Depravação Total

A depravação total é o primeiro dos Cinco Pontos do Calvinismo. Segundo essa doutrina, todos os homens são pecadores, totalmente depravados em cada parte do seu ser: pensamentos, emoções e vontade. Por tal motivo, ninguém pode fazer o bem aos olhos de Deus, ainda que algumas ações humanas possam parecer boas diante dos homens. Além disso, como a vontade humana também foi afetada, ninguém pode escolher ser salvo sem a graça de Deus. Não existe um livre-arbítrio humano, ao contrário do que muitos pensam.

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4 comentários:

  1. James,

    Obrigado pela sua participação. Permita-me comentar o que você escreveu.

    "Mas, a doutrina calvinista, é com certeza, fruto de Calvino, de quem fiz algumas pesquisas"

    Calvinismo tem esse nome pela importância de Calvino na Reforma, mas as doutrinas caracterizadas como tal não tiveram origem com ele e algumas sequer tiveram sua maior expressão em seus escritos. Por exemplo, Lutero escreveu mais sobre predestinação que Calvino. E se for para remontarmos a um expoente de peso no passado, seria a Agostinho, com quem tanto Calvino como Lutero concordavam. Aliás, eu diria que o calvinismo seria melhor caracterizado como paulinismo, mas daí a disputa se acirraria.

    Você disse que fez "pesquisas" (plural) a respeito de Calvino, mas apenas transcreveu o que se encontra sobre ele em http://www.saberhistoria.hpg.ig.com.br/nova_pagina_106.htm. Acho que sua pesquisa poderia ser um pouco mais abrangente.

    "Calvino, como Lutero, partia da salvação pela fé, mas suas conclusões eram bem mais radicais; o homem seria uma criatura miserável, corrompida e cheia de pecados; somente a fé poderia salvá-lo, embora essa salvação dependesse da vontade divina — esta era a “idéia da predestinação”."

    Com o que você não concorda na frase acima? Coloco na forma de múltipla escolha:

    a) Que o é cheio de pecado e incapaz de salvar a si mesmo
    b) Que a salvação é mediante a fé
    c) Que a salvação depende da vontade de Deus
    d) Todas as alternativas acima

    "Calvino transformou-se num verdadeiro ditador político, religioso e moral de Genebra. Formou um consistório (espécie de assembléia), composto por pastores e anciãos, que vigiava os costumes e administrava a cidade, inteiramente submetida à lei do evangelho."

    Realmente isto é repugante. Um cidade submetida à lei do evangelho deve ser algo horrível. Como horrível também deve ter sido ter criado hospitais, fundado a Academia de Genebra onde foram formados pastores e missionários e ter organizado a assistência aos necessitados. E que horrível deve ter sido o sistema representativo do consistório, tanto que os países parlamentaristas o adotam até o dia de hoje...

    "Calvino ofereceu uma doutrina adequada à burguesia capitalista, pois dizia que o homem provava sua fé e demonstrava sua predestinação através do sucesso material, do enriquecimento."

    Isso é conversa de quem leu o título do "A ética protestante e o espírito do capitalismo" de Max Weber e imaginou o que tinha lá dentro sem nunca abrir o livro. Como contribuição à sua pesquisa, segue duas citações de Calvino:

    "Todos quantos tem como seu ambicioso alvo a aquisição de riquezas se entregam ao cativeiro do Diabo" (As pastorais, p. 169)

    "Um verdadeiro cristão não deverá atribuir nenhuma prosperidade à sua própria diligência, trabalho ou boa sorte, mas antes ter sempre presente que Deus é quem prospera e abençoa" (A verdadeira vida cristã, p. 42)

    "Defendia o empréstimo de dinheiro a juros, considerava a pobreza como sinal do desfavor divino..."

    É? Não sabia. Veja o que ele próprio diz:

    "É uma tentação muito grave, ou seja, avaliar alguém o amor e o favor divinos segundo a medida de prosperidade terrena que ele alcança." (O livro de Salmos, v1)

    "...e valorizava o trabalho"

    Isto realmente é uma falha de caráter muito grande.

    "Assim sendo, mais ainda, continuo a crer no livre-arbítrio...".

    O que você usou é chamado de falácia ad hominem. Por exemplo:

    1. Hitler amava as artes
    2. Hitler matou 6 milhões de judeus
    3. Logo, as artes devem ser reprovadas.

    Veja seu raciocínio:

    1. Calvino era contra o livre-arbítrio
    2. Calvino transformou-se num ditador político
    3. Logo, o livre-arbítrio é verdadeiro.

    Não seria mais correto você pesquisar o livre-arbítrio na Bíblia? Ah, esqueci que livre-arbítrio não ocorre na Bíblia. Neste caso, sugiro que pesquise um pouco melhor sobre Calvino. A wikipédia pode ser um bom começo: http://pt.wikipedia.org/wiki/Calvino

    Em Cristo,

    Clóvis

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  2. Clóvis,

    Precisamos remir nosso tempo em meditar nas Sagradas Escrituras, veja bem, nas Sagradas Escrituras...

    Medite nesta passagem, "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus." (Mateus 7.21), portanto, fazer a vontade de Deus ou não, é uma obrigação??

    Aliás, tenho a total convicção de que, tudo o que precisava saber sobre Calvino, já o tenho, concomitantemente, é grande perca de tempo discorrer sobre suas idéias...

    Como você admite a idéia de Calvino, a predestinação de indivíduos, você é um dos indivíduos predestinados a salvação???

    James.
    www.jesusmaioramor.blogspot.com

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  3. James,

    Paz seja contigo irmão. Obrigado pelo privilégio de dialogarmos.

    "Precisamos remir nosso tempo em meditar nas Sagradas Escrituras, veja bem, nas Sagradas Escrituras..."

    Você tem razão. Temos que remir o tempo. Uma boa dica, é sermos produtivos em nossas pesquisas, indo diretamente a fontes confiáveis.

    "Medite nesta passagem, "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus." (Mateus 7.21), portanto, fazer a vontade de Deus ou não, é uma obrigação??"

    É uma obrigação. Os mandamentos de Deus são para serem obedecidos e ninguém é desculpável diante dEle por não observar cada uma de suas ordens. Porém, dever não implica poder. Embora estejamos sob obrigação de fazer toda a vontade de Deus, apenas Jesus pode dizer que fez isso plenamente. Pela obediência a mandamentos, ninguém conseguirá chegar ao céu. Devemos confiar nossa felicidade eterna à justiça de Cristo.

    "Aliás, tenho a total convicção de que, tudo o que precisava saber sobre Calvino, já o tenho, concomitantemente, é grande perca de tempo discorrer sobre suas idéias..."

    Eu sei bem pouco sobre Calvino, apesar de me interessar pela vida e ensino de grandes homens de Deus do passado. Admiro aqueles que com limitações muito maiores que as nossas fizeram coisas que nos coram de vergonha, pífios que são nossos feitos. E entre os meus heróis da história figura Calvino, mas não em primeiro lugar.

    "Como você admite a idéia de Calvino, a predestinação de indivíduos, você é um dos indivíduos predestinados a salvação???"

    Você me terá por presunçoso. Deus sabe que não me orgulho de algo que eu presumivelmente tenha feito para tal. É por pura graça, soberana, livre e inexplicável que sou um dos eleitos de Deus, tendo o testemunho do Espírito Santo. E você pode não concordar comigo, mas creio que você também é um dos eleitos de Deus.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  4. Clóvis,

    Creio que estou sendo demagogo, e áspero em nosso diálogo, que admito, é frutífero, portanto, agradeço sua aplicação às minhas disposições...

    Entretanto, quem seria eu por tê-lo como presunçoso, pois também almejo o mesmo repouso para o qual também tenho feito algo...

    Outrossim, jamais irei discordar do irmão, no que tange ao nosso desejo à salvação, pois Paulo também afirmou o mesmo desejo de estar ao lado de nosso Amado Salvador, Jesus...

    E, tenho a certeza de que quem assim o deseja, combate pelas diversas formas à defesa do Sagrado Evangelho de Cristo, e isto é o que estamos por fazer, independente de, pelas aparências, defendermos idéias opostas...

    Graça e paz vos sejam multiplicadas.

    Fraternalmente.
    James.
    www.jesusmaioramor.blogspot.com

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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