de 4 pessoas que conheço (vc é uma delas!)... o batismo perdoa pecado.

    2) Posso estar enganado, mas pelo que vejo em aprentes de minha esposa,COM MAIS DE 40, 50 ANOS DE ccb QUEM ESTÁ FALANDO DIFERENTE É VC...

    3) jÁ TIVE O DESPRAZER DE CONVERSAR COM 'UNGIDOS' arrogantes da CCB que um deles diz que 'as águas do batismo purifica os pecados'....

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  6. Quanto ao batismo infantil, se quiser ver alguma coisa:

    http://mcapologetico.blogspot.com/2011/07/o-batismo-infantil-e-imersiolatria-o.html

    abraços.

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  7. Irmão Luciano...

    1) Não é ensinado na CCB que "o batismo perdoa pecados". Todos sabem que na CCB que quem perdoa pecado é Cristo. O que é ensinado sim é que o batismo é para remissão dos pecados, tal como João Calvino representou em uma de suas institutas, dai a minha indagação para o Clóvis.

    Até onde a frase "O batismo é para remissão dos pecados" atrela à pratica em si como sendo o agente responsavel pela nossa redenção em Cristo?

    Eu sinceramente não entendi a posição de João Calvino quando ele diz: "O Senhor mandou que os seus se batizem para remissão dos pecados."

    E é exatamente isso que a CCB ensina, que as pessoas se batizem para remissão dos pecados.

    2) Vejo isso como um mal entendido. Nenhum crente da CCB em sã consciência afirma que a água em si tem poderes mágicos de lavar pecados. Até onde eu sei é que MUITOS acreditam que NAS ÁGUAS (e não pelas águas) nossos pecados são lavados pelo Sangue de Cristo.

    Lendo o texto de João Calvino, repito, tive a leve impressão que ele compartilha da mesma idéia.

    Ademais te convido a ler os seguintes tópicos de ensinamentos da CCB a respeito do batismo em águas:

    TÓPICOS - ASSEMBLÉIA DE 25 A 27 DE MARÇO DE 1964 ÁGUA DE BATISMO

    Nunca se deve dizer que a água do batismo é santa água. Batisar na água por imersão sepultando o velho homem é cumprimento do santo mandamento da Palavra de Deus, mas a água não é santa. É uma água como outra qualquer, de um rio, de uma vasca, de um lagoa, etc...

    TÓPICOS - ASSEMBLÉIA DE 14 A 16 DE ABRIL DE 1965

    BATISMO - PASSAR PELAS ÁGUAS

    Muitos irmãos e irmãs, ao testemunharem tem o costume de dizer: Eu passei pelas águas do Batismo. Esta frase não se deve dizer, pois ocasiona confusão. Quando somos batizados não passamos pelas águas. Entramos nas águas e somos imergidos pelo servo de Deus que faz o Batismo, imersão que é o símbolo do sepultamento do velho homem, ressuscitando nova creatura em Cristo. Assim, o que devemos dizer é: Fui batizado nas águas.

    TÓPICOS - ASSEMBLÉIA DE 29 A 31 DE MARÇO E 1º DE ABRIL DE 1983

    BATISMO: GERADO DA ÁGUA E DO ESPÍRITO

    Gerado da água não é referente à água do batismo. Significa gerado pela Palavra da verdade, pela Palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre. S. Tiago 1:18 e I S. Pedro 1:23.

    NÃO USAR A EXPRESSÃO “PASSAR PELAS ÁGUAS”

    “Passar pelas águas” é expressão errada, referindo-se ao Batismo. Ser batizado não é passar pelas águas, nem “pelo seio das águas”. O Batismo é feito por imersão, pois é figurativo do sepultamento do velho homem.

    BATISMO - LER OS PONTOS DE DOUTRINA

    Nascer da água significa nascer da Palavra de Deus.

    SÃO PAULO – 05 A 09 DE ABRIL DE 1993

    BATISMOS

    Anciães que atendem batismos não devem forçar as almas a se batiza¬rem, com insistências ou ameaças. As almas deverão se batizar quando estiverem convencidas e convertidas por Deus.

    PESSOAS QUE TENCIONAM SE BATIZAR.

    Devemos anunciar esclarecendo bem e deixar a alma se decidir, ela se decide quando está convertida.

    SÃO PAULO - 31 DE MARCO A 02 DE ABRIL DE 1999

    RECEBIMENTO DO ESPÍRITO SANTO E BATISMO COM O DOM DE LÍNGUAS

    Ao aceitarmos a fé em Cristo o Espírito Santo se manifesta em nós e, enquanto formos fiéis, permanece conosco para operar a nova vida debaixo da graça e consolar-nos até a vinda do Senhor Jesus. Quem crê já recebe o Espírito Santo, embora não tenha ainda o dom de linguas.

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  8. 3) Quanto à esses "ungidos arrogantes" que afirmaram que as águas do batismo purificam pecados, lamentável. Estou à mais de uma década na CCB e já ouvi certos ensinos equivocados em relação ao batismo em águas, mas essa da água purificar pecados eu nunca ouvi.

    Já ouvi sim afirmarem que nossos pecados são lavados nas águas do batismo, mas não dando ao elemento "água" a responsabilidade da lavagem dos nossos pecados.

    O assunto é extenso, muito tenho o que escrever sobre isso.

    Ademais tempo de caminho na CCB não significa nada. A pessoa pode ter 80 anos sem ter tido uma experiencia mais ampla em relação ao que realmente pensa a sua membrasia e seu ministério.

    Por esta razão ainda não vi elementos suficientes na denominação para classifica-la como uma "seita".

    E não se aventure em conversar com membros da CCB menos esclarecidos, não vale a pena. Não adianta todos eles tem a "sobrancelha levantada" quando algum cristão de outra denominação os indagam, mas interessante é que quando converso com qualquer um deles não vejo resistencia alguma dos irmãos em provar que fora da CCB existe graça.

    Em fim, como eu disse, o assunto renderia um bocado.

    Deus te abençoe.

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  9. Luciano.

    Esqueci esse tópico de ensinamento da CCB do ano de 1991.

    14 - BATISMOS - PALAVRAS A SEREM DITAS - HINO 195

    Os que vão ser batizados devem crer que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Ele é quem salva e não o batismo, em si. O batismo é obediência à Palavra de Deus.

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  10. Calvino usou simplesmente a terminologia de Atos 2:38. Quanto a CCB, ao que me parece, ela sofre do msm mal das demais denominações. As instancias superiores (conselhos, assembleias etc) fazem normas q não são seguidas na prática (isso acontece em todas as igrejas).
    Um amigo meu da CCB me disse q oficialmente não se deve: chamar seguidor e outra igreja de seitario, revelar casamente, falar em nome de Deus na primeira pessoa (eu te digo).

    Eu estou aberto a dialogar com pessoas da CCB que reconhecem a existência de cristãos em outras denominações.

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  11. "Um amigo meu da CCB me disse q oficialmente não se deve: chamar seguidor e outra igreja de seitario, revelar casamento, falar em nome de Deus na primeira pessoa (eu te digo)."

    Então irmão Vandim

    Existem documentos e circulares oficiais emitidas e assinadas pelo conselho da anciães da Congregação Cristã no Brasil a respeito destes e outros assuntos que você levantou e que devem ser lidas nas congregações ao menos uma vez por ano ou sempre que houver necessidade caso certas ocorrências se falam presentes entre a sua membrasia.

    Como a CCB segue à parte dos demais movimentos e sem comunicação com as denominações (quanto à isso eu não tenho nada contra, prefiro que seja assim mesmo) infelizmente MUITOS acabam não tendo conhecimento dos esforços empreendidos pela sua liderança para a desmitificação de certas crenças em nosso meio.

    A história é longa, muito longa, mas só quem pertence à denominação para saber o que realmente acontece na CCB.

    Enquanto isso somos considerados uma "seita herética pseudo cristã", e obviamente, eu não compartilho dessa crença, não somente por ser membro, mas por não ver na CCB elementos suficientes para classifica-la como "seita".

    Mas voltando ao assunto do batismo.

    É justamente essa a questão: Por que Calvino usou a terminologia de At 2:38 afirmando que "o Senhor mandou que os seus se batizem para remissão dos pecados"?

    Por que estou batendo nesta tecla?

    Pelo fato de ouvir reformados criticarem a CCB quando prega que o batismo é para a remissão dos pecados ao passo que João Calvino utiliza a mesma terminologia - terminilogia esta também utilizada por Pedro em seu discurso no dia de Pentecostes perante os judeus.

    O que isso signfica?

    É errado falarmos que o batismo é para a remissão dos pecados?

    São meus questionamentos.

    Se algum reformado, em especial membros da Igreja Presbiteriana, se habilitarem em responder ficarei agradecido.

    Deus abençoe a todos.

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  12. Entendo que hoje precisamos ser mais precisos nas declarações, dizer que o batismo é para a remissão dos pecados, sem qualificação poder levar ao erro da salvação batismal. Tanto Pedro quanto Calvino fizeram qualificações.

    Até onde sei a Igreja Presbiteriana do Brasil oficialmente Considera a CCB como uma igrejas pentecostal, reconhecendo (condicionalmente) a validade de seu batismo (quando feito com água em nome da Trindade).

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  13. O posicionamento oficial da IPB sobre a CCB poder se encontrado no item SC-54-137 desse link

    http://www.ipb.org.br/download/arquivos/digesto_ipb_1951-1960.pdf

    Se alguém souber d mais alguma coisa, favor me informar.

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  14. Hélio,

    "Não entendi direito o texto de Calvino".

    Exceto pela expressão "para remissão de pecados" não vejo maiores dificuldades com o que Calvino diz. Ele deixa claro que nada há na água que realize o que quer que seja na pessoa. Em outro lugar ele diz:

    "É o Espírito quem nos regenera e nos transforma em novas criaturas; visto porém, que sua graça é invisível e oculta, no batismo nos é dado um símbolo visível dela" (As pastorais, Tt 3:5).

    Quanto a expressão "remissão de pecados" ela pode apresentar alguma dificuldade, mas não é uma expressão de Calvino, mas da Bíblia.

    "Qual a diferença entre a doutrina católica da regeneração batismal com o ensino dado por João Calvino nesta postagem?"

    Regeneração é a renovação da natureza do homem, o novo nascimento, o ser feito nova criatura. Remissão é ter os pecados perdoados ou anulados, ser liberto da culpa do pecado. Embora estejam relacionadas, são coisas diferentes.

    Sobre o batismo para remissão de pecados, falo depois.

    Agora, gostaria de lhe fazer uma pergunta sobre a CCB: por que ela pratica o rebatismo? Conheço bem pouco dos fundamentos oficiais da CCB, tem alguma fundamentação teológica para a prática?

    Em Cristo,

    Clóvis

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  15. Irmão Hélio, está bem claro o que vc disse , o que eu reconheci sendo uma posição oficial dos 12 pontos de fé, não é mesmo?:"5. Nós cremos que a regeneração, ou o novo nascimento, só se recebe pela fé em Jesus Cristo, que pelos nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação. Os que estão em Cristo Jesus são novas criaturas. Jesus Cristo, para nós, foi feito por Deus sabedoriua, justiça, santificação e redenção. (Rom. 3:24 e 25; I Cor., 1:30; II Cor., 5:17)"

    Pelo incrivel que pareça eu já tentei 'ajudar' alguns amigos da CCB a verem essa realidade no ponto 5.... mas parece que a propaganda interna está mais forte, ou pelo menos até agora...

    Irmão Hélio, se o debate CCB x outras igrejas ficasse como 'pedobatistas e batistas', mantendo e reconhecendo diferenças, que são importantes, acho que ficariamos melhor resolvidos... mas a indole desses irmãos 'antigos' , que escreveram isso nessas resoluções gerais, é uma atitude dúbia...

    E olha, infelizmente, e até pior, MUITOS, 99,99% CONSIDERAM AS DEMAIS IGREJAS DEMONÍACAS.... se quiser te falo o que já ouvi... exemplo: um desses arrogantes que desgraçadamente ouvi dizer que os crentes de outras denominações oram de madrugada mais que o povo da CCB, pois a Bíblia diz que 'os filhos das trevas são mais prudente que os filhos da luz'...

    (cara, tenho dois 'irmãozãos' em Cristo na CCB, sei que a arrogância da maioria é uma tristeza para vcs...).

    Abraços.

    E quanto ao termo que Calvino usou, nota-se perfeitamente que não é a maneira que se fala, visto que nenhum condena um Reformado de pregar a salvação batismal, mas na verdade é o que se propaga...

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  16. Hélio,

    Para constar, não considero a CCB uma seita herética. E não estou dizendo isso por sua causa, há comentários antigos aqui e em outros lugares onde afirmei isso.

    Considero a CCB "problemática". As aspas devem-se ao fato de que os problemas podem ser má compreensão de terminologias próprias de grupos mais fechados ou do que o Vandim falou, descompasso entre a "doutrina oficial" e a do povo.

    De qualquer modo, naquilo que entendo da doutrina da CCB (meus avós foram membros dessa denominação ao final de suas vidas) entendo que há alguns pontos que inspiram cuidados. Quem sabe aos poucos vamos conversando sobre eles.

    Clóvis

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  17. Hélio,

    Sobre o uso da expressão "para remissão de pecados", faço algumas considerações.

    Remissão significa "livramento da escravidão ou prisão". O termo está relacionado a libertação do pecado ou livramento da penalidade do pecado. Significa que somos perdoados no batismo ou através dele? Acho que uma análise mais detida se faz necessário.

    Alguns textos deixam claro que o perdão se dá "sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados" (Mt 26:28), e que "todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados" (At 10:43). Portanto, o sangue de Jesus provê e pela fé o crente se apropria da remissão dos pecados.

    Agora, há um certo número de passagens que associam o batismo com remissão de pecados. Marcos registra que "apareceu João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados" (Mc 1:4) e Lucas que "ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados" (Lc 3:3). E finalmente temos Pedro dizendo "arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo" (At 2:38).

    O que há de comum em todas essas declarações? Arrependimento. Remissão de pecados no batismo nunca aparece sozinho, sem arrependimento. É de se considerar se o elemento em destaque não seria o arrependimento ao invés do batismo.

    Nesse sentido, vemos Lucas registrando "e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém" (Lc 24:47) e novamente "a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão de pecados" (At 5:31).

    Em Cristo,

    Clóvis

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  18. Hélio,
    vc é o responsável pelo blog doutrinacristaccb.blogspot.com?

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  19. Quanto à forma batismal, os irmãos poderiam comentar algo? Ouvi dizer que em alguma igrejas se batiza em nome de Jesus ao passo que na maioria é em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, conorme dito por Jsus em Mt.19.28.

    Na igreja que faço parte, surgiu uma "discussão" sobre a forma de batismo,observando que só em Mateus tem em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo e nos outros evangelhos não. Já no livro de atos aparece: em nome de Jesus, em nome de Cristo Jesus.

    Chegou-se até a cogitar de em Mateus ser um acréscimo posterior e que o correto seria somente em nome de Jesus Cristo

    Se puderem comentar, agradeço

    Márcio

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  20. Márcio, creio que o Clóvis não me reprenderá por isso(deixar um link do meu blog... tenho tratado desse assunto inclusive sobre a acusação de Mateus ser um acrescimo de Eusébio, se quiser ver:

    http://mcapologetico.blogspot.com/2011/10/o-batismo-em-nome-de-jesus.html

    Mas tb gostaria de saber a opinião do Clóvis sopbre o assunto... no Link tem uma indicação para o que o Dr Alderi publicou sobre o assunto...

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  21. Luciano,

    Fique à vontade para indicar leitura adicional aos comentários.

    Quanto à minha posição, postarei algo quando puder, nesta semana estou em treinamento.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  22. Clóvis,

    "Agora, gostaria de lhe fazer uma pergunta sobre a CCB: por que ela pratica o rebatismo? Conheço bem pouco dos fundamentos oficiais da CCB, tem alguma fundamentação teológica para a prática?"

    Não, não tem.

    O rebatismo passou a ser reconhecido como prática oficial da instituição no início da década de 60, mais precisamente em 1961, sendo antes disso aceito normalmente o batismo por imersão com dizeres de Mt 28:19 efetuado em outras denominações.

    Para instaurar o rebatismo na CCB foram feitas diversas reuniões entre os anciães ativos na época sendo formentado um tópico de ensinamento alegando que não seriam mais aceitos os batismos efetuados em outras denominações. Tal decisão foi aceita por todo o restante ministerial da CCB, apesar de ter causado pequenos conflitos entre eles, pois nem todos concordavam, ainda assim se submeteram à alteraçao.

    O motivo para a mudança foram os avanços de denominações neopentescostais no Brasil e a clara perda de indentidade cristã que avançava no meio evangélico, mesmo no exterior.

    A CCB, embora com sua posiçao reclusa desde quando surgiu em 1910, mantinha contato com grupos denominacionais oriundos do movimentos pentescostal italo-americano, do qual surgiu também a Assembléia de Deus.

    Esses contatos foram sendo cortados aos poucos devido ao motivo acima expresso.

    A título de exemplo tenho em minha familia um caso de uma ex-membra da Assembléia de Deus que casou com um membro da CCB no interior da Paraná na década de 60 sendo aceito normalmente entre a membrasia da CCB, não somente o casamento deles, como também o batismo desta mulher.

    Nas décadas posteriores as pregações exclusivistas foram sendo potencializadas alcançando o seu auge nos anos 80-90.

    A partir dos anos 2000 isso tem diminuido um pouco. Como membro da denominação tenho visto que quase não se toca mais neste assunto e vez ou outra o povo da CCB é aconselhado a não criticarem outros grupos cristãos, sendo vedado o uso dos termos "primos" ou "seitários".

    Embora a prática do rebatismo hoje no Brasil é totalmente aceita, defendida e comum entre o povo da CCB, As Congregações Cristã em paises como Venezuela e Italia não praticam o rebatismo.

    Bem, tem muitos detalhes sobre este e outros assuntos.

    Para maiores informações sugiro que leia os seguintes textos dipostos nos link's abaixo:

    http://doutrinacristaccb.blogspot.com/2011/09/irmaos-chilenos-de-outra-denominacao.html

    http://doutrinacristaccb.blogspot.com/2011/09/relacao-existente-entre-os-irmaos-da.html

    http://doutrinacristaccb.blogspot.com/2011/05/ministros-da-assembleia-crista_25.html

    http://doutrinacristaccb.blogspot.com/2011/06/trecho-da-carta-do-anciao-miguel-spina.html

    http://doutrinacristaccb.blogspot.com/2011/09/questao-do-rebatismo-na-congregacao.html

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  23. Clóvis,

    De qualquer modo, naquilo que entendo da doutrina da CCB (meus avós foram membros dessa denominação ao final de suas vidas) entendo que há alguns pontos que inspiram cuidados. Quem sabe aos poucos vamos conversando sobre eles.

    Sinta-se à vontade.

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  24. Clóvis,

    Quanto às suas respostas referente ao artigo de Calvino considero ponto pacífico e perfeitamente esclacrecido sobre o assunto.

    Deus te abençoe.

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  25. Luciano,

    E olha, infelizmente, e até pior, MUITOS, 99,99% CONSIDERAM AS DEMAIS IGREJAS DEMONÍACAS.... se quiser te falo o que já ouvi... exemplo: um desses arrogantes que desgraçadamente ouvi dizer que os crentes de outras denominações oram de madrugada mais que o povo da CCB, pois a Bíblia diz que 'os filhos das trevas são mais prudente que os filhos da luz'...

    Acredito que casos isolados como esses sejam possiveis, mas não é verdade que 99,9% dos membros da CCB consideram as demais igrejas como "demoniacas".

    É um juizo temerário e uma generalização absurda dizer isso. É a mesma coisa se eu falar que 99,9% dos reformados acreditam que as curas e as linguas de todas as igrejas pentecostais são de origem demoniaca, e olha que eu já ouvi isso de batistas e presbiterianos. Poderia de igual modo colocar à mesma alguns exemplos.

    Sim, é verdade que grande parte de membros da CCB acreditam que todas as demais igrejas evangélicas são seitas, mas fazem isso tendo em mente os descalabros que acontecem no seio da cristande.

    Não estou querendo justificar a nossa posição reclusa ou o pensamento de que só existe graça para quem for membro da denominação. Reconheço que um esclarecimento é necessário, e não somente isso uma mudança de mentalidade nos membros da CCB menos esclarecidos.

    Um fato que eu achei interessante foi a posição da Igreja Presbiteriana em denominar em um de seus concilios a IMPD e a IURD como seitas, não somente elas como todas as denominações neopentecostais.

    Ora. Fiquei imaginando comigo. Se no Brasil só existisse as Igrejas Presbiterianas e as denominações pentecostais a primeira seria considerada pelas demais de "seita exclusvista" e esta por sua vez não daria o braço a torcer somente para agradar os "vendilhões do templo" a fim de ficar bem na foto com eles.

    O que acontece na CCB é quase isso, eu disse quase por que infelizmente a mesma generalização absurda que foi feita na afirmativa de que na CCB 99,9% dos seus membros tem as demais igrejas como "demoniacas", ou a generalização absurda que certos reformados fazem das demais igrejas pentecostais ao dizer que as linguas e curas que ocorrem nesse meio são de origem diabólica, os membros da CCB fazem das demais denominações ao presumir que 99,9% delas só querem saber do dinheiro do povo - e cada qual com suas razões.

    Em suma é isso.

    É um assunto extenso e que não é esgotado somente com algumas mensagens.

    Deus te abençoe.

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  26. Vandim,

    Hélio,
    vc é o responsável pelo blog doutrinacristaccb.blogspot.com?


    Sim, sou eu mesmo.

    Comecei a escrever nesta página faz alguns meses.

    Deus te abençoe,

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  27. Hélio,
    Blog esclarecedor, já to seguindo
    Bom o post Verdades e Falácias sobre o ensino da predestinação http://doutrinacristaccb.blogspot.com/2011/11/verdades-e-falacias-sobre-o-ensino-da.html

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  28. Hélio, é bom ler vc... mas lamento que essa generalização é partir daquilo que vejo. Pode ser que vc viva em outro contexto que melhore essa situação.

    De qualquer forma, está bem claro que não tenho em mira nada contra a fé da CCB quando olhanda em seus 12 pontos (nem mesmo o problema do batismo, em Nome de Jesus e da Trindade). Mas lamento que vc está nadando contra a maré, mas pode ser ela que ela muda daqui uns 50 ou 100 anos.

    Deus te abençoe, mesmo... e irei postar algo no MCA falando da seriedade de seu blog, ok?
    Espero que Deus ajude os irmãos da CCB a serem como vc, discodando sim, mas como que discordando de irmãos! na mesma família e tendop o mesmo Pai.

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  29. Irmão Luciano

    Hélio, é bom ler vc... mas lamento que essa generalização é partir daquilo que vejo. Pode ser que vc viva em outro contexto que melhore essa situação.

    Eu entendo a questão da generalização.

    Existem certas regiões em que esse tipo de exclusivismo insensato e soberbo é bem mais peculiar e acentuado do que em outras regiões.

    Não existe uma uniformidade entre a membrasia na CCB quanto à estes pontos "extra-oficiais".

    Em 2008 viajei para o norte Argentino e por lá tive a oportunidade de ver irmãos da Congregação Cristã orando com crentes de outras denominações na maior naturalidade, muito diferente do povo brasileiro, na Venezuela idem.

    De qualquer forma, está bem claro que não tenho em mira nada contra a fé da CCB quando olhanda em seus 12 pontos (nem mesmo o problema do batismo, em Nome de Jesus e da Trindade). Mas lamento que vc está nadando contra a maré, mas pode ser ela que ela muda daqui uns 50 ou 100 anos.

    Apesar de conviver pacificamente entre o povo da CCB realmente me sinto como que nadando contra a maré. Eu acredito em mudança de longo prazo sim, mudança total com a desmitficação dessa lenda de que a CCB é a unica igreja de Cristo verdadeira na terra, crença que ainda é COMUM em nosso meio, infelizmente.

    Vejo timidas mudanças e até mesmo algumas tentativas de certos membros do ministério ensinar a verdade para o povo, mas nada que escancare de vez esse tipo de idéia reconhecendo de forma oficial que durante 50 anos essa tese da CCB ser a unica igreja verdadeira não passava de uma falácia.

    "Deus te abençoe, mesmo... e irei postar algo no MCA falando da seriedade de seu blog, ok?"

    Tranquilo. Até ficaria agradecido na divulgação do blog.

    Espero que Deus ajude os irmãos da CCB a serem como vc, discodando sim, mas como que discordando de irmãos! na mesma família e tendo o mesmo Pai.

    Sou apenas mais um imperfeito dentre imperfeitos. Não é tarefa fácil, mas em conversas informais procuro sempre tratar esses assuntos com os crentes da CCB e na maioria das vezes sempre chegando à uma conclusão dentro da palavra de Deus.

    Deus te abençoe também, e tenha paciência quando conversar com algum membro da CCB (risos).

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  30. Vandim

    Hélio,
    Blog esclarecedor, já to seguindo
    Bom o post Verdades e Falácias sobre o ensino da predestinação http://doutrinacristaccb.blogspot.com/2011/11/verdades-e-falacias-sobre-o-ensino-da.html


    Ok Vandim, Deus te abençoe.

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  31. Hélio,
    Qual é a posição da CCB quanto à doutrina da Predestinação e da salvação pela Graça.
    Queria saber tanto da posição oficial quanto da forma popular que vc percebe nos membros.
    O ponto de doutrina 5. “Nós cremos que a regeneração, ou o novo nascimento, só se recebe pela fé em Jesus Cristo”. Dá a impressão q a regeneração vem depois da Fé salvadora, inclinando para posição mais arminiana ou semipelagiana.

    Grato c poder responder.

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  32. Vandim, eu gostaria de emitir um ponto de vista, e o Hélio pode esclarecer MUITO mais tal assunto:

    > embora é dificil saber se o ex-presbiteriano Francescon influênciou muito a visão da CCB^nesses quesitos, eles usam termos como 'Deus chamou na graça (embora graça aqui para a maioria é a CCB)'... eles dizem que o que peca (fornicação ou adultério) perde-se para sempre... Até seria bom se o Hélio nos ajudasse nisso tb 'o tal pecado de morte'...Mas Vandim, o ponto 5 da fé CCB diz apenas 'que a salvação só se recebe pela fé'... essa é uma linguagem bíblica, nem de calvinismo e/ou arminianismo... eu acho.

    HÉLIO, TEM COMO VC ME ENVIAR ESSAS 'RESOLUÇÕES DA CHEFIA DO BRÁS'??? Ficaria muito agradecido...

    blogapologetico@gmail.com


    Hélio, eu irei preparar algumas perguntas sobre esses assuntos tem enviar e postar no MCA... posso?

    abraços em Cristo

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  33. Luciano,
    Poder ser q o ponto 5 signifique (ou seja entendido) "que a salvação só se recebe pela fé", mas ele menciona um elemento especifico da salvação, a regeneração. Na visão calvinista a Regeneração precede a Fé Salvadora, na visão arminiana a regeneração sucede a Fé salvadora.
    Grudem menciona a Declaração de Fé da Evangelical Free Church da América que tem um afirmação semelhante. Ele diz q a declaração é válida na medida q entende a palavra regeneração como "evidente transformação de vida".

    Neste caso só o Hélio msm p nos esclarecer.

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  34. Vandim...

    "Qual é a posição da CCB quanto à doutrina da Predestinação e da salvação pela Graça."

    É uma "mistureba", já vi e ouvi de tudo na CCB. A denominação nunca se manifestou de forma oficial para falar a respeito destes temas e muitas crenças desenvolvida e/ou defendida pelos membros em torno do assunto não é impedida pelo seu ministério e muito menos discutida entre eles.

    Já ouvi pregadores afirmarem a salvação eterna, a predestinação incondicional, a regeneração que antecede a fé, a depravação total, a redenção particular. Mas já ouvi também pregarem exatamente o oposto, até o pelagianismo - e parecem que não percebem que por vezes um contradiz a pregação do outro. Ninguem defende ao passo que ataca uma certa visão teológica em detrimento da outra. A CCB pouco se importa com esses tipos de debates e geralmente quando alguém do ministério é inquerido na questão a resposta final é "Deus sabe de todas as coisas, fica em paz quanto à isso".

    Queria saber tanto da posição oficial quanto da forma popular que vc percebe nos membros.

    Como eu disse não existe posição oficial e os membros não possuem uniformidade de pensamento quando o assunto é a doutrina da salvação.

    O ponto de doutrina 5. “Nós cremos que a regeneração, ou o novo nascimento, só se recebe pela fé em Jesus Cristo”. Dá a impressão q a regeneração vem depois da Fé salvadora, inclinando para posição mais arminiana ou semipelagiana.

    Esse ponto de doutrina foi formulado no ano de 1927 por um irmão arminiano norte americano chamado Max Tosseto.

    Louis Francescon era calvinista, nunca deixou de ser, até a sua morte em 1964. Apesar de ter dado inicio à Congregação Cristã no Brasil, pouca influência tem exercido na evolução da instituição no pais. Para quem conhece a história deste homem e o que ele pensava acerca do evangelho sabe perfeitamente que se ele tivesse exercido uma influencia maior entre os lideres centrais da CCB a denominação hoje seria outra.

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  35. Vandim, eu gostaria de emitir um ponto de vista, e o Hélio pode esclarecer MUITO mais tal assunto:

    embora é dificil saber se o ex-presbiteriano Francescon influênciou muito a visão da CCB nesses quesitos, eles usam termos como 'Deus chamou na graça (embora graça aqui para a maioria é a CCB)


    Se Francescon influenciou a membrasia da CCB a correlacionar graça com a própria denominação ele mesmo se considerou como membro de uma seita e fundador de pelo menos 15 delas uma vez que ele pertencia à uma igreja independente (congregacionalista) de Chicago e ajudou a fundar, além da CCB, mais uma dezena de denominações na Argentina, EUA e Itália.

    ... eles dizem que o que peca (fornicação ou adultério) perde-se para sempre... Até seria bom se o Hélio nos ajudasse nisso tb 'o tal pecado de morte'...

    Pregadores que afirmam que o "pecado de morte" (fornicação ou adultério) não tem perdão o fazem por sua conta e risco, pois a posição oficial da CCB referente ao assunto não é esse. Existem inclusive tópicos afirmando que os que cometem adultério não devem ser maltratados na igreja para não se perderem de vez e jamais devem impedi-los de congregar ficando eles tolhidos apenas de suas liberdades e funções exercidas na denominação (quanto à isso não muito diferente do que acontece em outros grupos).

    Casos de fornicação são tratados sob um outro prisma. Os jovens ficam sem liberdade na igreja durante um bom tempo (bom tempo mesmo). Se reconstruirem o seu testemunho terão a liberdade de volta. Jovens que pecam e logo se casam ocorrem o mesmo.

    HÉLIO, TEM COMO VC ME ENVIAR ESSAS 'RESOLUÇÕES DA CHEFIA DO BRÁS'??? Ficaria muito agradecido...

    Vou separar algumas circulares e mandarei no seu email.

    Hélio, eu irei preparar algumas perguntas sobre esses assuntos tem enviar e postar no MCA... posso?

    Claro que pode, à vontade.

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  36. Grudem menciona a Declaração de Fé da Evangelical Free Church da América que tem um afirmação semelhante.

    Essa declaração de fé da CCB não é da CCB. Essa declaração de fé foi feita pelas igrejas italo-americanas no ano de 1927 do qual a CCB tomou posse oficial no ano de 1936, por esta razão é comum você ver, principalmente em denominacões americanas, a mesma declaração de fé da CCB.

    Ele diz q a declaração é válida na medida q entende a palavra regeneração como "evidente transformação de vida".

    Neste caso só o Hélio msm p nos esclarecer.


    Se alguém do ministério pregar que a regeneração antecede a fé ninguem na CCB vai se opor. Se no outro dia vier um outro pregador e falar que a fé antecede a regeneração ninguem vai se opor também e nem perceber que no dia anterior alguém pregou o inverso.

    Se porventura alguém perceber que houve uma contradição e ir até o pregador deixar isso claro você não será bem visto por ele e nem pelo outro que pregou o contrário. Se insistir no assunto em querer saber deles quem estava certo eles vão falar para você ficar em paz e entregar tudo na mão de Deus.

    Como esses assuntos não são debatidos entre a sua membrasia criou-se uma passividade mental em torno disso.

    Quantos membros da CCB vocês encontram por ai debatendo estas coisas?

    Aqui mesmo no 5 solas, quantos membros da CCB apareceram por aqui xingando o Clóvis de "herege" e "propagador de heresias diabólicas" tal como fazem os adventistas?

    Vocês não encontrarão facilmente membros da CCB debatendo nada na internet referente à estes e outros temas.

    Mas existe um fórum em que membros da CCB debatem entre eles e por vezes chegamos a tocar nestes assuntos, acessem:

    http://ccbsemcensuras.forumeiros.com/

    Este forum era administrado por 3 membros da CCB muito bem esclarecidos, mas houve um problema e a administração passou para 2 membros da CCB que infelizmente ainda não conseguiram desvencilhar do pensamento de que fora da CCB existe graça, porém eles pouco interferem nos debates que ocorrem por lá e não tem por intenção manipular o fórum ao favor do pensamento deles, o que já é bom sinal.

    Qualquer pessoa pode se inscrever e participar dos debates que ocorrem por lá.

    Na antiga administração o fórum era muito visitado e contava com quase 4 mil inscritos e mais uma dezena de participantes ativos. Com a nova administração o movimento caiu um pouco.

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  37. Luciano,

    Grato por sua dica e já estou pesquisando no link de seu blog a respeito do batismo em nome de Jesus.

    Aguardo também um comentário do Clóvis como você sugeriu.

    O mesmo sentimeto do Hélio na CCB confesso que também passo em minha congregação (Igreja independente locale pentecostal), procuro influenciar por meio de conversais informais ou ainda em oportunidades em que prego ou faço algum estudo introduzir as doutrinas da graça e percebo em alguns irmãos mais próximos a compreensão e aceitação e creio que com a atuação do Espírito Santo sobre a palavra pregada, muitos outros serão esclarecidos. Continuo nesta igreja, pois foi por meio dela que Jesus Cristo me resgatou e como foi citado sou mais um imperfeito entre tantos outros imperfeitos.

    Quanto ao assunt do batismo, meu pasor passou a batizar em nome de Jesus e através de sua "peocupação" da maneira trinitariana ser um acréscimo à Palavra, todos estão sendo rebatizados.

    Márcio

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  38. Márcio,
    mas vcs ainda mantêm a fé na Trindade???

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  39. Vandim,

    Sim, pois se a igreja declarasse ser unicista, teria que sair de imediato. A questão gira somente em torno do modo de batismo e o fato de que os Apóstolos batizavam diferente do citado em Mateus.

    Particularmente não compartilho do caminho tomado, mas confio que o Senhor fará uma obra em nosso meio.

    Márcio

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  40. Márcio...

    Por curiosidade apenas, gostaria de ter mais informações sobre a sua denominação.

    Onde posso obtê-las?

    É que existem diversos grupos congregacionalistas/independentes no Brasil e no mundo que muito se assemelha com a CCB em diversos pontos consuetudinários e doutrinários.

    Alguns deles totalmente heréticos (totalmente mesmo!) como um grupo da Coreia do Sul, outros mais comedidos e equilibrados em relação ao seu exclusivismo.

    Estou fazendo um apanhado de todas essas denominações. É que para certos membros da CCB somos os "únicos" em absolutamente TODOS os aspectos, e isso obviamente não passa de um mito.

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  41. Hélio,

    Muito obrigado pelas suas esclarecedoras respostas. Já sei onde obter informações confiáveis sobre a CCB, quando delas precisar!

    Em Cristo,

    Clóvis

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  42. Luciano,

    Você é um irmão querido e é com amor que escrevo aqui o que já disse outrora.

    Evite afirmações categóricas baseadas em suas observações. Você tem um importante ministério, não permita que a credibilidade dele possa ser ameaçado por afirmações do tipo "99,99% das pessoas afirmam"...

    No que diz respeito à CCB, vários membros aqui da cidade me consideram irmãos. Os que visitavam a minha avó, em sua enfermidade, diziam que eu não "estava longe da verdade", me me saudavam com a paz e oravam comigo.

    Continuo achando a CCB problemática, o Hélio me confirma isso, mas jamais a considerei e não considero uma seita herética.

    Em Cristo,

    Clóvis

    ResponderExcluir
  43. Márcio,

    Lamento muito o que está havendo em sua igreja. É uma pena que uma compreensão errada do batismo possa levar à heresia unicista. Minha posição quanto ao tema.

    1. Há que se diferenciar o mandato do batismo da fórmula batismal. O batismo "em nome de Jesus" deve ser entendido como "ordenado por Jesus", em distinção ao batismo de João e de outros batizadores que havia na época na palestina. Já a expressão trinitária refere-se à fórmula batismal. Assim, as pessoas são batizadas como ordenança de Jesus em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

    2. A prática do rebatismo é reprovável. Se sua igreja crê na Trindade, rebatizar em nome de Jesus é conferir eficácia às palavras proferidas ao invés da fé professada.

    3. Meu conselho a você é que recuse-se a ser rebatizado, sob qualquer pretexto. Mesmo que isso implique exclusão ou requeira separação.

    Em Cristo,

    Clóvis

    ResponderExcluir
  44. Clóvis,

    "Muito obrigado pelas suas esclarecedoras respostas. Já sei onde obter informações confiáveis sobre a CCB, quando delas precisar!

    Fique sempre à vontade. Procurarei ser sempre imparcial nas considerações. Deixo claro que não falo em nome do seu ministério que são os únicos autorizados a darem INFORMAÇÕES OFICIAIS sobre a denominação quando inqueridos sobre diversas questões, no entanto isso não significa que sou tolhido por eles para esclarecer alguns pontos de doutrina, práticas e costumes da CCB em conversas informais como essa (se bem que eles não proibem ninguem fazer isso, mas também não incentivam).

    ResponderExcluir
  45. Clóvis,

    Me senti, talvez como Pedro ao negar Jesus,pois defendi a posição do batismo tradicional em reuniões para explicar a nova "descoberta", mas parecia ser só eu e no dia em que foi feito o batismo em massa, talvez por covardia, participei (internamente pedindo perdão a Deus), mas participei.

    A ligação com a igreja local é muito forte e de alguma maneira penso estar nela para semear a palavra, principalmente no que se refere as doutrinas da graça, pois anseio para que nossa comunidade viva oque vivi quando me deparei com tais verdades bíblicas reunidas em um sistema doutrinário.

    Ao ler seu comentário e refletir, orando ao Senhor,vi que não posso abrir mão de certas verdades, procurarei ser firme em minhas convicções pedindo a Ele que não me deixe vascilar os pés.

    Márcio

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  46. Márcio,

    Não creio que você tenha negado a Cristo, tal qual Pedro. Deveria ter se mantido firme na verdade, recusando-se a deixar-se rebatizar, ainda que isso resultasse em consequências severas.

    Não significa que por isso o Senhor o rejeite. Se a Pedro que O negou diretamente, Ele foi atrás e restaurou, com certeza faz e possivelmente já fez, com relação a você.

    Que o Senhor possa lhe dar forças, para que permaneça firma na verdade, mesmo que fique sozinho nisso.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  47. Clóvis, muito grato pela dica e observação.

    Mas como eu disse posteriormente, essa foi uma observação da experiência de convivência que tive.

    Quanto a te chamarem de irmã 'quase irmão'. Pelo que notei em minhas observações, depois pessoalmente eles nos tratam com o exclusivismo que critiquei.

    Porém, pode ser que tive a infelicidade de conviver com pessoas que mais idolatram a CCB do adoram ao SENHOR. Aqui está, ou pode está, meu erro.

    Nas minhas férias passadas, quando tive que ficar quase um mês com parentes da CCB, tive que ver no inicio conversas 'brandas' ... mas por fim, ouvi o que vc e o Hélio estão dizendo que não ouvem.

    Como eu disse meu irmão, os parentes da minha esposa são de gerações e acho que podem representar uma parcela da CCB.

    Eu peço desculpa por generalizar. Sempre, e provavel, que eu esteja enganado. Mas quando vc ouvir um Ancião da CCB dizer que as línguas das denominações são línguas do diabo, eu que nem sou pentecostal, quase tenho um treco...

    Abraços

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  48. Hélio,
    vc tem fontes que comprovam que Francescom era calvinista na soteriologia?
    Seria interessante compartilhar, pois ele é o pioneiro do pentecostalismo no país, isto desfaria o mito de pentecostalismo e calvinismo serem incompatíveis.

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  49. Vandim,

    No próprio histórico da CCB existem declarações de Louis Francescon dando fortes indicios da sua ligação com o calvinismo (soteriologia).

    As unicas doutrinas que Francescon rejeitou enquanto membro da Igreja Presbiteriana foram o batismo por asperção e o cessacionismo.

    Existem outros documentos que dão suporte à esta afirmação e que se encontram em poder de um irmão que mora na Suécia. Ele viaja muito e me prometeu que quando retornasse ao Brasil me enviaria cópias do acervo que ele possui - mas tem um tempo que não falo com ele.

    Deus te abençoe.

    ResponderExcluir
  50. Clóvis,

    Alguns comentários acima, vc pode ver quando comentei sobre o fato de minha igreja na época ter adotado o batismo somente em nome de Jesus, pelos motivos que escrevi. Veja que não passaram nem dois anos e esse rumo desembocou em muitas outras mudanças. Na verdade parecia que tudo estava acomodado, porém o tema ressurgiu e como eu e um outro irmão (ambos presbíteros) não concordamos, fomos colocados "de banco", para estudarmos e refletirmos, pois não poderia ter divisão.
    Os que ficaram, ao meu ver, sem mim e ou outro presbítero, que funcionávamos como um contra-peso, deslancharam em desdobramentos do assunto:
    - A Bíblia contem erros, mudanças por interesses durante a história - deve-se discernir o falso e o verdadeiro
    - O batismo correto é em nome de Jesus, outro é errado e o batismo salva
    - Jesus é Deus, mas é filho de Deus, sendo inferior ao Deus Pai.
    - Somos justificados não somente pela graça, mas também pelas obras
    - Sábado é o dia de adoração (Jesus morreu na quarta e ressuscitou no sábado)

    Enfim, vi uma igreja apostatar. Siceramente tinha alguma esperança, mas chegou o dia em que fomos chamados e se não subissemos ao púlpito em aceitação a todos os pontos "perderíamos a unção". Ãmbos não aderimos e não somos mais presbíteros.

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  51. Clóvis,

    Desculpe o desabafo, mas escrevi realmente para um alerta, que um único desvio das crenças fundamentais do cristianismo, por menor que venha a ser, tem consequencias desastrosas.

    Não estou frequentando a igreja, até já fui um ou outro dia, pois estou orando ao Senhor para ver oque faço. O problema maior é com a família, que está lá desde antes de mim, e não consegue enxergar o cenário como algo passível de saída.

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    Respostas
    1. Marcio,

      Estou profundamente triste e só posso imaginar a angústia pela qual está passando. E se alguma coisa posso dizer é: continue fiel, embora o custo seja alto e talvez fique ainda maior.

      Sobre sacudir o pó das sandálias, creio que sua igreja local deixou de ser uma igreja verdadeira e você considerar seriamente servir numa outra igreja, orar e insistir com sua família.

      Valeu pelo alerta, estaremos em oração.

      Em Cristo,

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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